Notícia ainda por ser confirmada oficialmente, a troca de comando na F1 poderá trazer consequências positivas para o futuro do GP do Brasil: Stefano Domenicali (foto de aberturai) deverá substituir Chase Carey no comando da F-1. Fato consumado e de conhecimento público, a relação entre o organizador do GP do Brasil, Tamas Rohony, e atual presidente da Liberty Media nunca foi das melhores. Dessa forma, a substituição do americano pelo italiano, a partir de 1º de janeiro, poderá contribuir para a permanência do GP do Brasil no calendário do Campeonato Mundial de F-1, algo incerto no cenário atual. O futuro dessa prova mostrará se os problemas com Rohony tinham caráter pessoal por parte de Carey (certamente herança do seu relacionamento conturbado com Bernie Ecclestone) ou seria política da atual administradora da categoria.
Stefano Domenicali tem 55 anos e nasceu em Imola no dia 11 de maio de 1965 e tem larga experiência na F-1: ele iniciou sua carreira profissional em 1991 na Ferrari, onde assumiu a direção esportiva em 2004; sob seu comando a Scuderia venceu 14 títulos de Pilotos e Construtores na era Schumacher. Entre 2009 e 2014 representou a marca de Maranello no Conselho Mundial do Esporte a Motor da FIA, onde é o presidente da Comissão de Monopostos. Em 2014 passou a ocupar o cargo de vice-presidente para novos projetos na Audi e dois anos mais tarde assumiu a presidência e direção geral da Lamborghini. A combinação de sua intrínseca relação com o esporte, em especial com a F-1, e seu currículo como administrador de marcas de prestígio, deverá provocar melhorias na categoria e até mesmo salvar o GP do Brasil da extinção.
Questionado sobre o futuro desse evento e sobre as consequências imediatas da mudança de comando na Liberty Media, o promotor do GP do Brasil, Tamas Rohonyi reagiu com a sua peculiar cautela digna de quem joga pôquer em mesa de milionários:
“Nós só ficamos sabendo de uma suposta mudança no comando da Liberty Media, a partir do ano que vem, pela imprensa. Não temos nenhuma informação oficial sobre o assunto. De qualquer maneira, o relacionamento de Stefano Domenicali com o Brasil de forma geral sempre foi muito bom e ele conhece bem a história do GP Brasil de Fórmula 1. Independente disso, as negociações para a renovação do contrato da F-1 com São Paulo prosseguem de forma confidencial.”
WG