O presente ano celebra a décima temporada do Torneio Interlagos de Regularidade. Sem dúvida que um evento somente consegue alcançar longevidade tão expressiva com uma excelente organização e, principalmente se na sua essência existe um ingrediente especial que o faz ser único e significativo para quem participa. Devido a essas qualidades, o Torneio Interlagos de Regularidade reúne um número elevado de inscritos em suas etapas e especificamente no AUTOentusiastas já foi tema de várias excelentes matérias assinadas, tanto por editores como por leitores, que contaram suas histórias e experiências nessa competição.
Nesse sentido, gostaria de compartilhar com os leitores mais uma história sobre o Torneio Interlagos de Regularidade. Nesse relato, busco descrever, não apenas a experiência de uma etapa, mas, sobretudo o quanto viver o Torneio é algo apaixonante.
É difícil encontrar um autoentusiasta que também não seja apaixonado por automobilismo. Em geral, os autoentusiastas acompanham quase todas as categorias (de Kart à Fórmula Truck) e com certeza, além da paixão pelos carros, ao menos uma vez na vida provavelmente sonharam em ser piloto de carros de corrida. Comigo não poderia ser diferente, por muitos anos da minha vida sonhei em um dia pilotar numa pista de corrida, em especial em Interlagos.
No entanto, a primeira que vez em que estive, literalmente, dentro do circuito de Interlagos foi em 2005, e não foi para correr com um automóvel, mas sim com minhas próprias pernas. Foi na II Ayrton Senna Racing Day, uma maratona de revezamento, que completa em 2018 a sua 15ª edição. Percorrer a extensão da pista, com um tempo em torno de 25 minutos a uma velocidade média de 10 km/h foi uma grande emoção. O simples fato de pisar naquele asfalto, que foi palco de tantas disputas e glórias, já me fazia sentir algo quase espiritual, era como se eu estivesse em um território sagrado.
Senti na pele o significado de Templo do Automobilismo. Naquele dia, enquanto eu corria pela pista, eu imaginava e sonhava como deveria ser emocionante estar ao volante de um carro percorrendo velozmente aquele circuito, considerado um dos mais importantes do mundo. Por outro lado, naquele momento eu não tinha certeza por quais vias esse sonho poderia um dia se concretizar. Apenas sonhava enquanto sentia Interlagos.
Cinco anos depois, em 2009, navegando pela internet descobri que havia uma competição de carros em Interlagos com objetivo de manter a regularidade e não exatamente ser o mais rápido na pista. Naquela ocasião, para mim um dos principais atrativos dessa prova era que qualquer pessoa com Carteira Nacional de Habilitação, dentro do prazo de validade, poderia participar. Havia duas categorias: Carros Modernos e Carros Clássicos, esta para automóveis com mais de 20 anos de fabricação, a qual, sem dúvida, foi categoria que me interessou. Além disso, não era necessário fazer nenhuma modificação ou adaptação no veículo e também não era obrigatório o uso de vestimenta específica para o automobilismo, apenas o capacete.
De imediato eu fiquei muito empolgado para participar de uma etapa do Torneio Interlagos de Regularidade, promovido pelo piloto, escritor e jornalista Jan Balder. Infelizmente, nas datas das provas eu sempre estava com algum compromisso profissional agendado. E por conta disso, esperei por três anos para conseguir colocar aquela intenção em prática! E foi somente em dezembro de 2012 que eu consegui me inscrever para a prova.
Durante algumas semanas, entre o período da inscrição e o dia da corrida, eu não conseguia pensar em nada além do Rali de Regularidade. Imaginava a emoção que eu sentiria de pilotar um automóvel pela primeira vez no Templo. Por outro lado, era inegável a preocupação com um possível dano ao carro. Eu não queria em hipótese alguma atrapalhar alguém na pista e/ou me envolver em algum acidente.
E finalmente chegou o grande dia! Naquela manhã nublada de sábado partimos para Interlagos, eu no Fiat 147 GLS 1979, enquanto a Daiane (minha esposa) e a Agatha (minha filha com apenas oito meses de idade) foram de carona no Hyundai i30 do meu amigo Luis Felipe. Esse “comboio” para Interlagos foi motivado por duas razões: 1ª) porque o meu amigo é apreciador de corridas e queria conhecer a prova; 2ª) eu tinha uma série de dúvidas sobre como seria a corrida e por precaução preferi que as meninas fossem em outro carro, pois se houvesse algum imprevisto mecânico com o Fiat 147 durante a prova elas poderiam retornar confortavelmente para Jundiaí com o Luis Felipe e sua esposa Viviane.
As emoções começaram a se intensificar ao entrar com o carro no complexo do autódromo. Quando cheguei à área de concentração repleta de carros clássicos, muitos deles bem mais potentes do que o Fiat 147, eu percebi o quanto desafiador seria aquela prova.
Após o briefing, por sinal muito esclarecedor e educativo, conduzido pelo Jan Balder, a minha frequência cardíaca já estava bem acima do normal, pois a partir daquele momento faltaria um pouco menos de uma hora para o inicio da competição. Além disso, naquele momento chovia intensamente, o que me deixava um pouco mais apreensivo. Jan Balder, acertadamente por motivos de segurança, decidiu adiar a largada até que a intensidade da chuva diminuísse.
Ficamos algumas horas esperando até que fomos autorizados a nos dirigir ao local de partida, um acesso lateral próximo à curva do Laranjinha. A largada, de acordo com regra é em movimento e em fila indiana, o “carro-madrinha” faz uma volta conduzindo o pelotão e entra no boxe, autorizando o início efetivo do rali.
Na pista, ainda durante a volta de aquecimento, o coração foi a mil! O aumento do tônus muscular dos membros inferiores decorrente da descarga de adrenalina gerava a desconfortante sensação de “pernas bambas”. O efeito da ativação do Sistema Nervoso Simpático podia ser sentido e percebido pela sudorese aumentada mesmo com a baixa temperatura ambiente e pela redução da secreção de saliva, deixando a boca seca.
A entrada do “carro-madrinha” nos boxes determinou o início da corrida, e nesse mesmo momento a intensidade da chuva aumentou. Contudo, à medida que os carros ganhavam velocidade eu progressivamente me adaptava a pista e a sensação de ansiedade foi se convertendo em prazer. E aquela sensação foi uma das melhores que eu senti em toda minha vida: eu estava com meu Fiat 147 GLS 1979 em Interlagos!
Sem dúvida, a chuva e o asfalto molhado tornaram a prova muito mais tensa do que eu esperava, mas também foi o tempero especial daquela estreia. Ao longo da minha vida já participei de muitas competições oficiais em vários tipos de esportes, de futebol a jiu-jitsu, mas nenhum desses desafios esportivos proporcionou as sensações do autódromo.
Conforme eu completava, uma a uma, cada volta, era impossível não pensar em todos os meus ídolos que também percorreram aquele mesmo traçado com extrema habilidade, conduzindo seus carros velozes por aquelas curvas e retas. Na minha imaginação eles estavam todos juntos comigo, me auxiliando a controlar o Fiat 147 GLS pelas curvas de Interlagos, infinitamente muito mais desafiadoras na perspectiva de piloto do que de espectador.
Inevitável não pensar em Ayrton Senna e nas suas memoráveis corridas sob chuva, em especial a vitória naquela mesma pista no GP de 1993. Ao contornar a junção e começar a subida dos antigos boxes, logo me veio à mente o GP de 2008, quando Lewis Hamilton ultrapassou o alemão Timo Glock na última volta, naquele ponto, para chegar em quinto e conquistar seu primeiro título mundial, tirando-o das mãos do vencedor da prova Felipe Massa. Era simplesmente inacreditável estar num autódromo com tanta história!
Ao mesmo tempo, eu tentava aproveitar o máximo daquele momento tão esperado. A princípio eu já estaria feliz apenas com uma volta em baixa velocidade pelo circuito. Mas o que eu experimentava era algo muito além das minhas expectativas, e durante aquelas voltas eu tinha plena consciência do quanto aqueles momentos seriam lembrados no futuro como uns dos melhores da minha vida.
Por quase uma hora, dentro do Fiat 147 GLS com sua configuração original, eu consegui realizar o sonho de pilotar em um dos circuitos mais tradicionais do mundo.
A quantidade e a diversidade de carros clássicos, históricos e antigos, que participaram da prova, tais como Porsche 911, Corvette, Mustang, Shelby Cobra, Alfa Giulia, entre outros, era um show à parte, proporcionando ao rali uma plasticidade de imagens de fazer inveja a qualquer encontro de carros antigos.
Ao final de quase 50 minutos a bandeira quadriculada indicava final de prova. Ufa! Mais um grande sensação, a de alívio por ter conseguido cumprir aquela prova da melhor forma possível, ou seja, sem atrapalhar ninguém e sem danificar um parafuso do Fiat 147, o qual adicionava ao seu currículo de mais de três décadas de fabricação a honra de participar de uma prova no Templo Sagrado do Automobilismo.
Estava feliz, pois mesmo com o asfalto molhado não houve nenhuma saída da pista ou rodada em curva. Ao final da prova o motor estava suave como sempre e tudo se encontrava em perfeitas condições.
Além do alívio, a outra sensação foi a de leveza e bem-estar, pois toda aquela adrenalina e noradrenalina liberadas durante a prova começaram a ser convertidas em dopamina, um neurotransmissor poderoso que ativa nossos receptores cerebrais responsáveis pelo prazer, recompensa e felicidade. O fato é que o sorriso no rosto permaneceu por vários minutos. A sensação de bem-estar após a prova foi até certo ponto parecida com a que eu senti após ter corrido os 5 km da Maratona de Revezamento Ayrton Senna Racing Day, porém maximizada!
Ou seja, o efeito da redução dos níveis adrenérgicos associada ao aumento da concentração de endorfina no plasma sanguíneo (potente analgésico endógeno), sem dúvida, foi muito mais intenso na etapa do Torneio Interlagos de Regularidade, exacerbando a sensação de relaxamento dos músculos e o retorno do tônus muscular ao estado de repouso, proporcionando uma sensação de leveza ímpar.
Ao fim restava esperar as planilhas com os tempos das voltas e a classificação final. Contudo, naquele momento o resultado era o que menos importava. Eu até havia levado um cronômetro para tentar controlar o tempo, mas apenas duas voltas foram suficientes para eu esquecer o relógio e procurar apenas curtir a pista.
O mais interessante, enquanto aguardava as planilhas com os tempos e a classificação, foi conversar e discutir sobre a corrida com os demais “pilotos”. Embora, de fato, houvesse muitos pilotos de “verdade” naquele dia, sem dúvida no rosto de cada um, independente da experiência ou técnica, a expressão era de alegria.
Naquele momento a minha expectativa era somente não ser o último colocado. A inconstância nos tempo das voltas me levou a um “honroso” 32º lugar de 38 carros. Claro que fiquei mais do que satisfeito. Após todas aquelas experiências únicas, eu finalmente consegui, mesmo que de uma forma muito elementar, sentir um pouco da emoção de ser um piloto de corridas de automóveis. Em parte o sonho havia se realizado.
Felizmente o Fiat 147 GLS não apresentou nenhuma sequela decorrente da competição, e não foi necessária a “escolta” do meu amigo Luis Felipe para voltar para casa. Então, minha esposa e a minha filha voltaram comigo para Jundiaí. O Fiat 147 GLS, percorreu altivo como nunca os 70 quilômetros que separam Interlagos da nossa residência. Para mim, a certeza de que aquele foi um dos melhores dias da minha vida.
Vício saudável
Contudo, Interlagos é viciante e basta apenas uma volta pelos 4.309 metros do autódromo para nos tornar dependentes da velocidade e pela atmosfera daquele lugar. Assim, prometi para mim mesmo que voltaria a participar do “Rali do Jan Balder”.
Então, eu comecei a me planejar para uma próxima etapa, porém, mais uma vez a dificuldade em conciliar compromissos profissionais e familiares com as datas das etapas adiou a segunda participação por mais três anos!
E assim, dezembro de 2015 marcava a minha segunda participação no Torneio Interlagos de Regularidade. Nessa etapa o nível de tensão foi bem menor, o que garantiu uma sensação muito mais confortável antes da prova. Além disso, o tempo aberto daquela bela manhã ensolarada com céu de brigadeiro garantia uma pista com aderência muito melhor do que na experiência anterior.
Interessante que sem a chuva foi possível perceber, por exemplo, o quanto o asfalto de uma pista de corrida é superior em aderência e nivelamento comparado a superfície de uma boa rodovia. Também, pude sentir que devido à média de velocidade mais elevada e à temperatura ambiente bem mais alta, os freios e pneus foram muito mais exigidos.
Percebi também que os 53 cv do motor do valente 147 não eram suficientes para acompanhar a maioria dos carros na subida dos boxes, mas nem por isso todas as sensações que eu senti na primeira prova não se manifestaram novamente. Mais uma vez aquela sensação de bem estar única. Após o término da prova, eu me comprometi comigo mesmo, que não iria esperar tanto tempo para voltar a Interlagos e que pelo menos uma vez por ano iria participar dessa competição.
Exatamente um mês depois, daquela prova, eu comprei um carro que era um sonho de adolescência, e que há trinta anos eu esperava um dia ter na garagem: Escort XR3. Além disso, por suas características esportivas de época, era um automóvel que se encaixava como uma luva para participar do Torneio Interlagos de Regularidade. Após todas as manutenções necessárias para deixar o Escort XR3 em condições ideais para enfrentar uma pista, em dezembro de 2016 eu participava pela terceira vez do evento.
O meu XR3 com motor CHT em perfeita forma (Foto: Original Motors)
Muito mais familiarizado com o ambiente, comecei a aproveitar uma nova experiência no “Rali do Jan Balder” que é a de vivenciar o excelente clima que envolve os participantes e as pessoas que acompanham as provas. Assim pude conhecer pessoalmente os amigos do AUTOentusiastas Bob Sharp, Paulo Keller, Arnaldo Keller e Wagner Gonzalez, e os leitores do AE Ricardo Biasoli, Jerson Biasoli, Hayrton Oliveira e Edison Guerra Senior, entre outros; estreitar amizades com pessoas que havia conhecido em outras etapas, como o fotógrafo André de Nardi Queirós, da Original Motors, que eu conheci na primeira vez que participei do Torneio e que se tornou um grande amigo.
Também foi possível ver e conhecer pilotos lendários como Bird Clemente, Chico Lameirão e Wilsinho Fittipaldi, que prestigiaram muitas das etapas, e em especial Chico Lameirão que participou de muitas corridas, sempre com um show de pilotagem. A frequência de participações também propiciou a amizade com outros pilotos fazendo nos sentir em casa em Interlagos e ainda, também a oportunidade de conhecer o organizador Jan Balder, que além de um excelente promotor de evento automobilístico é uma pessoa singular.
Nessa prova, em especial, a grande quantidade de carros no grid foi um grande desafio. Dentro da pista, foi uma delícia pilotar o Escort XR3, era perceptível a diferença de dirigibilidade e desempenho. De fato, o Ford foi em média 30 segundos mais rápido do que o Fiat! Talvez por eu sentir mais confiança. Mas objetivamente é um carro mais equilibrado para manter a velocidade regular por todo o circuito, que é o objetivo principal dessa competição. O bom e velho motor CHT tinha (e tem) um bom fôlego para encarar Interlagos.
Ainda voltei a Interlagos para participar do rali de regularidade em outras três oportunidades. Todas com o Escort XR3 que passou a ser o meu carro “oficial de corrida” (duas provas em 2017 e recentemente em fevereiro/2018). Sem dúvida, a cada participação uma nova descoberta emocionante. Ao longo desse tempo com alguns acertos de suspensão e carburação, o Escort XR3 melhorou alguns segundos nas voltas.
Em uma das provas, devido a alguns atrasos na programação das corridas anteriores, a prova foi disputada à noite. Foi uma experiência muito desafiadora, não imaginava que Interlagos fosse tão escuro! Realmente naquelas condições me senti como se estivesse participando das lendárias provas de longa duração com seus desafiadores trechos noturnos. Boa parte da corrida eu passei com o para-brisa sujo de óleo, o que comprometeu ainda mais a visibilidade e a identificação dos pontos de frenagem, mas mesmo assim foi incrível, e ao final daquela etapa mais uma grande sensação de dever cumprido.
O Torneio Interlagos de Regularidade, além das emoções na pista, também promove uma satisfação no âmbito do Antigomobilismo, é o prazer de conseguir concluir um projeto, o qual um carro com mais de 30 anos de fabricação se torna apto para ir de Jundiaí a Interlagos, acelerar forte, na maioria das vezes em dias muito quentes, por 45 minutos em um circuito exigente, e depois de toda essa jornada ainda voltar para casa com segurança e sem nenhum problema mecânico.
Aliás, felizmente, em todas as provas, não houve nenhum problema com os carros ou acidente na pista. E nada de guincho-plataforma, tanto o Fiat 147 GLS quanto o Escort XR3, ou seja, os carros vão e voltam à Interlagos “com as próprias pernas”, o que para mim já é um grande divertimento o de percorrer aos sábados a rodovia dos Bandeirantes e marginal do rio Pinheiros, pois o meu grande prazer com os carros antigos é poder curti-los em movimento.
Acredito que seguir as orientações do Jan Balder, conduzir o carro com segurança e realizar as manutenções preventivas no automóvel, são fundamentais para evitar problemas como, por exemplo, perder os freios, o motor superaquecer, haver vazamentos de fluídos ou qualquer outro imprevisto. Sendo assim, como o pessoal é consciente, a grande maioria dos carros terminam as provas nas mesmas condições em que iniciaram.
É interessante que a cada etapa percebe-se uma gradual adaptação à pista. Como mencionei no início, eu não me preocupo exatamente com o relógio e com o resultado final, mas procuro seguir as regras da competição que é a de não “queimar” o tempo mínimo de volta de 2min40s, e por outro lado mesmo que intuitivamente, sem instrumentos ou navegador, procuro manter a regularidade e ritmo das voltas que é o objetivo da prova. Em relação aos meus objetivos, considero que ficar muito preocupado somente com o controle do tempo das voltas acaba por “roubar” o prazer de curtir Interlagos em sua plenitude.
Contudo, pela familiarização com a pista e com o carro, naturalmente as classificações finais, desde quando comecei a participar com o Escort XR3 começaram a melhorar sensivelmente. Permanecendo entre os 15 primeiros da categoria, sendo que na prova noturna rendeu até um inédito pódio.
Enfim, as participações no Torneio Interlagos de Regularidade me proporcionaram muito mais do que somente a possibilidade de dirigir em um autódromo. Por exemplo, a chance de fazer algo novo e desafiador, de sentir a emoção de vivenciar um pouco do que os pilotos de verdade sentem na pista, de envolver minha família em algo que eu tanto aprecio, de fazer novos amigos, de realizar um sonho e de inclusive influenciar as minhas próprias metas individuais.
Nesse sentido, motivado pelo prazer de pilotar, algumas semanas atrás eu realizei outro antigo desejo, que foi fazer um curso de pilotagem em Interlagos. Sem dúvida, outro momento único em minha vida, uma experiência sensacional a oportunidade de aprender as técnicas básicas de pilotagem com quem entende do assunto a bordo de um arisco Ford Fiesta 1,6 com potência estimada de 120 cv.
Ao final daquele dia de aprendizado, vestido como piloto (macacão, luvas e capacete) e conseguindo completar a melhores voltas em torno de 2min23s, foi impossível não recordar que há 13 anos, vestindo bermuda e camiseta, levando 25 minutos para completar uma volta eu sonhava em um dia estar vivendo aquele momento tão marcante. Com certeza as participações no Torneio Interlagos de Regularidade foram cruciais para me incentivar a participar do curso de pilotagem.
De todas as experiências que eu vivenciei com automóveis em minha vida, sem dúvida as melhores foram às participações no Torneio Interlagos de Regularidade. Obrigado, Jan Balder, por nos proporcionar isso!
Marcelo Conte
Jundiaí – SP