Jeep comemora 75 anos e convida a desbravar seu passado, presente e futuro.
Abril de 2016. De repente me vejo num cenário único com o rio Colorado à minha direita e os paredões de pedra vermelha à minha esquerda, o coração pulsando forte com a certeza que, numa única tacada e em poucos minutos, estaria prestes a realizar três sonhos: conhecer as famosas trilhas de Moab, fazer uma “cobertura” para o AE e participar de um evento oficial da Jeep (marca para a qual, entre outras, já tive a oportunidade de fazer eventos aqui no Brasil). Parecia mentira, mas era verdade.
Em 2016 a Jeep comemora 75 anos de história, que começou em 1941 com o projeto de um veículo para uso militar (clique aqui para ver uma ótima matéria do AE sobre a história da Jeep).
E, assim como cada um de nós quando fazemos aniversários, a Jeep aproveitou essa data comemorativa para relembrar e celebrar o passado, mostrar e viver o presente e falar um pouco do seu futuro, de seus planos, de seus anseios. Quase um verdadeiro “balanço de vida”.
Então, nada mais apropriado do que fazer um evento com esse formato em Moab, que a própria Jeep classifica como o habitat natural de seus veículos, um verdadeiro “Jeep country”. Moab, que é uma pequena cidade com pouco mais de 5 mil habitantes, fica no coração do Estado de Utah, no meio-oeste americano e bem próximo do Grand Canyon, e também é cortada pelo rio Colorado. Com incríveis e imensas formações rochosas, se tornou um “paraíso” para os entusiastas do off-road e outras atividades de aventura por seus caminhos variados e diversificados, lindas paisagens, e por ser uma região inóspita. Além dos encantadores Parques Nacionais nas redondezas, como o Arches, Canyonlands e outros (muito provavelmente, numa próxima matéria falarei especificamente de Moab).
O Evento: Passado, Presente e Futuro
Num evento com seus principais executivos, entre eles Brad Pinter, que foi diretor da marca Jeep no Brasil durante um período que se estendeu até o início desse ano e nos recepcionou no primeiro dia com uma bela introdução, a Jeep apresentou para seus convidados (jornalistas de várias partes do mundo e, na nossa “rotação”, para impressa latino-americana, brasileira e alemã) as novas versões comemorativas para o “75th Anniversary” (presente), disponibilizou veículos antigos e históricos da marca (passado) e apresentou alguns protótipos com ensaios de design, configuração mecânica e outros “devaneios” (futuro).
E o melhorl e inusitado, todos disponíveis para teste e avaliação (e, claro, diversão). E para mim em especial, todos com a possibilidade de experimentá-los em trechos off-road — nada mais adequado para uma marca que tem o fora-de-estrada no seu DNA.
No caso dos históricos e protótipos, apenas um pequeno trecho dentro da área do (excelente) hotel em que se realizou o evento. Nas versões “Seventy Five Years” a diversão — ops, avaliação — foi bem mais extensa, já que passamos o dia inteiro nas trilhas e rodovias de Moab experimentando em forma de rodízio todos os carros disponíveis. Mas não pense que a diversão no caso dos históricos e protótipos foi menos proveitosa por ficar restrita à área interna do hotel: tivemos um dia inteiro para dirigir todos os modelos disponíveis, quantas vezes quiséssemos e em qualquer ordem.
Na parte dos históricos, foi possível ter uma verdadeira prova da (imensa) evolução dos automóveis em todos os aspectos: mecânica, ergonomia, acabamentos, design, segurança e por aí vai. Tentei fazer (e praticamente consegui) uma perfeita “linha do tempo”, começando pelo veículo militar onde toda a história da Jeep começou e, veículo a veículo, ir “andando” progredindo nos anos e sentindo a evolução, a implementação das soluções, a mudança dos materiais etc. Todos nós sabemos o quanto a indústria evoluiu nos últimos 75 anos , mas testemunhar isso num espaço de poucas horas, poder fazer comparações rapidamente, tirar dúvidas e tecer análises com tantos carros ali à disposição foi, sem dúvida, algo exclusivo e diferenciado.
Com os protótipos a escolha foi diferente. Tentei fazer uma “linha” começando pelos menos potentes e subindo, degrau a degrau, até chegar aos mais valentes no fora-de-estrada e/ou potentes. Tínhamos, então, uma linha que começava no Jeep Renegade Commander (equipado com um motor Tigershack 2,4-l de 182 cv — indisponível para o Renegade no Brasil) e seguia até o Jeep Trailcat (equipado com o motor V-8 de 6,2 litros HEMI Hellcat com estonteantes 717 cv). No intervalo, uma grande diversidade de soluções mecânicas, opções estéticas e funcionais e direcionamento para públicos diferentes. Como sempre acontece com protótipos, alguns itens com chance de entrar em produção, outros apenas ensaios e testes de aceitabilidade.
Como a matéria tende a ficar bem grande pelo volume de informações, a seguir faço uma “divisão” entre presente, futuro e passado (nessa ordem) para que o leitor possa escolher a de maior interesse ou, até mesmo, lê-la em etapas. A ideia dessa divisão é tratar cada “era” de forma mais apropriada no que diz respeito às informações e impressões.
Presente: as versões de 75th anniversary
As versões comemorativas apresentadas no evento, e originalmente apresentadas pela primeira vez no Salão de Nova York em abril, não tinham nenhuma modificação mecânica ou de conteúdo. As novas versões, portanto, limitam-se a alterações de acabamento, detalhes incorporados, cores e configuração.
Para o Brasil, está confirmada (até a edição desta matéria) a chegada dessas novas versões a partir do final deste mês de julho, mas, ainda sem preços revelados. Como toda série especial, espera-se preços mais elevados do que as versões “comuns”, principalmente, pelo quesito diferenciação e exclusividade. Para nosso mercado estão confirmados versões “Seventy Five Years” para os modelos Renegade, de fabricação nacional, Wrangler e Grand Cherokee, importados.
Como não há diferença de conteúdo e configurações mecânicas, nessa matéria não me ative a publicar as fichas técnicas, pois são facilmente encontráveis em outras matérias sobre os respectivos veículos publicadas no AE. Basta ir ao menu na barra superior e escolher Avaliações, depois usar a ferramenta de procura na direita, identificada por uma lupa.
A cor “exclusiva” do Renegade “75 years” no Brasil será diferente da versão americana e, portanto, diferente das fotos aqui apresentadas. Aqui no Brasil será um tom de verde mais escuro chamado verde Recon, parecendo quase um preto quando visto de noite e similar ao tom de verde da Grand Cherokee das fotos, segundo informações apuradas com a área de Comunicação da Jeep próximo ao fechamento da matéria.
Já para o Wrangler e Grand Cherokee, como são importados, serão das cores que aparecem nas fotos. Possivelmente alguns pequenos detalhes serão diferentes, como é comum, por exemplo, para o sistema multimídia, que para o mercado americano costuma ser de outra versão com funções como sistema de rádio por satélite.
Jeep Renegade
Para o mercado americano, os diferenciadores da versão “Seventy Five Years” são: rodas, detalhes da grade dianteira, molduras das luzes de neblina, rack de teto, aplique na tampa e iluminação traseira e plaquetas comemorativas, todos os itens em cor bronze “fosco” (veja foto mais acima da plaqueta comemorativa, onde é possível ver a cor escolhida).
Jeep Wrangler
Para o mais icônico de seus veículos, a Jeep preparou uma versão exclusiva de comemoração de seu 75º aniversário, com os seguintes diferenciadores (que devem ser os mesmos para o mercado brasileiro): rodas de 17″, ganchos de reboque dianteiros e traseiros, molduras das sete fendas da grade dianteira e plaquetas comemorativas (todos em cor bronze “fosco”), cor exclusiva dos bancos e/ou costuras (conforme acabamento escolhido), capô com ressalto e entradas de ventilação, e aplique exclusivo no apoio de painel para o passageiro.
Jeep Grand Cherokee
E é claro que o maior e mais luxuoso veículo linha Jeep não poderia ficar de fora dessa série comemorativa. Para o Jeep Grand Cherokee a versão Seventy Five Years recebeu os seguintes itens: rodas, ganchos de reboque, anéis nas molduras das fendas da grade dianteira, molduras das luzes de neblina, aplique da moldura frontal inferior e plaquetas comemorativas na cor bronze “fosco”, frente redesenhada e exclusiva e detalhes e acabamentos dos bancos.
Test-Drive — a hora da diversão — ops, avaliação…
Depois da ótima recepção no primeiro dia, e quando a “ficha” já havia caído, eu estava de fato em Moab e prestes a conhecer e desbravar algumas das trilhas mais famosas dos “4x4entusiastas” americanos, finalmente chegou a hora de entrar no carro, assumir a direção e começar a diversão — ops, avaliação. Confesso que estava ansioso e até um pouco nervoso. Coisa de iniciante em “avaliações”, já que sou mais acostumado a organizar esse eventos.
A Jeep preparou um ótimo roteiro, adequado para todos os veículos da linha que estavam à nossa disposição, e que todos poderíamos experimentar em forma de rodízio. Comecei escolhendo o veículo que mais conheço, até por ter um desses na garagem: um Jeep Wrangler Unlimited (04-portas), com motor V-6 de 3,6 litros a gasolina, com generosos 285 cv de potência, acoplado a um câmbio automático de cinco marchas e tração 4×4 temporária. No começo, apenas rodovias.
Mas, não tardou e, finalmente, chegamos à terra. Tração 4×4 ligada e fomos conhecer Moab, desfrutando do veículo mais capaz no fora-de-estrada que estava à nossa disposição.
Na sequência, após nossa parada para um “lanche” no meio do deserto, numa paisagem de tirar o fôlego, optei dirigir o Jeep Grand Cherokee numa versão que não temos disponível no Brasil, com motor a gasolina V-8 Hemi, 5,7-l e 365 cv com câmbio automático de 8 marchas, tração 4×4 integral com reduzida (low range) e suspensão independente pneumática (com variação de altura em relação ao solo, elevando o veículo em até 66 mm para utilização off-road, que chega a 275 mm de vão livre (veja vídeo da Jeep sobre essa tecnologia). Por não o termos no Brasil, me concentrei e parti para uma avaliação maior, esquecendo um pouco que eu estava em Moab.
Nos percursos em que estávamos não era possível, claro, analisar o desempenho do trem motriz em velocidade, mas para uso em off-road o carro “sobrava”. Muita potência disponível já em baixíssimas rotações, caixa de transferência com grande redução (2,72:1) e a utilização do sistema Select Terrain (que otimiza a configuração do veículo para cada tipo de terreno escolhido) faziam com que o controle do veículo fosse muito fácil e de certa forma intuitivo no trato com o acelerador. As trocas de marcha ficam mais acentuadas em reduzida do que o são quando sem ela (normal).
Nessa versão, um dos pontos fracos do Grand Cherokee na utilização em off-road fica resolvido: a altura do solo. Nas versões comercializadas no Brasil, sem o recurso Quadra-Lift (suspensão pneumática com altura ajustável) o veículo é relativamente baixo para uso em trilhas e há que se ficar atento a pedras, erosões etc. Mas com a elevação do vão livre que se alcança no modo Off-Road 2 (existem dois ajustes para esse uso) esse problema quase some, ou seja, você pode se deliciar e brincar à vontade nos terrenos bem irregulares. Importante citar que, além da altura do solo, ganhamos em cursos de suspensão, ou seja, as rodas conseguem “viajar” mais em busca de manter o contato com o solo, um item fundamental em fora-de-estrada.
No decorrer do teste passamos por trechos com piso de terra solta (com muita poeira), longos trechos por cima de piso em rocha, travessia de riachos, subidas e descidas e alguma vegetação, sempre rodeados por paredões e mais paredões de rocha vermelha. Um cenário único, interessante e desafiador. Não foi à toa que Moab ganhou fama mundial como um verdadeiro parque de diversões off-road. Provavelmente, numa matéria futura falarei apenas de Moab e as muitas trilhas que fiz por lá (fiz mais algumas após o evento da Jeep).
Futuro: os protótipos, o que a Jeep planeja
A aniversariante era a Jeep. Mas, embora clichê, usar aquela famosa frase que “nós é que ganhamos presentes” não é exagero nenhum. No dia seguinte após conhecermos e testarmos as versões comemorativas, foi hora de conhecer o que a Jeep enxerga para seu futuro. Como marca que tem o off-road no seu DNA, todos os protótipos que nos foram apresentados tinham exatamente o perfil de modificar e aumentar o potencial dos veículos para uso em fora-de-estrada, para diferentes públicos e perfis.
Dados técnicos não foram divulgados. Mas uma questão apresentada bastante interessante é que, basicamente, todas as modificações mecânicas que foram feitas nos protótipos, tais como elevações de suspensão através de kits de molas e amortecedores, troca de eixos (para utilização de pneus maiores), instalação de guinchos etc., foram feitos com acessórios originais da Mopar, hoje marca do grupo FCA (antes Chrysler) responsável por autopeças e acessórios.
Além de nos apresentar os protótipos, pudemos experimentá-los num curto espaço dentro do hotel onde se realizou o evento. Era possível apenas alcançar 60 km/h num trecho bem curto. Na maior parte do tempo podíamos andar no máximo a 4o km/h. Mas era suficiente para um contato, uma rápida avaliação. Nas fotos a seguir, cada um dos protótipos com as principais modificações e uma breve avaliação.
A “vedete” dos protótipos e, claro, o mais solicitado para teste (e o que mais gerou broncas dadas pelos instrutores por conta das “aceleradas”) foi o Jeep Trailcat, montado com nada menos com o assombroso motor HEMI de 717 cv de potência.
O Jeep Comanche, baseado no Renegade, teve o entre-eixos alongado em 15 cm, foi levantado em 5 cm e construído para ser uma opção off-road do tipo picape para uso civil ou militar. É equipado com rodas de 16″ e pneus off-road de 32″, movimentados por um motor diesel de 2 litros e câmbio automático de 9 marchas, contando com bloqueio de diferencial traseiro e interior apropriado para off-road. Infelizmente, foi o único modelo não disponível para avaliação.
Jeep Renegade Commander, versão potencializada para uso off-road, com suspensão elevada em 5 cm, pneus off-road de 29,5″, utiliza o motor a gasolina Tigershack de 2,4 litros e câmbio automático de 9 marchas. Pintura na cor cinza Fluorescente e detalhes de acabamento em verde e proteções inferiores para uso fora-de-estrada. Na rápida avaliação, o conjunto de suspensão deixou o carro mais firme e, portanto, mais adequado para trilhas e para melhor estabilidade em rodovias. As reações do volante são levemente diferentes daquelas das versões com pneus menores, mas ainda muito boas. A capacidade off-road fica excelente com essa preparação.
O Jeep Trailcat foi preparado para ser o melhor em altas velocidades ou trilhas radicais, equipado com um estonteante motor a gasolina V-8 HEMI, 6,2-l, 717 cv, acoplado a um câmbio manual de 6 marchas. Teve o entre-eixos alongado em 30 cm a partir de uma plataforma do Wrangler, utilizando eixos Dana 60, amortecedores Fox e pneus de 39,5″ em rodas de 17″ com beadlocks (travas de talão que evitam que o pneu destalone em uso off-road severo). Cor exclusiva, grade na cor preta e faróis de LED compõem o visual. Andando é um “animal”, a aceleração em 2ª e 3ª marcha me custaram duas grandes broncas do instrutor que me acompanhava. Verdadeiramente, um veículo para ser domado quando ruge alto seus mais de 700 cv. Uma tentação — e um perigo para os desavisados. Não consegui avaliar nada mais do que a resposta do acelerador, era só o que eu tinha vontade de fazer: acelerar.
Jeep Crew Chief 715, inspirado no veículo militar Kaiser M715, foi criado como homenagem à origem militar da marca. Tendo como base um Jeep Wrangler, utiliza o mesmo motor a gasolina Pentastar V-6 de 3,6 litros, 285 cv, acoplado à um câmbio automático de 5 marchas. Utiliza eixos Dana 60 e amortecedores Fox com reservatório externo, rodas de 20″ com beadlock e pneus militares de 40″, recebendo reforço em freios e sistema de escapamento modificado (que belo ronco!!). Cores e para-choques remetem ao uso militar. Anda bem, freia bem mas ficou muito duro para o uso off-road. Talvez carregado, já que ele tem uma caçamba generosa, fique um pouco mais macio. Ficou tão alto que para subir quase é necessário uma escada.
Jeep Shortcut é uma releitura do mais famoso dos Jeeps: o CJ5. Baseado num Jeep Wrangler, teve seu comprimento encurtado em 66 cm, levantado em 5 cm e com frente, para-choques e capô modificados para ficar uma perfeita homenagem a essa lenda no mundo dos 4×4. Trem motriz com motor a gasolina Pentastar V-6, 3,6-ll e 285 cv, acoplado a um câmbio manual de 5 marchas e eixos Dana 44, com rodas de 17″ e pneus off-road de 35″. Na parte interna, simplicidade e funcionalidade foram as inspirações. Sentar nesse conceito é como reviver o passado, mas com uma mecânica atual e vigorosa. Anda muito bem e curtinho fica ótimo para as trilhas mais travadas e radicais. Vai forte e dá uma enorme sensação de liberdade.
O Jeep Trailstorm é entre os protótipos o mais parecido com uma versão comercial e mais próximo de sua base, o Jeep Wrangler. Potencializado para uso off-road intenso, agrega mais espaço para carregar equipamentos e combustível extra para sua aventura. O potencial off-road foi melhorado com a utilização de eixos Dana 44, suspensão elevada em 5 cm, pneus off-road de 37″ montados em rodas de 17″. Visualmente, suas cores foram escolhidas para serem uma camuflagem no deserto de Moab. A força do motor a gasolina Pentastar V-6, 3,6-l e 285 cv, juntamente com o câmbio automático de 5 marchas, fez desse protótipo o que eu mais gostei de andar. Mais equilibrado, teve bom comportamento em on- e off-road, trazendo confiança na condução, que fica muito divertida com o visual de portas cortadas (half-doors) e todo o estilo.
Passado: os históricos
Para completar o evento, tivemos, ainda, a oportunidade de conhecer ao vivo e andar em alguns dos principais veículos desses 75 anos de história da Jeep. Pudemos admirar o incrível Willys MB de 1941 (o veículo disponível era de 1944) onde tudo começou, o CJ5 com motor V-8, o Cherokee que inaugurou uma nova linhagem de veículos, o Wagoneer que tanto vemos nos filmes americanos, e por aí vai.
Para mim, foi um verdadeiro deleite. Alguns eu já conhecia. Alguns eu até já tive. Mas, a chance de num único dia poder andar em todos eles, olhar, analisar e avaliar foi uma verdadeira “aula” prática da evolução desses automóveis e, claro, da indústria e de suas tendências ao longo desses últimos 75 anos.
Tentei montar uma linha do tempo começando no mais velhinho deles (o Willys MB) e ir avançando nos anos, modelo a modelo, até chegar no Grand Cherokee de 1993, o mais novo desses modelos históricos.
Só essa parte do evento daria uma matéria inteira (ou até mesmo duas), tamanho a diversidade de modelos, tecnologias, avanços etc.
Vale ressaltar algumas impressões:
> a ergonomia melhorou muito, muito, muito com a evolução dos veículos; no Willys MB, sentar ao volante não foi fácil — claro, a barriga “evoluída” atrapalha muito, mas até as meninas menores que estavam no evento citaram essa dificuldade;
> a diferença na geometria de suspensões e sistemas de direção é incrível; os sistemas puramente mecânicos são muito responsivos, mas muito longos e cansativos para corrigir a rota;
> a qualidade dos materiais e o design dos interiores é algo que é até difícil de explicar; claro, estou me referindo aos veículos em questão, pois temos veículos clássicos e famosos que são quase como uma obra de arte entre os antigos;
> as suspensões evoluíram bastante e em todos os sentidos: conforto, dirigibilidade e segurança, entre outros atributos.
Veja estas fotos, de divulgação, de dois dos vários veículos históricos que fizeram parte do evento:
Abraços 4×4
LFC
O autor viajou a convite da FCA – Fiat Chrysler Automobiles
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