Caros leitores e leitoras,
Alguns de nossos editores e colunistas escreveram mensagens em comemoração ao nosso aniversário de oito anos, no último dia 24.
Agradecemos com sinceridade todas as mensagens que recebemos de vocês e partimos para o nono ano com o mesmo entusiasmo de sempre.
AUTOentusiastas: seriedade, diversidade e emoção desde de 2008
Alexander Gromow
Como já comemorei internamente há alguns dias, sou um AUTOentusiastas, da casta dos colunistas, há um pouco mais de um ano e mais de 52 matérias postadas. Um grande desafio dado que o conteúdo de muitas delas que demanda pesquisa complexa e preparação demorada. Mas a meta que tenho há mais de 30 anos, “Preservar os Fuscas e seus parentes próximos, suas histórias e as histórias deles com seus proprietários” está num outro patamar com a coluna “Falando de Fusca” renomeada para “Falando de Fusca & Afins”. Estes ‘afins’ ampliarão o trabalho para outros modelos, como os arrefecidos a água, pois há uma demanda para isto nos comentários que meu trabalho recebe.
Aqui no AUTOentusiastas, a minha coluna, para a minha grande alegria, está formando um verdadeiro “hard core” de seguidores que se revezam em comentários que, muitas vezes, acabam por ampliar o conteúdo do trabalho tornando a interatividade que a internet possibilita uma fonte incrível de troca de ideias inteligente e gostosa. E, algumas vezes, difícil de responder — é um pessoal muito aficado — que torna a responsabilidade do colunista muito maior.
Nas oportunidades que tive de interagir com meus egrégios, doutos e dignos confrades AUTOentusiastas consegui entender o incrível potencial que este grupo de inteligências altamente experientes representa, é admirável o poder de aglutinação destas inteligências que o Bob, o Paulo e o Arnaldo têm — parabéns para eles. Só não sei se no meu caso ocorreu a famosa exceção à regra… Dentre este grupo de pessoas ultrasseletas tenho amigos de muitos e muitos anos com os quais convivo agora de uma maneira mais frequente — que coisa boa!
Oito anos, um a mais da idade comumente crítica para uma união estável, portanto a famosa crise dos sete anos passou absolutamente desapercebida, apesar da mudança de blog para site que demandou uma energia fora do comum dos envolvidos.
Estamos sempre, a cada dia, partindo para mais oito anos, de maneira que o futuro não terá limites para este exército de pessoas unidas por um ideal que é o de informar da maneira melhor, mais inteligente, mais desafiadora, mais intrigante e mais gostosa de ler possível!
Pois é, caros confrades e caros leitores: PARABÉNS AUTOENTUSIASTAS!!!
Saudações esfriadas a ar!
André Dantas
No ano de 1981, eu dava meus primeiros passos no domínio da eletrônica, e junto, a um mundo novo e fascinante. Um amigo de curso me apresentou o radioamadorismo, e aquilo mexeu comigo. Poder falar com pessoas distantes, sem conhecê-las pessoalmente, e ainda assim ser capaz de ter uma conversa inteligente e formar novas amizades, era uma magia maravilhosa.
Entretanto, os equipamentos eram muito caros para algo que não colocava comida no prato, e ainda havia a vigilância cerrada dos tempos da ditadura que não deixava muito espaço para a liberdade de expressão, e essa sensação foi deixada de lado. Porém ela não foi apagada, mas ficou dormente.
Em 1997 eu descubro um novo meio de me comunicar com as pessoas que não o rádio: a internet. E em 1998 encontro o que seria o recomeço de tudo, os newsgroups do UOL, em especial o grupo de carros. Lá fiz muitas amizades pessoais, entre as quais o CMF (Carlos Maurício Farjoun) que os leitores aqui já conhecem de longa data. Neste grupo encontrei algo que eu queria desde os tempos do radiomadorismo. Amizade, boa conversa, e a chance de tornar útil o que aprendi.
Anos se passaram, servidores antigos se foram e novos entraram no lugar. Gente nova começando e gente velha se afastando. Mas uma realidade não mudou: pessoas semelhantes sempre se encontram e sempre estabilizam suas relações. Foi assim que o o CMF me trouxe a um grupo de discussão fechado, só de gente graúda do setor automobilístico. Esse grupo já contava com o BS, o PK, o MAO, o AG e muitos outros. As discussões eram diárias e de alto nível.
Um dia, o PK veio como uma ideia. Era uma pena que muitas daquelas discussões ficassem restritas numa sala fechada de bate-papo. Havia muito conhecimento ali que não havia paralelo na internet aberta. Mas, e se criássemos um blog? O começo foi até despretensioso, mas já havia um certo rigor e compromisso profissional. Como participante de muitos outros tipos de mídia social, não só aceitei de pronto a ideia como incentivei os demais a participarem dela. E esse foi o ponto de partida do que vocês leitores conhecem como o AUTOentusiastas. E lá se vão oito anos de sucesso!
Não sei quanto aos demais, mas para mim, o AE ainda é aquela velha sala de bate-papos onde os amigos que gostam de carros se juntam para discutir o que mais interessa. Nela, todos somos iguais. Vale mais a o gosto e a boa-vontade do que propriamente o conhecimento. E nós, da equipe que mantém o AE, somos apenas aqueles que trazem novas informações, abrimos novas discussões e mantemos a sala limpa para o agrado de todos.
Se alcançamos tanto foi porque tantos acreditaram, e isso inclui você, caro leitor ou leitora. Por isso nosso sucesso é o seu também.
É um prazer partilhar esta data com tantos amigos. Obrigado!
Bob Sharp
Parece que foi ontem que começamos o blog. Para todos, uma experiência nova, partindo do zero, tateando ainda. Aos poucos fomos constatando que o que queríamos dizer, compartilhar, tinha alcance nunca imaginado.
Logo entendemos que nesse mistér um ponto era fundamental: a comunicação com os leitores e leitoras, e disso fizemos um ponto de honra. Muitos até amigos se tornaram.
Vários colaboradores e editores foram se juntando a nós, alguns começaram e depois pararam; é do jogo, como se diz. É normal nos veículos de comunicação, mas a cada um a nossa gratidão.
Hoje somos em 21, dos quais sete são colunistas, o que representa sete colunas semanais, o que muito nos orgulha. Uma equipe coesa, acima de tudo.
O trabalho é intenso, a edição das matérias e colunas requer cuidado, atenção, e só cresce. A dinâmica do mundo exige.
Em agosto de 2014 passamos de blog a site, com novo visual, nova interface. Simbolicamente pela mudança, nossa abreviação passou de Ae para AE. Mas esta precisou ser aperfeiçoada, surgindo a atual em dezembro do ano passado. O trabalho para isso, planejar, testar, foi enorme, mas valeu a pena. Paralelamente, criamos o AUTOentusiastas Classic, onde as matérias desde o começo, do blog inclusive, podem ser acessadas.
Hoje, aos oito anos, temos certeza de que o AUTOentusiastas é um site feito por autoentusiastas para autoentusiastas.
A todos vocês, leitores e leitoras, o nosso muito obrigado pela sua leitura nesses oito anos. Nos 365 dias do ano — 366 nos anos bissextos 2008 e 2012. Um abraço.
Carlos Meccia
O AE me proporciona estar sempre atualizado com a engenharia automobilística e me cobrar sempre por matérias que agreguem valor para a comunidade. É como ter em mãos oportunidade de escrever vários livros…e isto não é para qualquer um. Abraço.
Juvenal Jorge
O time, o site, os carros, as pesquisas, os comentários, as piadas, as risadas, os problemas, as discussões, as soluções.
O mundo é um aprendizado, todos estamos aprendendo a viver buscando sempre fazer o melhor, e o AUTOentusiastas é humano, aprendendo todos os dias com todos de dentro e com os leitores, a razão de existirmos. Sem eles, não somos nada além de páginas na internet.
Meus mais profundos parabéns a todo mundo, os que vejo e falo sempre e os mais distantes pelas circunstâncias.
Abraços a todos!
Luís Fernando Carqueijo
Certas coisas tem a propriedade de explicarem seu significado apenas com o nome. Assim é o site AUTOentusiastas: um site dedicado àqueles que são puramente e passionalmente entusiastas pelo automóvel e seu mundo.
No meu caso, a paixão por automóveis começou cedo, ainda criança. A leitura de “revistas-referência” do mercado no final dos anos 70 e começo dos anos 80 moldou o conhecimento, aumentou o desejo, exacerbou e deu significado à paixão. O início da vida Off-Road em 1990, ainda como hobby, foi transformando uma paixão em obsessão. A ansiedade pela próxima trilha só crescia, mesmo indo quase todo o final de semana. Em 1998 um difícil passo e decisão na minha vida: abandonar a carreira na área de tecnologia e viver apenas de Off-Road, com eventos, treinamentos etc. E, assim, descobri a felicidade plena.
Em 2015 começar a fazer parte do time de editores do AUTOentusiastas, para mim foi sinal de uma “consagração”. Poder trazer um pouco do estilo de vida Off-Road para os leitores e leitoras, estar “ao lado” de lendas vivas do jornalismo do setor automobilístico, escrever no mesmo espaço onde profundos conhecedores do universo do automóvel escrevem é, sem sombra de dúvida, algo que vira e mexe ainda me parece um sonho. Uma verdadeira honra. Motivo de imensa alegria. Uma tremenda responsabilidade.
Portanto, agradeço imensamente a todos do AE pela oportunidade e confiança. Agradeço aos leitores e leitoras que acompanham nossas matérias, que fazem comentários e consultas e que são a verdadeira essência do site. São eles os autoentusiastas que acompanham o nosso querido AUTOentusiastas pela internet.
Marco Antônio Oliveira
Uma conversa entre amigos. Mas uma elaborada, com tempo, bem escrita, como antes era feita por cartas, mas hoje expandida e acelerada pelo milagre da rede mundial de computadores. Assim nasceu o AE, em um grupo de e-mail entre amigos, e assim hoje ele permanece, maior, mais aberto, com mais alcance. O fato de que, entre estes amigos estão autoridades conhecidas e quase lendárias do jornalismo automobilístico, só é motivo de orgulho para nós.
Motivo de orgulho particular meu também (MAO) por estar presente desde o começo em 2008. Ajudar o Bob e o PK a construir esta instituição, que com certeza durará mais que qualquer um de nós sozinho, é uma honra e um privilégio.
Com ajuda de nossos queridos leitores, muitos múltiplos de oito anos ainda virão. Vida longa, AE!
Nora Gonzalez
É para mim um privilégio estar no meio desta turma de feras há quase dois anos. Sem falar que são verdadeiros cavalheiros — nunca precisei puxar uma cadeira numa reunião, por exemplo. Mas é também uma grande responsabilidade. Exige trabalho, pesquisa, cálculos e mais cálculos. Não posso errar uma vírgula, pois o compromisso de todos é com a seriedade. A precisão das informações. A originalidade dos textos. A relevância dos dados.
Cheguei quando a publicação já tinha seis anos, uma criança, mas já com seu lugar garantido entre o público mais exigente. E desde então só cresceu. Ao contrário de alguns pimpolhos, não faz birra mas continua contestadora. Questiona tudo, analisa, destrincha carros, motos, normas. Não se contenta com coisas prontas ou textos de divulgação. Constrói tudo, testa veículos e verifica antes de publicar. Ou seja, pauta-se pelos melhores princípios do jornalismo.
E o ambiente de trabalho? Embora virtual, há um enorme carinho e respeito entre todos. Somos muitos mas nos gostamos muito também. Nos condoemos com a dengue do Arnaldo Keller, ficamos felizes com o prêmio do “professor Pardal” André Dantas, curtimos muito as histórias de Fusca do Alexander Gromow, os bastidores das corridas do “primo” Wagner Gonzalez, sentimos uma pontadinha de saudável inveja com as trilhas percorridas pelo Luís Fernando Carqueijo, viajamos nas asas do Juvenal Jorge, sonhamos com as ótimas listas do Marco Antônio Oliveira, os divertidos comentários do Boris Feldman, as lindas histórias da Ford do Carlos Meccia, os excelentes e polêmicos comentários do Fernando Calmon, os testes primorosamente descritos pelo Josias Silveira, as análises do Marco Aurélio Strassen, as ricas memórias do jovem Milton Belli, os textos de duas ou quatro rodas do Roberto Agresti, a elegância e cultura museológica do Roberto Nasser, os conhecimentos de assistência técnica do Ronaldo Berg, os lindos textos e fotos do Sergio Berezovsky, a visão autoentusiasta as iniciativas marqueteiras (no bom sentido) do Paulo Keller e, claro, as saudáveis polêmicas (quem sou eu para discordar?) do Bob Sharp, meu querido amigo e guru espiritual há tantos anos.
E o que dizer dos leitores? Não poderíamos pedir um público melhor. Sempre atentos apontam divergências, concordam, discordam, acrescentam informações — até links nos mandam. Vários deles muitos de nós já conhecemos pelo nome e pessoalmente, outros ainda não. Mas não faltarão oportunidades, pois certamente outros muitos oito anos virão. Saúde!
Paulo Keller
Neste nosso último aniversário a primeira imagem que me veio foi a de um motor V-8 e tudo que ele representa. Um daqueles V-8 icônicos, como um Chevy 350, um Ford 302, ou um Mopar 318. Metálico, mecânico, sonoro, potente, confiante, e movido a uma boa e pura gasolina e com seu cheiro, exalando entusiasmo e emoção. Uma experiência sensorial única.
E um bom V-8 é feito de muitas partes, aqui representadas pelos editores e colunistas, que não precisam de turbo ou outros artifícios para demonstrar sua autenticidade. Eu me orgulho muito de fazer parte desse grupo.
Uma outra característica única do AE é a participação dos leitores e leitoras, que nos retroalimenta. É uma troca saudável onde nossas experiências são sempre enriquecidas. Há muitos amigos aqui nesse clima caseiro.
Claro que nossa ideia é continuar crescendo, mas sem nunca perdermos nossa essência, pois ela representa que somos, e a razão de fazermos as coisas do jeito que fazemos. Seriedade, diversidade e emoção.
Valeu!
Roberto Agresti
Tenho muito orgulho de fazer parte do AUTOentusiastas.
Como todos sabem, acho, desde que pisei pela primeira vez em uma redação meu assunto prioritário são as motocicletas. O que certamente poucos sabem é que a opção pelas motos não foi minha mas sim do Claudio Carsughi e do Emilio Camanzi, que NÃO ME DERAM EMPREGO na Quatro Rodas, onde inocentemente fui bater à porta já que à época, início dos anos 80, era muito mais bem informado sobre automóveis do que motocicletas.
E daí?
Daí que entrei de cabeça nas motocicletas e gostei. Fiz Motoshow e agora faço a MOTO!, e a coisa toda já leva mais de 30 anos.
Porém, foi e é no AUTOentusiastas que minha gana quase adolescente de escrever sobre carros encontrou guarida. Vocês não imaginam o prazer que tenho ao ler os comentários de leitores felizes e receber elogios do sempre generoso Mr. Sharp.
Obrigado a todos, especialmente ao Bob pela chance e ao PK pela messiânica determinação de colocar o AE onde merece.
Abraço a todos!
Wagner Gonzalez
Paulistano, passei a infância com joelhos e cotovelos exibindo troféus conquistados em rachas de carrinhos de rolimã, meus primeiros passos de autoentusiasta. Para desgosto de minha família, que insistia em me presentear com camisetas e badulaques com a marca do Corinthians, enveredei por outros caminhos e aos 9, 10 anos de idade já percorria caminhos típicos de engenheiros e apaixonados por automóveis: fuçar nos depósitos de peças usadas da saudosa CMTC em busca de rolamentos que fossem mais apropriados ao asfalto recém-chegado da rua onde morava, levar meus rabiscos de carros de corrida para avaliação dos engenheiros da STV, lá na rua Minas de Prata…
A faculdade de engenharia e eu não nos demos muito bem: um ano apenas me confirmou isso. Mas os carros continuaram presente, até mesmo longe de casa: foi durante a disputa da Mil Quilômetros de Brasília de 1975, quando chefiava o box de Otto Carvalhaes e Xandy Negrão, que um encontro casual com Fernando Calmon me despertou para o jornalismo. Muitos anos depois volto a celebrar a vida tendo o mesmo Calmon como colega colunista em um espaço onde o amigo Bob Sharp me convidou para desfrutar a companhia e amizade de tantos outros autoentusiastas escribas, colaboradores, leitores ou críticos e até futuros companheiros de profissão…
Comemorar os oito anos deste “www“ cada vez mais reconhecido pela seriedade e pelo cheiro de gasolina azul, bouquet que todos aqui sabem identificar, é gratificante.
É tão bom quanto aquele jeans velho e desbotado, aquela casa no campo, um conversível que cobre um big block,… enfim, como qualquer coisa que tenha quatro rodas. Como aqueles meus carrinhos de rolimã…
Abraço!
AE/PK
Acrescentados em 29/08/16 os depoimentos de Carlos Meccia e Marco Antônio Oliveira (MAO) depois da publicação ontem.