Em Austin, a F-1 de volta à América. Hamilton a um passo do título. Troca-troca de pilotos
Os chapéus texanos, exagerados como o forte sotaque local, são famosos e devem aparecer até mesmo no pódio do GP dos Estados Unidos, que começa a partir de hoje no Circuito das Américas. Primariamente usados para proteger do sol que brilha forte nesse estado conhecido pelos exageros (existe até uma rede internacional de restaurantes chamada Consulado do Texas..), neste fim de semana eles poderão resguardar seus usuários de chuvas leves, algo pouco comum nesta época do ano.
Nem por isso o clima no paddock do autódromo situado nos arredores de Austin (a capital do segundo maior estado do país; o maior é o Alasca), está mais ameno: Lewis Hamilton pode garantir seu quarto título mundial e fazer crescer ainda mais as mudanças que já se notam em algumas equipes.
Hamilton desembarcou nos EUA com 59 pontos de vantagem sobre o vice-líder Sebastian Vettel (306 x 247) e garante o título se embarcar para o México, onde o campeonato prossegue na semana que vem, se aumentar essa diferença para 75. Entre as várias combinações possíveis para colocar as duas mãos na taça de campeão de 2017. a mais destacada aponta Hamilton em primeiro e Vettel em sexto lugar, situação em que a tabela de pontos passaria a ser 331 a 255: este último valor mais 75 pontos daria ao piloto da Ferrari apenas 330 pontos.
Para o alemão, o mínimo necessário para adiar a decisão é garantir que ao final da corrida a diferença entre eles seja no máximo 75 pontos, equivalente a vencer as três últimas corridas da temporada e torcer para que o inglês não some mais nenhum ponto. Se a Ferrari não conseguir adiar a decisão, certamente cabeças vão rolar no organograma da Scuderia…
Alheias a essa disputa, equipes como a Renault e a Toro Rosso estão mais preocupadas com as estreias de Carlos Sainz Jr e Brendon Hartley, respectivamente. O espanhol já é conhecido na categoria e substitui o inglês Jolyon Palmer, dispensado após pouco mais de temporada e meia na equipe francesa. Hartley é campeão mundial de Resistência (2015), vencedor em Le Mans este ano dividindo a pilotagem do Porsche 919 Hybrid nº 2 com o compatriota Earl Bamber e o alemão Timo Bernhard, e já passou pela academia da Red Bull, sem sucesso.
Um dos poucos pilotos disponíveis no mercado com pontos suficientes para garantir a superlicença necessária para correr de F-1, Hartley já ouve seu nome entre os possíveis titulares de 2017 na equipe austro-italiana: a Toro Rosso é propriedade da marca de energéticos austríaca e incorporou a estrutura e a sede da antiga e simpática Minardi. Para desespero do russo Daniil Kvyat a outra vaga está assegurada para o francês Pierre Gasly.
Situação semelhante vive o brasileiro Felipe Massa: a WiIliams não demonstra a menor pressa em definir o companheiro de equipe de Lance Stroll para 2018 e já testou o polonês Robert Kubica e o escocês Paul Di Resta, opções discutíveis para uma equipe que há duas temporadas perde desempenho. Na esperança de reverter esse quadro desolador, esta semana o responsável técnico pela equipe, Paddy Lowe declarou que desde Monza o foco da escuderia passou a ser “testar soluções para 2018, quando teremos um novo novo conceito de automóvel”. A conferir.
Por sua vez, a McLaren anunciou ontem que Fernando Alonso continua na equipe mais uma temporada, decisão que não chegou a surpreender quem acompanha o esporte.
O GP dos EUA será transmitido apenas pelo canal a cabo SporTV nos seguintes horários:
Sexta-feira, primeiro treino livre: a partir das 12h55, SporTV 2
Sexta-feira, segundo treino livre: a partir das 16h55 SporTV 2
Sábado, terceiro treino livre: a partir das 13h55, SporTV 3
Sábado, prova de classificação: a partir das 18h30, SporTV 2, a confirmar
Domingo, corrida: a partir das 16h00, SporTV 2
WG