A Mazda apresentou nos EUA o G-Vectoring Control, um controle de estabilidade que demorou oito anos para ser desenvolvido, e que teve como objetivo básico não ser percebido pelo motorista quando atua, como ocorre hoje com os sistemas de estabilidade de uma forma geral.
Facilmente identificada como a marca japonesa de grande produção com mais entusiasmo em seus carros — basta lembrar dos anos de produção do motor Wankel — o sistema vai além das habituais reduções de potência de motor e atuação de freios para compensar escorregamentos nos eixos.
Ele só é ativado com leitura simultânea de volante e acelerador, não apenas o quanto esses comandos estão sendo movidos, mas principalmente a velocidade com que se gira o volante.
Esses dados vão para o computador que ajusta o torque do motor, reduzindo-o, e com isso provocando transferência de peso de um eixo ao outro, adicionando mais aderência às rodas que precisam. Começa a ser usado no sedã Mazda 6 em 2017 e depois no 3, o menor.
A sensibilidade é alta, com um décimo de grau no giro do volante sendo percebido, e forças de curva em 0,1 g, menos do que o corpo humano pode sentir.
Trabalhando, o G-Vectoring reduz o ângulo de esterçamento na entrada de curva, bem como a taxa em que o motorista gira o volante. Se a situação for extrema, como por exemplo ondulações que joguem o carro para cima e para baixo, ou pista molhada, a interferência será maior, e a atuação do sistema poderá ser sentida no volante e na diminuição de potência.
Uma das mais importantes funções do G-Vectoring se dá com pisos cobertos por gelo e neve, que ao controlar a atuação no volante, permite que o Mazda seja menos afetado e requeira menos correções de trajetória por parte do motorista.
Todo esse custo e esforço se deu em função do lema da Mazda, Alegria ao Dirigir (joy from driving — em japonês, hashiru yorokobi), e eliminar a interferência sensível sobre o que o sistema faz sobre os comandos que o motorista impõe é importante no sentido de se sentir no comando quase todo tempo.
No futuro, os controles dinâmicos dos Mazdas serão compostos de vários programas de computador que, juntos, se chamarão SkyActiv Vehicle Dynamics, sempre levando em conta que o cérebro humano faz milhares de cálculos por segundo para manter a cabeça estabilizada nos diversos movimentos que fazemos com o corpo. A Mazda tem o objetivo de fazer essas assistências eletrônicas naturais para o que o corpo humano sente.
JJ