Sauber e Williams têm novos nomes, Mercedes se preocupa com pneus.
Até alguns anos atrás o GP do Canadá encerrava o final da primeira fase da temporada, marca atualmente deslocada para o GP da Grã Bretanha, a décima prova em um calendário de 21. Este ano aparecendo como apenas a sexta etapa, a corrida de Montreal conseguiu manter o privilégio de consolidar mudanças após a primeira fase de evolução dos carros. Na semana que vem os assuntos mais comentados no paddock do circuito Gilles Villeneuve, traçado montado na ilha de Notre-Dame, serão os novos organogramas da Sauber e da Williams serão assuntos dos mais comentados, assim como a escolha de pneus feita pela Mercedes para a corrida que será disputada dia 10 de junho.
Quando a Alfa Romeo anunciou, em novembro de 2017, sua decisão de fazer investimentos tecnológicos e comerciais na equipe Sauber já se podia prever a presença cada vez maior de engenheiros e técnicos da Ferrari nos quadros da equipe de Hinwill, consequência da associação com a Scuderia, fornecedora de motor e transmissão de última geração para os carros de Marcus Ericsson e Charles Leclerc. Este último faz parte da academia de pilotos de Maranello e sua chegada à equipe suíça é uma forma de prepará-lo para assumir um dos lugares atualmente ocupados por Sebastian Vettel ou Kimi Räikkönen.
Domingo passado, em Mônaco, a Ferrari oficializou o desligamento do engenheiro Simone Resta de sua equipe e ninguém se surpreendeu quando a Sauber tornou oficial, 24 horas depois, que o projetista-chefe da Ferrari entre 2014 e 2018 será seu novo diretor técnico a partir de 1º de julho. Não deixa de ser pertinente considerar que essa mudança foi tornada pública com alguma antecipação de forma a mitigar os efeito das investigação da FIA sobre a legalidade do acumulador de energia dos carros italianos.
A única dúvida é se Resta, formado em engenharia mecânica pela Universidade de Bolonha, realmente terá um mês de férias. O italiano, que iniciou sua história na F-1 com a equipe Minardi, vai ocupar a vaga criada com o desligamento de Jörg Zander, fato ocorrido no início deste mês. Nome de larga experiência junto ao departamento de competições da Audi, Zander saiu por motivos ainda pouco claros: a baixa performance do chassi C-41 e possíveis problemas com o álcool foram duas razões apontadas, nenhuma delas comentada pela equipe.
Mais ao norte da Europa, em Grove, a Williams confirmou hoje o desligamento imediato do sul-africano Dirk De Beer, graduado em engenharia aeronáutica pelo Imperial College em 1998. O primeiro contato de De Beer com a F-1 foi quando a Honda o contratou como pesquisador assistente de seu túnel de vento. Após um breve período trabalhando em uma indústria aeroespacial na África do Sul, Dirk trabalhou com a Swift na F-Indy, Sauber, Renault, Lotus e Ferrari. Transferido para a Williams em 2017 o sul-africano foi responsável pelo novo estilo de trabalho imposto por Paddy Lowe e que resultou em uma mudança radical de conceito no carro de 2018 em relação ao de 2017, mudança de efeitos catastróficos.
Ainda que a falta de resultados seja a causa mais provável do rompimento do contrato, o comunicado da Williams sugere que o engenheiro pediu para ser desligado da equipe. Trata-se do segundo profissional desse gabarito que deixa a escuderia inglesa em um mês: no dia 2 de maio Ed Wood também foi desligado. Doug McKiernan, contratado no inicio deste ano, assumirá as áreas de projeto e aerodinâmica e Dave Weather atuará como líder de aerodinâmica.
WG