A 24 Horas de Daytona neste fim de semana, que abre a temporada internacional de pista, será “invadida” por nada menos que seis pilotos brasileiros. Christian Fittipaldi e Tony Kanaan têm chances de vitória na classificação geral. Dança das pranchetas movimenta o mercado técnico da F-1 e em Interlagos temporada paulista de velocidade começou com roubo de equipamento de fotógrafos.
Tudo bem que Pedro Piquet já conquistou, domingo, uma vitória na Nova Zelândia, a sua primeira no exterior, durante a segunda etapa da Toyota Racing Series, um campeonato regional aberto. Mas a abertura de gala da temporada internacional de pista será neste fim de semana com a disputa da 24 Horas de Daytona, competição que ano a ano ganha mais status e prestígio. A edição 2016 inicia a comemoração dos 100 anos da BMW, que escolhe essa prova de resistência para a estreia do seu modelo M6 GTLM. Além de Christian Fittipaldi e Tony Kanaan, o grid de largada deverá a participação de Augusto Farfus, Daniel Serra, Oswaldo Negri e Pipo Derani.
O canal a cabo Fox Sports 2 deverá transmitir trechos da corrida no sábado (das 17 às 19h30) e no domingo, a partir das 15 horas.
Na prova do ano passado a vitória foi decidida na última volta em favor da equipe formada por Tony Kanaan/Scott Dixon/Kyle Larson/Jamie McMurray: o Riley McXXVI-Ford recebeu a bandeirada 1”333 à frente do Chevrolet Corvette DP de Christian Fittipaldi/João Barbosa/Sébastien Bourdais. Este ano Fittipaldi participa em uma tripulação que tem também os portugueses João Barbosa e Felipe Albuquerque e o americano Scott Pruett. Kanaan retorna com os mesmos companheiros.
Ainda na categoria protótipos, mas na classe 2, Oswaldo Negri e Pipo Derani vão alinhar com modelos Ligier JS P2 Honda. Negri divide a direção com John Pew (EUA), AJ Almendiger (EUA) e Olivier Pla (França). Derani terá como companheiros Andy Meyrick (Reino Unido), Katherine Legge (Reino Unido) e Ed Brown (EUA).
Há muito tempo vinculado à marca BMW, Augusto Farfus foi escalado para compor a tripulação de um dos carros oficiais da marca bávara, junto com Bill Auberlen (EUA), Dirk Werner (Alemanha) e Bruno Spengler (Canadá). Entre seus adversários na categoria GTLM está Daniel Serra, que divide um Ferrari 488 GTE com o italiano Alessandro Pier Guidi, com o mexicano Memo Rojas e o francês Alexandre Premat. Além da estreia do BMW M6 GTLM, a prova deste ano também desperta interesse pelos dois Ford GT inscritos pela equipe Ganassi.
Manor contrata Pat Fry
Até agora considerada mera participante do Campeonato Mundial de F-1, a equipe Manor continua dando mostras de que pode abandonar essa condição na temporada deste ano. Depois de assegurar o motor Mercedes-Benz para seus carros de 2016 e a contrataçao de Nikolas Tombazis como responsável pelo desenvolvimento aerodinâmico do MR04, a equipe liderada por Dave Ryan anunciou esta semana a contratação de Pat Fry, engenheiro com passagens pelas equipes Benetton, McLaren e Ferrari. Embora ainda não tenha definido seus pilotos — o alemão Pascal Wehrlein é um dos favoritos — o fato do chassi de 2016 já ter sido aprovado no crash test obrigatório e a chegada de reforços de peso na estrutura técnica, dão mostras de que os tempos difíceis deverão ser recordações muito em breve. Outros carros que já foram aprovados no crash test para 2016 são os da Ferrari, Haas, McLaren e Renault.
Enquanto isso, a McLaren também parece viver um novo período de crescimento: depois de Damon Hill ter sugerido que a Williams se aproximasse da Honda para conseguir um motor mais competitivo que os atuais Mercedes-Benz, começaram a circular rumores de que o fabricante japonês teria conseguido significativos progressos em termos de potência e durabilidade. Um veículo de comunicação espanhol chegou a mencionar um incremento superior a 200 cv na potência do V-6 que Fernando Alonso e Jenson Button irão usar este ano. O tira-teima dessa dúvida será conhecido em meados de fevereiro, quando a maioria dos modelos 2016 forem testados no circuito de Montmeló, na Catalunha.
Hoje (terça, 26), Ferrari, McLaren e Red Bull fazem o segundo e último dia de avaliação de pneus Pirelli para piso molhado no circuito de Paul Ricard. Ontem os pilotos Daniel Ricciardo (Red Bull-Tag Heuer, 1’08”713), Stoffel Vandoorne (McLaren-Honda 1’09”131) e Kimi Räikkönen (Ferrari, 1’09”673) completaram respectivamente 99, 87 e 99 voltas em séries de dez giros, pela pista francesa. Os pilotos entravam na pista separados por vinte segundos e no intervalo entre cada série a pista era irrigada para reproduzir um piso molhado.
Piquet mais novo corre na Nova Zelândia
O caçula do clã Piquet, Pedro, conseguiu seu primeiro triunfo internacional na segunda prova da segunda rodada da Toyota Racing Series, que se realiza no país de Bruce McLaren, Chris Amon e Denny Hulme. Nas três corridas disputadas no último fim de semana, Pedro conquistou um quarto, um primeiro e um décimo lugares no circuito de Teretonga, que mede 2,57 km. Na sexta-feira o brasileiro volta a competir, desta vez em Hampton Downs; Pedro ocupa a sétima posição na tabela de pontos, com 271, 109 atrás do líder Lando Norris (Grã-Bretanha). Outros dois brasileiros, os primos Bruno e Rodrigo Baptista, também participam do torneio.
O importante é faturar
O site da Federação de Automobilismo de São Paulo traz bem claro os valores das taxas cobradas para quem quiser participar de uma competição na temporada de 2016. Já a página onde constam os nomes que formam sua diretoria continua inalterado desde o falecimento do professor Rubens Carpinelli, dia 21 de dezembro. Não bastasse a deselegância perpetrada contra seu desaparecido presidente, não há qualquer referência aos resultados da prova de abertura da temporada paulista de 2016, no último fim de semana. Nem mesmo alguma explicação ou menção ao roubo do equipamento dos fotógrafos Luis Fernando Sales, Murilo Garcia e Sandro Silveira. Aparentemente o porta-malas do carro de um deles, estacionado próximo ao “S”do Senna, foi arrombado enquanto os profissionais aproveitavam uma pausa para almoçar fora do autódromo.
Como não é a primeira vez que esse tipo de furto ocorre no circuito é esperado que os organizadores adotem algum tipo de controle no acesso aos boxes e áreas teoricamente reservadas às atividades profissionais.
WG