Esta é a questão principal, e curiosa, envolvendo dois grupos de discussão: a fábrica de veículos esportivos Lamborghini, nascida e estabelecida na Itália, agora controlada pela Volkswagen AG através da Audi, e o governo italiano. Este, através de seu Ministério do Desenvolvimento Econômico provocou reuniões e questões com os dirigentes alemães da empresa italiana em torno da decisão anunciada, adicionar produto da moda na pequena relação de seus super esportivos: fará o Urus, utilitário esportivo, para lançá-lo no próximo ano.
Questão é, a corporação VW não quer construir o Urus ou criar novos 300 empregos nas instalações italianas da Lamborghini em Sant’Agata Bolognese, mas em Bratislava, onde tem operação industrial especializada nestes veículos, e produz Audi Q7, Porsche Cayenne e Volkswagen Touareg. Bratislava já montou Škodas e Tatras antes da queda do Muro de Berlim e após, comprada pela Volkswagen, lá produziu Passats, até mudar vocação para utilitários esportivos.
O governo italiano, participando das conseqüências das dificuldades econômicas, e incômodos índices de desemprego, não quer enfrentar o desgaste de explicar ao eleitorado, por que a empresa nascida na Itália perderá empregos para a Eslováquia, motivando a iniciativa das reuniões e a proposta. A discussão gira em investir — ainda se estuda a fórmula — 100M de euros, metade do valor calculado para implantar o novo produto. O projeto, ambicioso, vê no Urus a esperança de ser o mais vendido dos Lambos, colocando 3.000 unidades/ano, para preço estimado em nada poucos € 250.000. Investimento significa 333.333 euros por emprego.
A decisão deve ocorrer neste mês.
Revisto, o Audi Q3, na versão a ser feita no Brasil
Produto bem aceito, passa por reformulação estética e mecânica iniciando o 2º. ciclo da atual geração. É o Audi Q3, agora em figurinos de SAV — Sport Activity Vehicle —, motores 1,4 litro, apenas com tração dianteira, e SUV – o modelito utilitário esportivo, motor 2,0 e tração total de acionamento por demanda.
Novo ciclo marca-se por atualização estética, pára-choques, grade, grupo óptico, e dois motores, os TFSI, injeção direta de combustível e turbo: 1,4 litro com potência elevada a 150 cv, e 2 litros, 180 cv e 220 cv, ambos com tração integral Quattro. Duas versões de conteúdo e decoração: Attractive, de entrada, e Ambiente, mais completa.
Além das alterações estéticas marcando o novo ano-modelo, pacote de equipamentos em contida listagem para conter custos. Assim, bancos em couro sintético — leia-se plástico; sem TV para manobras, apenas sensores; ar-condicionado automático limitado às versões Ambiente.
Configurações e preços sinalizam como serão as versões nacionais cuja produção ocorrerá em 2016. Versões de entrada deverão ter preço menor, pois o motor será produzido no Brasil.
Audi Q3 – quanto custa
1,4 Attraction 4×2 – R$ 127.190
1,4 Ambiente 4×2 – R$ 144.190
2,0 180 cv Attraction 4×4 – 145.190
2,0 220 cv Ambiente – R$ 165.190
Polêmico Diesel no Mitsubishi Outlander
Uso de diesel como combustível em veículos leves era limitado por portaria do antigo Departamento Nacional de Combustíveis. Definia, o veículo deveria ter morfologia de jipe, tração nas 4 rodas, caixa redutora, e medidas de ataque às irregularidades do solo, assim como altura livre.
Isto restringia o uso a veículos com morfologia e aplicativo de serviços, até que a Mercedes convenceu o Denatran, Departamento Nacional de Trânsito, que transmissão monitorada eletronicamente cumpria a função da marcha reduzida ao aplicar os freios automaticamente em descidas íngremes. E o Denatran generalizou, simplificou as exigências, passando aos fabricantes a auto-regulamentação, permitindo ampla interpretação.
O Mitsubishi Outlander está na situação da generosidade do entendimento. É o primeiro não jipe, não utilitário esportivo, mas crossover a vir equipado com motorização diesel. Crossover é mistura de utilitário esportivo com sedã, distante das aplicações de serviços sempre ligados aos diesel — andar em estradas ruins, ou sem elas, subir a grimpa, descer à vala – e voltar.
É opção da nova linha 2016: 2,2 litros de deslocamento, turbo com geometria variável, quatro cilindros, 16 válvulas, injeção direta common rail, turbo, resfriador de ar, 165 cv de potência, e 36,7 m·kgf de torque.
Preocupação com estilo, tratamento sonoro de automóvel, três fileiras de bancos, largo pacote de itens de segurança, aprovação em segurança, e quatro versões: três a gasálcool —2-L, 160 cv; GT 6V; GT 6V Full Technology Pack, V6 3.0 e 240 cv, e Diesel.
Mitsubishi New Outlander – quanto custa
New Outlander 2,0 L – R$ 114.990
New Outlander GT – R$141.990
New Outlander GT Full Technolgy Pack –R$ 151.990
New Outlander Diesel – R$ 173.990
Quer ser piloto? Melhorar sua condução?
A Escola de Pilotagem Interlagos, mais antiga em operação no país, fará evento múltiplo e especial para atender a demandas ligadas ao automobilismo de competição. Desde Curso Básico de Pilotagem para interessados em aderir ao meio, pois aprovação permite adquirir a Carteira de Piloto de Competição da CBA; Avaliação, destinado a pilotos fora de atividade, buscando renovar a licença de piloto ou reciclar-se; Treinos, para ex-alunos ou pilotos, consistindo em alugar um carro da temporada de Marcas e Pilotos para 60 voltas no circuito. Há, ainda, curso rápido aos desejosos em aprimorar a condução, sem interesse em ser piloto de competição, com aulas práticas e teóricas palestra. E, finalmente, aulas de kart, para interessados a partir dos 8 anos.
Programa completo, três dias intensos, e disponibilidade de Vistoriador da CBA para exame final aos interessados em obter carteira de piloto.
Os eventos ocorrerão no autódromo do Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo, em Piracicaba (SP), no final de semana de 24, 25 e 26 de julho. Saber mais?
e-mail escoladepilotagem@interlagoseventos.com.br
Facebook: http://www.facebook.com/escoladepilotageminterlagos1
Site: http://www.escolapilotageminterlagos.com.br
RODA-a-RODA
Festa – Ford Ka cravou 100.000 unidades vendidas em menos de um ano. 78 mil são hatch e 22 mil sedãs K+. Empresa atribui resultados à combinação de design, conteúdo, espaço interno, eficiência dos motores 1,0 e 1,5 e preço.
Corrida – Mercedes-Benz aplicou-se na nacionalização de seu super caminhão Actros 2546 e 2646. Antes apenas montado em Juiz de Fora, conseguiu atingir o índice de nacionalização e passar pela porta da esperança. No caso, ser financiado pelo FINAME PSI do BNDES.
Férias – Queda do mercado provocou Fiat, Volkswagen, Mercedes e GM dar férias a trabalhadores para deter a produção e impedir a formação de estoques. É a saída para não acumular pátios de veículos não vendidos. De janeiro a abril deste ano as fábricas de veículos cortaram 4,6 mil postos de trabalho.
Da vez – Depois de Mercedes-Benz e Renault, Ford anunciou investir mais US$ 220M na Argentina. Duas primeiras para fazer picapes com base comum e deslocar a produção de Logan e Sandero do Brasil para a Argentina. Ford ampliará nacionalização de conteúdo para Focus e Ranger, lá produzidos.
Aqui – PSA Peugeot Citroën aplicará US$ 70M para nacionalizar componentes. De câmbios automáticos — não produzidos no continente — a prosaicas rodas em liga leve, hoje compradas na China ante a declarada e surpreendente incapacidade das fábricas nacionais em produzi-las.
Recall – Termo não limitado às chamadas de fabricantes para corrigir defeitos em produtos, mas também para lembranças. Em pesquisa o Datafolha indica como das propagandas preferidas a simulando batalha, ou duelo entre o Renault Duster e um Monster Truck.
O quê? – Dirigindo o Duster, simpática anciã, a Dona Terezinha, pronuncia alguma coisa, que a agência criadora, a Neogama, diz ser: “Você é folgado, hein!”. Os telespectadores pouco percebem a locução. Um escreveu à Coluna, que consultou a Renault para traduzir. Mesmo sem entender, lembram-se do anúncio.
Nano – 6º. Simpósio SAE Brasil de novos materiais e nanotecnologia, dia 9 no IPT – Instituto de Pesquisa Tecnológica, em São Paulo. Discutirá exigência de novos materiais, nanotecnologia, redução de peso nos veículos.
Escolha – 300 mecânicos ouvidos pelo Sindirepa — de oficinas — escolheram o Mobil como Melhor Óleo, superando Ipiranga e Castrol. Marca no Brasil é da Cosan, nacional, sócia da Shell.
Imprensa – O Vrum, referência como programa sobre automóveis em TV, foi encerrado. Os Diários Associados em MG, onde gerado, nunca se dedicou a explorar o potencial publicitário e o projeto se esvaiu.
Tempo – Tribunal administrativo português sustou o processo de venda da parte do governo na TAP. Há dois grupos brasileiros candidatos: Avianca e Azul.
Relógio – Canadense Jeffrey Macesin é o primeiro motorista multado por utilizar o novo relógio multifunção da Apple. Não digitava mensagem, mais recente das irresponsabilidades automobilísticas, mas selecionava músicas no controle ao volante. Polícia canadense não quis saber de moda ou de tecnologia: pespegou-lhe multa equivalente a R$ 400 e mais quatro pontos na Carteira.
Pressão – Nos bochichos pós saída de Ferdinand Piëch do comando da VW AG, permitindo especulações sobre a ida da Audi para a Fórmula 1, turbinadas pelo fim do contrato da Red Bull de energéticos com a Renault, mais gás na estória. A Red Bull diz, se não for com a Audi, sairá da Fórmula 1, insatisfeita com o rendimento dos motores Renault.
Gente – Marco Antônio Lage, diretor de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade na Fiat Chrysler Automobiles (FCA) América Latina, reconhecimento. OOOO Mais Top Mega Brasil em comunicação corporativa. OOOO Outro Marco, Aurélio Rangel, 45, engenheiro mecânico pela FEI, doutorado, mudança. OOOO Deixou a Cummins Diesel e foi dirigir a concorrente FPT. OOOO A FPT quer aumentar a carteira de empresas compradoras de seu amplo portfólio de motores. OOOO
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