A Stuttgart Veículos entregou o primeiro dos três Porsche 911 R destinados ao mercado brasileiro. O carro, fabricado em série limitada de 991 unidades, combina motor 4-litros de aspiração natural, câmbio manual de seis marchas, visual externo e acabamento com elementos alusivos ao 911 R de 1967.
Por que 991 unidades? A atual geração do 911, a sétima, é a série 991.
“O fato de as únicas unidades reservadas ao mercado brasileiro serem entregues a seus compradores pela Stuttgart Veículos é digno de orgulho para nós”, afirma Marcel Visconde, presidente da empresa. “Séries limitadas são especiais, raras e altamente colecionáveis. A entrega de carros como esses é sempre um momento especial para a concessionária”, complementa.
A inspiração para o 911 R foi o modelo similar de 1967. Também produzido em série limitada, o primeiro 911 R (de “Renn”, corrida em alemão) foi homologado tanto para as ruas quanto para competições, seguindo os regulamentos da época. Colocado à disposição de pilotos e equipes particulares, o Porsche 911 R foi usado em provas de rali e resistência, conseguindo vitórias e resultados expressivos. Como o 911 R daqueles tempos, o atual foi desenvolvido pelo departamento de competição da fábrica. Seu motor é da família do 911 GT3 RS, e desenvolve 506 CV a 8.250 rpm, com torque máximo de 47 m·kgf a 6.250 rpm. O 911R gasta apenas 3,8 segundos para ir de 0 a 100 km/h. A velocidade máxima é de 323 km/h.
O carro tem eixo traseiro direcional (especificamente ajustado para o 911 R), discos de freio em cerâmica e rodas 20 polegadas com fixação central por porca única. O PSM (Porsche Stability Management) foi adaptado especificamente para o 911 R pelo departamento de competições da Porsche. Opcionalmente, o 911 R pode receber sistema de elevação do eixo dianteiro: basta pressionar um botão para que a frente se eleve em 30 mm em relação ao solo, de maneira a habilitar o veículo para uso sem restrições no uso diário, como acessar rampas de garagens — no Brasil, útil para transpor lombadas e valetas.
O peso, de 1.370 kg, significa uma redução de 50 kg em relação ao 911 GT3 RS. Capô e para-lamas são feitos em compósito de fibra de carbono, enquanto o teto é de liga de magnésio e os vigias laterais e traseiro são de policarbonato em vez de vidros. O banco traseiro foi eliminado, como no 911 GT3, e o ar-condicionado é opcional.
O visual do 911 R combina a frente e a traseira idênticas às do GT3 com uma asa retrátil de acionamento automático (no GT3, ela é fixa). Logotipos com a palavra “Porsche” em preto nas laterais e faixas longitudinais em vermelho ou verde completam a relação estilística com o 911 R de 1967. No interior, a seção central dos bancos apresenta desenho em “Pepita tartan”, evocando o primeiro 911, de 1963. No lado direito do painel, destaca-se uma placa de alumínio com o número da unidade da edição limitada do 911 R.
O preço aproximado é de R$ 1 milhão.
As imagens abaixo são do primeiro carro a chegar ao Brasil, fotografado por Leo Sposito na concessionária Stuttgart Veículos.
JJ