A Renault anunciou hoje que a partir de 2021 sua equipe de F-1 será identificada como Alpine F-1 Team, decisão que tem grandes implicações não só no contexto da marca francesa como na própria F-1, que cada vez mais vê grandes marcas assumindo a identidade dos construtores. A decisão dos franceses está inserida na reestruturação anunciada esta semana por Luca de Meo, presidente-executivo da empresa, e que estabelece quatro unidades de negócios no grupo: Renault, Dacia, Alpine e Novas Mobilidades. A Alpine já tem história no Brasil: nos anos 1960 a Willys fabricou sob licença o modelo A108, por aqui batizado como Willys Interlagos e oferecido nas versões conversível, cupê e berlineta. Esta última fez sucesso nas pistas, em particular nas mãos de Bird Clemente, o pioneiro das curvas em estilo de drift no País.
Cyril Abiteboul, que há anos lidera a operação da Renault na F-1, terá uma agenda dupla ao acumular o cargo de presidente-executivo da divisão Alpine; posto que a proposta é aumentar a participação da marca no mercado mundial de esportivos. Espera-se que ele anuncie um nome para comandar a equipe em tempo integral e focar nessa expansão. Os pilotos da escuderia francesa para 2021 serão o franco-catalão Estebán Ocón e o espanhol Fernando Alonso, bicampeão mundial pela marca em 2005/6.
A decisão de explorar a F-1 para divulgar a marca Alpine vai ao encontro do movimento de outros grupos: a FCA assumiu a equipe Sauber para divulgar o nome Alfa Romeo, a Red Bull rebatizou a Toro Rosso para lançar a etiqueta de moda AlphaTauri e a Racing Point já anunciou que em 2021 será rebatizada Aston Martin, fabricante de esportivos premium, como é o caso da McLaren.
WG