Mais algumas fotos que estão no meu computador, algumas escaneadas, pois eram originalmente em filme. O link para a Parte 1 está no final da matéria.
A foto de abertura, acima, é uma daquelas registradas em filme, apesar de ter sido feita logo após eu comprar minha primeira câmera digital. Preferi assim, pois usei a câmera de um amigo com a lente objetiva que eu tinha. Nela estou diante de um Northrop F-5E da Força Aérea Brasileira, no evento de Portões Abertos da Base Aérea de Salvador, em outubro de 2002. Ainda não havia começado o programa de modernização dos F-5E, monoplaces (um só lugar) e F, biplaces, que depois passaram a ter a designação F-5EM e F-5FM.
Ainda durante a arrumação para o encontro de automóveis antigos no Parque Chico Mendes 2014, em São Caetano do Sul, SP, fotografei esse Fiat X1/9 de especificação americana, recém-chegado ao Brasil e provavelmente à venda. Não havia ninguém por perto para me falar algo sobre o carro, que acho bem interessante, exceto pelos para-choques retráteis que eram obrigatórios nos EUA nessa época. Esse equipamento, dividido em duas barras, é conhecido como ladder-bumper (para-choque escada), e foram instalados em carros entre 1975 e 1978. O carro ainda tinha placas de New Jersey, e as rodas aparentemente não são originais. Uma boa pintura, e remover esses para-choques já o deixaria ótimo, pois o estilo é de Marcelo Gandini, que tem o Lamborghini Countach em seu currículo.
Essa foto de junho de 2015 que fiz do Paulo Keller trabalhando no Renegade foi tirada em um dia muito legal, por vários motivos. Foi a primeira vez que fui ao Haras Tuiuti, local sempre utilizado em eventos de apresentação de novos carros; foi a primeira vez que dirigi o Renegade, e estava estreando no AE o Luís Fernando Carqueijo, nesse dia ainda apenas nos ajudando e aguentando eu e o Paulo Keller dizendo que ele deveria escrever para o site, e não ficar apenas como um consultor de fora-de-estrada e organizador da logística de nossos passeios.
Momento saudosismo, vulgo “nó na garganta”. Fotografados juntos em 2004, o Suzuki Samurai que foi meu, e estava prestes a ir embora da garagem, e o Land Rover Defender que eu acabara de comprar. O Samurai era 1997, já com injeção de combustível monoponto e molas helicoidais, estava impecável, e o Defender era 1998. Este iria passar por um processo de Juvenalização, pois havia sido bem maltratado por uma dona pouco zelosa, permitindo que eu o comprasse por bom preço depois da enorme lista de coisas para fazer que mostrei a ela. Depois de quatro anos e muito melhor do que quando chegou em casa, foi furtado do bairro da Vila Olímpia, em São Paulo. O Samurai foi vendido a um amigo, que é amigo até hoje, prova de que o carro estava ótimo.
Mais uma foto onde os amigos dão o tom, esta na serra de subida para Campos do Jordão, SP. Em outubro de 2011 andamos no Audi RS5, que estava emprestado ao Best Cars. A trinca da imagem tem Roberto Agresti, sentado, Fabrício Samahá, o pioneiro de sites automobilísticos no Brasil, com o Best Cars Web Site (1997), e eu. Os três tem poucos cabelos, mas o Fabrício é o único que aguenta ficar sem proteção na cabeça debaixo de sol forte. Cara de coragem. Depois de um tempo o Agresti também cederia às investidas e passaria a escrever no AE. Na verdade acredito que ele e o Carqueijo concordaram em escrever aqui para não mais ouvir o PK e eu sugerindo a colaboração (Foto: Paulo Keller)
Não sei quem é o autor dessa imagem, mas ao que me lembro quando a encontrei na internet foi publicada pela primeira vez no jornal “O Estado de S. Paulo”. Final da década de 1970, o Proálcool ia a pleno vapor, e os Dodges nacionais ainda existiam. Os carros morreram de “morte matada” pela Volkswagen, mas o motor V-8 de 318 polegadas cúbicas (5.212 cm³) sobreviveu por mais alguns anos, sendo produzido para os caminhões Dodge, que eram usados quase apenas nas usinas de açúcar e álcool.
Mais uma imagem que vejo com muitas saudades. Meu primeiro Focus, um Zetec 1,8 com freio a disco nas quatro rodas e câmbio manual. Comprei-o com pouco mais de 40 mil km, em 2003, com apenas dois anos de uso, pois era 2001. Colocando de forma resumida, foi o melhor carro que tive. Não é perfeito, já que a acessibilidade mecânica não é das melhores, e deu trabalho acima do padrão para trocar um simples regulador de tensão do alternador, mas o que ele dava em troca a cada curva, freada e sensação de direção, mais do que compensava. Foi o carro que trouxe meu filho da maternidade para casa.
A data é 29 de maio de 2010, o local, aeroporto de Congonhas, São Paulo. Nesse sábado e no domingo foi realizado um evento de aviação bem simples e pequeno, com poucas aeronaves expostas e entrada franca. O nome era Feira de Aviação Civil, e foi feito com divulgação mínima. Na área onde ainda hoje estão os edifícios da extinta Vasp, alguns aviões permaneciam aguardando decisões judiciais, e este Airbus A300 era uma delas. Sem várias peças, inclusive os motores, pegavam poeira, tristemente mostrando a todos a verdade das más administrações. Como não havia um isolamento ostensivo da área, várias pessoas chegavam perto desses aviões que nada tinham a ver com a exposição, e tirei essa foto escutando o apito de um segurança que estava tentando nos remover dali. Escrevi mais sobre a Vasp aqui nesse texto .
Acima e abaixo, duas imagens da mesma estranha aeronave, o Canadair CL-84 Dynavert. Eu pude visitar o Museu Nacional de Aviação do Canadá em outubro de 1995, e este protótipo que voou pela primeira vez em 1965 está lá exposto. A ideia era antiga, um avião com hélices que funcionam como rotores de sustentação, e que inclina (tilt) os motores, fazendo a hélice criar sustentação. No CL-84 toda a asa é pivotada, junto com os motores. Isso tudo para decolar e pousar na vertical, mas voar mais rápido que um helicóptero. Foram construídas quatro unidades, e testados até 1974, quando o programa foi cancelado. A primeira aeronave com esse tipo de configuração – tilt rotor – a entrar em uso normal foi o Bell Boeing V-22 Osprey, em 2007, depois de mais de 20 anos de projeto e desenvolvimento.
Em outra imagem da Base Aérea de Salvador, um Mirage III E sendo manobrado na “força do feijão”. O piloto está em primeiro plano na foto, empurrando pelo tubo Pitot do nariz. Note a improvisação da capa da tomada de ar do motor, feita de papelão, pois o Mirage era baseado apenas em Anápolis, e em Salvador não havia as proteções específicas. O avião foi virado de lado para o público, para que se pudesse ver o momento em que uma labareda enorme sai pelo escapamento, momento em que a turbina começa a queimar combustível, depois de girada em alta rotação por um motor de partida. Demorou bastante para “pegar”, me lembro que foram umas três tentativas. A labareda não tive como fotografar, pois ela foi rápida demais para minha habilidade com a câmera.
Para encerrar, a foto mais difícil do ponto de vista do fotógrafo (eu), com dois Embraer EMB-111 Bandeirulha (Bandeirante Patrulha), passando baixo sobre o pátio da Base Aérea de Salvador. Tirei duas ou três fotos na sequência, e essa foi a que ficou melhor.
PARTE 1 – AQUI
JJ