Finlandês larga bem e vence pela primeira vez na F-1. Mercedes assume a ponta entre Construtores. Vettel segue líder entre os pilotos.
Terminada a prova de classificação para o Grande Prêmio da Rússia, ontem, o alemão Sebastian Vettel, autor da pole-position, era só sorrisos. Enquanto isso, ao seu lado o finlandês Valtteri Bottas, terceiro no grid, fazia declarações proféticas: “Estamos próximos da Ferrari e o resultado de amanhã é o que vale. A reta de Sochi é grande o suficiente e largar na segunda fila não é tão ruim…”
Não deu outra: o finlandês largou melhor que os dois pilotos da Ferrari e pôs por terra todos os sonhos que os tifosi que davam como certa a terceira vitória da Ferrari em quatro corridas. Se por um lado o domínio de Bottas — que esteve muito próximo de defender a Scuderia em 2016 — foi absoluto, a apagada atuação de Lewis Hamilton é um bálsamo para os corações amargurados neste domingo. Embora Valtteri ainda esteja 10 pontos atrás do inglês (63 a 73), o resultado de hoje promete criar uma atmosfera de disputa interna na equipe Mercedes e favorecer a Sebastian Vettel, que tem 13 pontos de vantagem sobre Hamilton. Kimi Räikkönen, terceiro colocado em Sochi, é quarto colocado no campeonato, com 49 pontos.
A corrida prometia mais um sexto lugar de Felipe Massa — seria o terceiro em quatro corridas — mas um pneu furado na 41ª volta impediu que o resultado se materializasse. Mais do que um sentimento de frustração em um fim de semana que no qual o brasileiro foi consistentemente o melhor do segundo pelotão, a Williams também sofreu ao ver os dois pilotos da Force India outra vez se destacando.
Sexto colocado, Sérgio Pérez ainda terminou à frente de Estebán Ocón, desta vez o franco-catalão o sétimo, 1 s,184 atrás. Após três décimos lugares, tal resultado consolida a evolução constante do jovem franco-catalão e o coloca no radar das grandes equipes para a temporada de 2018. Não se surpreenda se em breve seu nome não começar a ser mencionado como futuro piloto da Ferrari, situação comum a todo jovem destaque da F-1. Entre os construtores s equipe indiana se impõe como quarta força, posição em que terminou a temporada de 2016.
Entre os principais concorrentes o australiano Daniel Ricciardo viveu outro dia de decepção ao abandonar a prova em consequência de problemas em seu carro, algo que ocorre pela segunda vez em quatro corridas. Por seu lado, Romain Grosejan relembrou os momentos arrojados do seu início de carreira e colidiu forte com Jolyon Palmer, inglês que ainda não mostrou resultados à altura da equipe Renault. Graças ao alemão Nico Hulkenberg, porém, a equipe francesa se torna presença constante entre os 10 mais.
Resultado GP da Rússia
1) Valtteri Bottas, AMG-Mercedes W08, 1h28’08″743, 206,859 km/h
2) Sebastian Vettel, Ferrari SF70H, +0”617
3) Kimi Räikkönen, Ferrari SF70H,+11”000
4) Lewis Hamilton, AMG-Mercedes W08, +36”320
5) Max Verstappen, Red Bull RB13-Tag Heuer, +1’00”416
6) Sérgio Pérez, Force India VJ10-Mercedes, +1’26”788
7) Estebán Ocón, Force India VJ10-Mercedes, +1’35”004
8) Nico Hulkenberg, Renault RS17, +1’36”188
9) Felipe Massa, Williams FW40-Mercedes, a 1 volta
10) Carlos Sainz Jr, Toro Rosso STR12-Renault, a 1 volta
Campeonato Mundial de Pilotos após quatro etapas
1) Sebastian Vettel, Alemanha, 86 pontos
2) Lewis Hamilton, Inglaterra, 73
3) Valtteri Bottas, Finlândia, 63
4) Kimi Räikkönen, Finlândia, 49
5) Max Verstappen, Holanda, 35
6) Daniel Ricciardo, Austrália, e Sérgio Pérez, México, 22
8) Felipe Massa, Brasil, 18
9) Carlos Sainz, Espanha, 11
10) Estebán Ocón, França, 9
Campeonato Mundial de Construtores após quatro etapas
1) AMG Mercedes Petronas, 136 pontos
2) Scuderia Ferrari, 135
3) Red Bull Racing, 57
4) Sahara Force India, 31
5) Williams Martini Racing, 18
6) Scuderia Toro Rosso, 13
7) Haas F1, 8
8) Renault Sport F1, 6
9) Sauber e McLaren, zero ponto
WG