Piloto alemão também marcou a melhor volta. Bottas chegou a pressionar. Hamilton. Massa terminou em sexto.
A vitória de Sebastian Vettel (Ferrari SF70H) no Grande Prêmio da Austrália, disputado hoje, em Melbourne, deixou claro que a Ferrari será um adversário a altura da supremacia que a Mercedes exerceu nas últimas três temporadas de F-1. Após um início de prova onde manteve-se atrás do pole-position e líder Lewis Hamilton (AMG Mercedes W08), o piloto alemão soube construir uma vantagem que o devolveu à pista após à frente do inglês, que trocou os pneus supermacios por outros de compostos macios na 20ª volta, quatro antes do ferrarista. O finlandês Valtteri Bottas (AMG Mercedes W08) completou o pódio, mas o quarto lugar de Kimi Räikkönen (Ferrari SF70H) garantiu pontos suficientes para colocar a Scuderia na liderança no Campeonato de Construtores. O brasileiro Felipe Massa (Williams FW40-Mercedes) terminou em sexto lugar em atuação consistente e dentro das possibilidades do seu carro frente aos rivais Ferrari, Mercedes e Red Bull.
O Grande Prêmio da Austrália registrou várias novidades na F-1 e começou com notas de emoção após a largada ter sido abortada por motivos que não ficaram claros. Foi o primeiro GP realizado sob a nova administração da categoria, os carros e pneus estão mais largos, estáveis e pesados e dois pilotos inscreveram seus nomes na história da categoria. Ídolo da casa, o australiano Daniel Ricciardo (Red Bull RB13-Tag Heuer) largou com uma volta de atraso por causa de problemas ocorridos na volta de aquecimento e foi obrigado a abandonar na 25ª volta. Felipe Massa largou em sétimo e terminou em sexto após uma atuação consistente durante todo o final de semana.
Entre os estreantes Antonio Giovinazzi (Sauber C36-Ferrari) , que terminou em 12º, foi melhor que Lance Stroll (Williams FW40-Mercedes), que abandonou. Enquanto estiveram na pista o italiano mostrou maior equilíbrio e uma tocada mais segura que o canadense, que o seguiu durante várias voltas.
O triunfo de Vettel mostrou que resultados da Ferrari durante os testes de pré-temporada não foram por acaso e que a Mercedes ainda precisa limar arestas do seu novo carro para permitir que que seus pilotos mantenham a autoridade que a equipe alemã consolidou nos últimos anos. Falando em permissão, ficou no ar a dúvida sobre possíveis ordens de equipe. Nas voltas finais Bottas reduziu significativamente a distância que o separava de Hamilton mas a cerca de cinco voltas para a bandeirada a diferença entre ambos se estabilizou.
Kimi Räikkönen (Ferrari SF70H) e Max Verstappen (Red Bull RB13-Tag Heuer) tiveram atuações burocráticas, algo comprovado pelas ameaças de disputas entre ambos. Felipe Massa manteve bom ritmo e melhorou o foco de uma fotografia onde se enxerga que apenas ocasionalmente ele poderá subir ao pódio. Ainda na Williams, outra estreia, a de Paddy Lowe, ex-Mercedes, agora no comando das operações de pista.
A estreia da Liberty Media no comando da F-1 foi marcada por problemas técnicos e novidades que merecem algum polimento para que sejam devidamente assimiladas. Os padrões de operação perfeita e sóbria dos tempos de Bernie Ecclestone foram lembrados quando as informações mostradas na transmissão de TV sobre posições e diferença entre os pilotos apareceram de forma equivocada, incompleta ou sequer apareciam. Uma mudança tão quanto radical quanto trocar o homem forte da categoria nas últimas quatro décadas dificilmente ocorreria de outra forma.
Force India, Toro Rosso e Haas, cujos carros não terminaram, mas teve Romain Grosjean (Haas VF17-Ferrari) largando em sexto lugar, mostraram-se os pilares do segundo pelotão, grupo onde a Williams sobressai. Renault e McLaren têm limitações de ordem pessoal e técnica, em que pese o fato de Fernando Alonso (McLaren MCL32-Honda) ter completado várias voltas em décimo lugar antes de abandonar. Na Sauber ficou evidente a limitação técnica da equipe suíça e o bom desempenho de Antonio Giovinazzi, que substituiu Pascal Wehrlein após o piloto alemão ter-se queixado de dores decorrentes de um acidente em uma competição-exibição em janeiro, reforçou as limitações de Marcus Ericsson (Sauber C36-Ferrari). O sueco se envolveu em acidente com Kevin Magnussen (Haas VF17-Ferrari)) durante a volta inicial e a batida entre ambos mostrou que os dois e o inglês Jolyon Palmer (Renault RS17) iniciaram a temporada como grandes candidatos a deixar a F-1 no final do ano.
O resultado do GP da Austrália
O vencedor Sebastian Vettel e seu Ferrari SF 70 H (Ferrari)1ª etapa do Campeonato Mundial de F-1
1) Sebastian Vettel, Ferrari SF70H, 57 voltas, 1h24’11”672
2) Lewis Hamilton, AMG-Mercedes W08, a 9”975
3) Valtteri Bottas, AMG-Mercedes W08, a 11”250
4) Kimi Räikkönen, Ferrari SF70H, a 22”393
5) Max Verstappen, Red Bull RB13-Tag Heuer, a 28”827
6) Felipe Massa, Williams FW40-Mercedes, a 1’23”386
7) Sérgio Pérez, Force India VJ10-Mercedes, a uma volta
8) Carlos Sainz Jr, Toro Rosso STR12-Renault
9) Daniil Kvyat, Toro Rosso STR12-Renault
10) Estebán Ocón, Force India VJ10-Mercedes
11) Nico Hulkenberg, Renault RS 17
12) Antonio Giovinazzi, Sauber C36-Ferrari, a duas voltas
13) Stoffel Vandoorne, McLaren MCL32-Honda
Não classificados:
14) Fernando Alonso, McLaren MCL32-Honda, 50 voltas
15) Kevin Magnussen, Haas VF17-Ferrari, 46
16) Lance Stroll, Williams FW40-Mercedes, 40
17) Daniel Ricciardo,Red Bull RB13-Tag Heuer, 25
18) Marcus Ericsson, Sauber C36-Ferrari, 21
19) Jolyon Palmer, Renault RS17, 15
20) Romain Grosjean, Haas VF17-Ferrari, 13
Posições no Campeonato de Pilotos
1) Sebastian Vettel, 25 pontos
2) Lewis Hamilton, 18
3) Valteri Bottas, 15
4) Kimi Räikkönen, 12
5) Max Verstappen, 10
6) Felipe Massa, 8
7) Sérgio Pérez, 6
8) Carlos Sainz Jr, 4
9) Daniil Kvyat, 2
10) Esyebán Ocón, 1
Posições no Campeonato de Construtores
1) Scuderia Ferrari, 37 pontos
2) AMG Mercedes Petronas, 33
3) Red Bull Racing, 10
4) Martini Williams Racing, 8
5) Sahara Force India, 7
6) Scuderia Toro Rosso, 6
Próxima etapa: GP da China, Xangai, 9 de abril.
WG