Sou um jovem entusiasta de carros natural de Campinas, no entanto moro em Mococa desde 1998.
Apesar de eu estar próximo da denominada “geração Z” (a próxima vai ser qual, a “geração Z²”?), ou seja, nasci em 19 de abril de 1998, passei parte da infância me encantando com carros como Golf, Passat, Tempra, Tipo e Escort (e um certo Alfa Romeo 164…), essas interessantes máquinas no período que, se eu tivesse passado minha adolescência, certamente consideraria o melhor: a década de 90. Cresci acompanhando lançamentos como o Civic de oitava geração (que achava feio, mas hoje eu me encanto, quanta perfeição), Mégane de segunda geração, o Jetta de quinta geração, o Polo GTI e o Camry XV40… Caramba, que carrão era aquele? Eu tinha uma certa paixão pelo Focus, aquele de primeira geração. Como era delicioso (um dia ainda irei dirigir um, se alguém me oferecer um para alugar por uma hora…)!
Parte da infância passei a bordo de um Fusca com aquelas lanternas traseiras “Fafá” (passei anteriormente em um Volkswagen Santana GLSi 2-portas gasolina, mas pouco lembro dele), lembro até hoje do característico cheiro daquele danado. É um carro que gostaria de conhecer mais a fundo, contrariando muitas pessoas de minha idade que possuem outros gostos e desejos (um carro usado razoável deve custar por volta de 3 ou 4 iPhones, o aparelho deveria ser adotado como nova moeda ou commodity). Mas o que eu lembro mais é do que sucedeu ao Volkswagen: o Fiat Uno CS 1,5 i.e., modelo provavelmente 1992, um três-portas (com aquele negócio no teto), movido a gasolina, que minha mãe comprou de um advogado na vizinha cidade de Mococa, São José do Rio Pardo (eu sempre tentava imaginar que diabos era injeção eletrônica, que era primitiva naquele carro). Isso deve ter sido em 2003 ou 2004.
Até hoje, ocasionalmente, o vejo rodando ou estacionado em algum lugar aqui em Mococa. E que carro legal! Eu era um jovenzinho pequenino, então cabia com tranquilidade no banco de trás e adorava ver o ponteiro do velocímetro se mexendo enquanto mamãe dirigia. O tecido e a espuma daqueles bancos realmente me agradava, apesar do curvim revestido atrás dos bancos dianteiros no qual eu gostava de passar a unha. E o vento que soprava quando eu decidia abrir o vidro traseiro basculante? O que eu achava particularmente fantástico era o rebatimento do banco traseiro, mas era muito trabalhoso para uma criança dotada de pouca força física (coisa que sinto falta no Corsa). Esse amigo me ajudou a socorrer nos meus dias de viroses (eu não me alimentava direito, felizmente hoje já é o contrário), e feria a legislação deitado naquele assento macio na traseira, enquanto olhava o céu… Ele era um dos poucos, senão o único Uno da cidade, cujo escapamento era silencioso (ele tinha umas calotas paralelas que eu achava que eram originais, porque eram bem bonitas, eram uma cópia das calotas que equiparam o Palio Young, só que com a logomarca da Fiat pintada de azul, com as rodas originais ele era mais bonito), soava normal. Ele até já sofreu uma colisão comigo dentro. Coitado dele… Felizmente todos ficaram bem. Adorava colocar meus pés nele para eu usar como impulso para balançar a rede em dias quentes (faço isso no coitado do Corsa também)…
Em condições mais próximas de um lugging (vibração nociva que ocorre quando tentamos acelerar o carro em uma marcha “adiantada” em baixa rotação, como tentar sair de 2ª marcha em algumas situações em determinados carros), o painel tremia tanto que podia vê-lo agindo de tal maneira. E o câmbio, então, me causava aflição quando, por vezes, via minha mãe tentando engatá-lo quando começava suas travessuras. Ah, e achava muito legal o painel dele, com aqueles comandos “de satélite”, assim como o som do limpador traseiro (até hoje lembro o som e o ritmo) e, para não esquecer, o relógio analógico cujo som não esqueço nos dias que eu ficava esperando dentro do carro (sim, em Mococa a gente tem esse costume ainda). O carro tinha também vidros elétricos que, curiosamente, eram divididos num botão em cada porta. Ou seja, um motorista sem carona tinha de esticar o seu corpo e pressionar o botão na porta do carona (quem precisa de Pilates?). Passei muitos momentos inesquecíveis com ele. Eu nunca aceitei o fato de que ele estava começando a dar problemas (era o que minha mãe alegou) e acabou sendo vendido em 2008. A quilometragem eu realmente não lembrava.
Minha falecida avó tinha um Ford Escort Hobby 1,0 de 1994. Era de uma bonita cor azul. Passei parte da infância nele também. Não esqueço quando íamos sair no carrinho. Ela tinha de colocar uma almofada para ficar em uma posição mais confortável. E dirigia bem, viu! Pegava o embalo nas subidas mocoquenses e não ficava no meio da rua em uma velocidade tão baixa a ponto de estressar os motoristas de trás. Aquele carro disputava comigo como o sujeito mais mimado por ela. Os bancos tinham capas (queria ter sentido o tecido…), o escapamento era cromado (tinha até faróis auxiliares) e o carro produzia um assobio interessante quando acelerado (e a suspensão era muito barulhenta!). Eu sempre achei que ele fosse um sedã por causa do formato pouco usual da tampa do porta-malas (e de seu grande espaço) mas anos depois descobri de que se tratava de um hatchback. Minha mãe, acostumada com a agilidade do Uno de motor 1,5, ficou atordoada com a lentidão dele nas estradas quando precisou usá-lo um dia. Se tivesse ficado com minha avó até o seu falecimento em janeiro de 2016 (o meu avô inventou história e a fez vender em 2006), eu seria o candidato a ficar com ele. Poderia até ser lento, mas era um honroso ancestral do Focus com o seu interior bem-acabado. O que mais eu poderia querer?
Durante um certo tempo, eu também andei em um Civic importado que meu pai teve, que ficou temporariamente com minha mãe. Era provavelmente um EX. O que eu lembro dele era: o cheiro de um perfume que tinha nele, o teto solar (por isso eu acho que é um EX), quinta ou sexta geração, era automático e sedã. Graças a este carro, na época eu via carros da Honda da mesma forma que eu vejo hoje carros da Mercedes-Benz. Depois eu enxerguei que Civics são apenas carros simples, eficientes e confiáveis. Imagino o status que esse carro teve naquela década de 90…
Voltando então a minha mãe, em janeiro de 2009 comecei a passar momentos com um Mille novo (o Economy, hoje famoso pelo fato de muitos ainda usarem escadas no teto), já da linha com aquelas interessantes alterações das quais o carro teve seu consumo reduzido. Só por amor eu acabei o aceitando e ignorando detalhes nos quais ele pecava em relação ao Uno: densidade de espuma um tanto “mole” e um tecido simplificado, além da falta dos vidros elétricos e do rebatimento do banco traseiro (como pode?). Mas era um cinco-portas, mais silencioso, suave e econômico, e continuava com portas ruins de fechar. Foi o primeiro no qual eu usei o cinto traseiro de três pontos e, que coisa boa, não eram retráteis. Assim ficamos com ele até 2011 e, assim, até por volta de maio de 2012, passamos por uma tormenta: ficar sem carro em uma cidade pequena de interior. Passamos por essa ingratidão e, então, chegamos ao carro principal deste texto: o Corsa. Para você ter ideia de como é Mococa, mamãe tinha de ir a São José do Rio Pardo para fazer as revisões da garantia. Mococa não tem concessionária Fiat até hoje.
Já aos meus 14 anos, eu estava todo empolgado com a possibilidade de voltarmos a ter um carro. Eu na época não entendia muito de carros e ficava mais focado no meu aquário, que tenho até hoje (fiquei um tempo sem ler as revistas Quatro Rodas, ler ao jeito de olhar as fotos dos carros e tentar entender a ficha técnica deles), pouco sabia das outras opções na mesma faixa de preço e ano (um Clio sedã, um Siena…). Era um Corsa Sedan Milenium 1,0 8V 2002, todo original (eu tenho raiva de quem decide fazer modificação fora de fábrica no carro que comprometa sua originalidade; cada um com seus gostos). Pagos R$13,7 mil (em 2001 quando era vendido novo custava R$18 726), achei um pouco caro à época.
A primeira coisa que percebi ao entrar nele era o cheiro. Era um cheiro agradável, talvez um cheiro de carro da década de 90. Os cintos traseiros laterais, além de serem retráteis, tinham ajuste de altura (!!!). Finalmente podia sentar encostando a minha cabeça naqueles encostos de cabeça. Era de segundo dono, com 48 000 quilômetros rodados (até hoje eu tenho esse ceticismo, vou explicar mais para frente o motivo). E é aquela coisa, os primeiros dias eu sempre tentando ocultar o máximo qualquer ponto fraco ou detalhe típico de carro usado… passei com ele bons momentos.
Como eu ainda não dirigia, só ficava lendo e relendo avaliações, comparativos e outras coisas sobre carros. Na verdade eu faço isso até hoje e ainda sonho em conhecer mais carros, quando houver oportunidades.
Mas estamos com esse danado até hoje! Há quem fale que ele tenha uma certa idade (16 anos) mas se a quilometragem for considerada legítima (deve ter por volta de 72 000 km), de fato, então esse é jovem ainda, pode rodar mais de 500.000 km no sossego que eu sei que você consegue. Os taxistas também.
E então, por que o ceticismo com a real quilometragem? Porque ao longo desses mais de cinco anos conosco, descolou tecidos das portas, soltou detalhes de acabamento, tem de ver as borrachas das portas… mas o carro não é meu e não tenho o dinheiro para arrumar esses detalhezinhos (ele recebeu uma repintura e infelizmente perdeu os escritos “CORSA”, “Milenium” e “MPFI”, poderia comprar de um desmanche ou comprar um refeito que encontrei no Mercado Livre recentemente, mas fico em dúvida se é leal ao original de fábrica). Mas o consolo é que ele continua com as calotas originais (com riscos por causa da mamãe, mas quem se importa?) e bonito. Ao menos externamente, há pessoas que se surpreendem quando descobrem que ele tem 16 anos.
E claro, infelizmente ele caiu nas mãos de uma “pseudooficina” mecânica que só ficava enrolando… quando mudamos de oficina e, então, mamãe teve de fazer uma revisão das boas, com manutenção corretiva e preventiva, gastando mais de R$1000. Se para desmontar um motor de concepção tão simples (assim como o câmbio) já demanda trabalho, fico pensando em como é em motores com oito cilindros em “V” e câmbios como os de dupla-embreagem do Grupo Volkswagen.
E quando eu comecei a dirigi-lo? Em tempos indevidos. Numa primeira vez, não conseguia tirá-lo com o ponto de fricção. Fiquei com medo, confesso, de tentar andar com ele. Mas esse aparente medo inicial sumiu quando eu tive algumas aulas de direção com um conhecido de minha mãe. Depois de finalmente ter se sujeitado ao ingrato processo de tirar a habilitação com uma reprovação no teste de direção (e eu nem tirei ainda a CNH, a minha PPD minha irá ser trocada no próximo mês), pude conhecê-lo mais a fundo.
O interior, sóbrio como de praxe em projetos alemães e dos Opels da década de 90, tem boa ergonomia. Os tecidos aveludados nas portas e em parte dos bancos são de uma qualidade e de uma espuma (os das portas estão meio “soltos”) que não parecem vir de um carro de entrada, apesar da coloração escura ser uma ingratidão em tempos quentes e, claro, num carro sem ar-condicionado. Há detalhes curiosos e interessantes como dois porta-copos na tampa do porta-luvas (tem um vão que suspeito ser um porta-disquete) e com iluminação em cortesia, além de, claro, da abertura elétrica do porta-malas por um botão oculto que eu já me acostumei a apertá-lo, mesmo no escuro. Movido por um rústico motor quatro-cilindros em linha com bloco de ferro fundido, seu desempenho realmente é limitado que, unido às relações de marcha um tanto curtas, aumenta o seu consumo em cidade. Em estradas ele sempre me passou segurança, apesar de sua carroceria balançar um pouco em ventos laterais pronunciados e sob passagem de grandes caminhões em vias de sentido contrário (coisa que irei verificar se está dentro do normal). Quando eu ainda não o dirigia, gostava de ler o seu manual. Aprendi coisas interessantes nele tais como ajustar os difusores para desembaçar os vidros laterais…
E obviamente, aquela empolgação de poder dirigir um carro com sossego (e de poder ser cavalheiro com uma pretendente em potencial), coisa que eu sou eternamente grato à minha mãe querida, pois sempre me incentivou a dirigi-lo cada vez mais. Falando em pretendentes em potencial, ainda sonho um dia em passear com uma, dentro de um carro confortável e com a música Take my Breath Away como fundo, numa noite romântica, em ruas sem lombadas… caramba, um rapaz de 19 anos colocar uma música da década de 80? E daí? Esses poucos meses dirigindo o carro paulista foram o suficiente para eu rodar mais de 500 quilômetros em rodovias variadas e levá-lo para passear comigo em cidades conhecidas, mas diferentes agora que eu era o protagonista dos percursos. Já levei também minha cadela Boxer no banco de trás ao veterinário e hoje posso ajudar e fazer favores extras para minha mãe.
Sempre procurei ser mais cauteloso possível com ele (me deu agonia quando eu quase arranquei sua “orelha”, o retrovisor esquerdo, na saída da garagem, jurei comigo mesmo que se eu estragasse eu iria dar um jeito de arrumar dinheiro e pagar, é claro que eu não esconderia isso dela também), mesmo que o seu motor e suas relações de marcha implorassem o contrário. Dirijo descalço (minha mãe sempre me pergunta se não vou perder a aderência de meus pés, eu respondo que não) ou de tênis (em trajetos maiores, melhor para meus pés). Parece que estou me americanizando… vejo uma placa ou um escrito de “PARE”, paro mesmo (por que esse hábito é raro aqui, será que estou errado?). Procuro sempre sair com suavidade com ele. Sinalizo absolutamente tudo com as setas quando necessário (gostaria que ele tivesse os repetidores laterais de direção), dou passagem para os mais apressados quando possível. A minha maior dificuldade com ele, de fato, é a baliza. Que baliza é essa de autoescola, em que você está em um Onix com direção assistida, com bons retrovisores e postes? Mas ao longo desses meses estou aprendendo e já consegui fazer algumas. Ah, sim, a posição mais baixa de dirigir do Corsa me agradou mais que a do Onix das aulas práticas (talvez um dia eu acabe gostando dos utilitários esporte, que costumeiramente possuem uma mais alta posição de dirigir; eu realmente nunca dirigi um).
Talvez eu esteja ficando maluco quando eu comparo essa minha convivência com o Corsa a um relacionamento amoroso. Ao longo dos meses, você reconhece os pontos fracos e os incômodos e, simultaneamente, enxerga também os pontos positivos e, imaginando uma análoga situação, um relacionamento com uma parceira que será fiel a você por toda vida, ainda que seja imperfeita. Eu então aceito o fato de que ele tenha:
– Curtas relações de marcha;
– Alto ruído do motor, de rodagem e de vento;
– Ruídos de acabamento, engraçado que eles têm variado com o tempo;
– Qualidade construtiva duvidosa;
– Engates esquisitamente precisos na alavanca do câmbio manual;
– Um inadequado motor de 60 cv e 8,3 m·kgf de torque (este último a 3.000 rpm);
– Má anatomia dos bancos traseiros, péssima para as coxas e que cansa rápido em viagens;
– Posição torta de dirigir, com volante enviesado (depois que eu dirigi um Celta, não reclamei mais tanto);
– Direção pesada demais em manobras, mas pelo menos substitui exercícios de academia;
– Alto consumo em cidade;
Mas é confiável (dá os seus probleminhas ocasionalmente, mas isso aí pode dar até em um Toyota tirado de uma concessionária), fácil de achar mão de obra e peças (fora de Mococa, claro). Eu comprei uma peça genuína e nova do para-sol de um Classic do Mercado Livre, e serviu perfeitamente nele com as devidas adaptações que fiz); é resistente e com aproveitamento de espaço razoável, com seus pouco mais de 4 metros de comprimento, dotado de um bom porta-malas de 390 litros. E o melhor, se ocasionalmente perder as calotas originais dele, posso comprar as genuínas do Classic (antes da linha 2010) que irão combinar com ele. Acabamos colocando também uma humilde capa no volante macio (deve ser de couro legítimo), porque ele acabou perdendo sua borracha aos pedaços, provavelmente por causa do sol. Convenci a minha mãe de que ele sem o filme escuro nos vidros ficaria mais original e bonito (e estava precisando também, já estava velho e formando bolhas). A única potencial perda seria em relação a roubos de semáforo e afins (mais fácil eu achar uma serpente aqui em casa do que ser roubado); deixo isso para quem é especialista da área, eu continuo tendo mais conhecimentos em carros e biologia.
Hoje o vejo como um carro confortável e que está servindo bem a nós. Minha mãe, claro, se encantou quando dirigiu outros carros como um nono Corolla de câmbio manual ou um Fiesta mexicano, mas a realidade nos diz que agora temos de conviver com ele. Eu poderia ter dito lá em 2012 algo como um “Compre um Clio RT mãe, praticamente o mesmo preço, mas com bolsas infláveis frontais, direção assistida e ar-condicionado[…]” ou mesmo um “Compre um Corsa com motor 1,6[…]”, mas agora não adianta. O consolo é que este Corsa está ficando cada vez mais raro (eu já vi um equivalente num bonito verde, e ele tinha os escritos que eu gostaria de ter…). O encantamento é maior quando vejo um Corsa GLS bem-cuidado, com aquelas rodas de liga leve originais… Ah, esqueci de mencionar que ocasionalmente ainda vejo o Escort citado anteriormente andando nas ruas mocoquenses…
Um conselho a você que deseja ter algo como um Celta: esqueça essa ofensa aos bons e honrosos carros que a marca já fez no Brasil. Compre um Corsa (da segunda ou terceira geração, se for a terceira compre um com motor 1,4). Carro simples por carro simples, o Corsa é melhor. E se for comprar um sedã, pegue um com motor 1,6 (o de motor 1,0 litro só teve aqui por causa da aberrante legislação tributária baseada em cilindrada dos motores).
Agora eu vou deixar um recado para você, querido Corsa: alma desalmada, elegante e de cores brilhosas, peça metálica de quase uma tonelada, saiba que, ainda que você seja ruidosão, áspero e ainda tenha coisas a fazer (e que adora despejar óleo lubrificante), saiba que você ficará eternamente em meu coração e, mesmo que um dia você ainda fique longe de minhas mãos de motorista inexperiente, nunca sairá de minhas palavras escritas e pronunciadas.
Felipe Lange
Mococa-SP