Da Automotive News:
Os problemas de cibersegurança que levaram a Fiat Chrysler Automobiles a convocar 1,4 milhão de veículos em julho pode significar um problema para carros e picapes de outros fabricantes, disse ontem a maior agência reguladora dos Estados Unidos.
Mark Rosekind, chefe da Direção Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário (NHTSA, a sigla do órgão em inglês), disse que a vigilante agência está procurando determinar quantos fabricantes receberam componentes sem-fio da mesma empresa que forneceu à Fiat Chrysler.
“O fornecedor não vende apenas rádios para a Chrysler, mas para diversos fabricantes,” disse Rosekind aos jornalistas. “Muito do nosso trabalho agora é tentar descobrir o quão ampla pode ser essa vulnerabilidade.”
Rosekind não identificou o fornecedor do rádio. Charlie Miller, um dos dois peritos em hacking que descobriu o problema, disse à Reuters que o rádio era um sistema Uconnect da Harman International Industries Inc. Representantes da Harman não foram encontrados para comentar.
Há o potencial de haver possibilidade de mais fabricantes efetuarem convocação por motivo de vulnerabilidade a hacking, uma vez que o caso despertou a atenção de agentes reguladores, advogados e público. Na quinta-feira, um pesquisador advertiu que hackers podem ir mais a fundo na exploração da falha de segurança num aplicativo de telefone celular do sistema de comunicação de veículo da OnStar, da General Motors.
Na primeira ação do tipo da indústria automobilística, a Fiat Chrysler anunciou semana passada convocação de 1,4 milhão de veículos para instalar um software que evita que hackers assumam controle de motor, direção e outros sistemas remotamente.
O anúncio pela FCA US, ex-Grupo Chrysler, deu-se depois de notícias que pesquisadores de cibersegurança usaram uma conexão sem-fio para desligar o motor de um Jeep que estava em movimento, aumentando as preocupações com os veículos com conexão à internet.
Os pesquisadores usaram o sistema de telemática da Fiat Chrysler para invadir o Cherokee de um voluntário dirigido na estrada e interferir no motor, direção e freios.
“Foi um tiro de proa. Todo mundo só fala em ‘cibersegurança”. Agora temos encontrar a solução,’ disse Rosekind. “É preciso olhar a indústria inteira tendo que proativamente enfrentar esse tipo de coisa.”
A NHTSA já está em contato com os pesquisadores da Jeep Cherokee e espera saber mais a respeito não apenas sobre seu trabalho, mas se puderam sentir reação firme por parte da indústria automobilística
“Não se trata apenas da invasão. É saber qual tem sido a resposta da indústria para ver se seus problemas foram admitidos ou não e o que pretendem fazer. E essa é a parte que queremos que vá para frente,” disse Rosekind.
Ele acrescentou que a NHTSA está também reunindo informação sobre potenciais problemas envolvendo o OnStar da GM, mas investigação oficial ainda não começou.
Ae/BS