De alguns anos para cá o assunto das “Kombi Corujinha” brasileiras levadas ao exterior vem ganhando corpo. Fotos de peruas sendo embarcadas em contêineres no porto e vendidas a valores elevados na Europa são de conhecimento de grande parte dos entusiastas, não só do modelo como de automóveis de uma forma geral. Contudo, quem reside nos grandes centros onde esses veículos são muitíssimo mais raros de serem vistos, não tem noção dessa movimentação no mercado de Kombis antigas.
De dois anos para cá, aqui na região de Garça/Marília, tornou-se conhecida a figura de uma mulher de origem polonesa que aparece de tempos em tempos em busca de Kombis T1 pagando bons preços e agenciando “olheiros” para compra desses veículos, ainda comuns por aqui. Eu não tive a chance de conhecê-la pessoalmente, mas um amigo, restaurador de veículos não apenas a conhece como restaurou uma 1959 para esta mulher levar para a Alemanha. Eu mesmo já tive a chance de ver caminhões-plataforma levando Kombis embora da cidade e certa vez, encontrar na estrada um caminhão-cegonha carregado delas.
Hoje, uma Kombi T1 vale tanto quanto uma “T1,5” pelo menos uns 15 anos mais nova. O principal critério que os compradores de Kombi T1 usam é a integridade da estrutura (sem marcas de funilaria, solda ou massa plástica), muito mais do que a mecânica.
As imagens abaixo foram feitas por mim, no dia 7 de janeiro de 2016. A perua estava parada em um supermercado, chamando minha atenção pela sua integridade. A foto de abertura dessa nota também foi feita por mim, hoje (10/2), indo embora da cidade rumo a seu novo lar, provavelmente do outro lado do Atlântico.
DA