Max Rufus Mosley (foto de abertura) foi um dos personagens mais destacados do automobilismo mundial, fosse como construtor, dirigente esportivo e, menos abertamente, parceiro de Bernie Ecclestone na transformação da Fórmula 1 de uma associação de garagistas em um dos maiores eventos esportivos do planeta. Seus pais Oswald Mosley (fundador da União Fascista) e Diana Mitford se casaram na casa de Joseph Goebbels, então Ministro de Propaganda da Alemanha, em cerimônia que teve Adolf Hitler como convidado de honra.
Mosley era um homem de consistente formação intelectual e fluente em várias línguas, além de negociador astuto e, por vezes, rude. Ciente que não seria um piloto capaz de disputar vitórias e títulos, enveredou pelo caminho de organizar equipes e construir carros de corrida. O acrônimo March foi formado com as iniciais de Mosley, Alan Rees, Graham Coaker e Robin Herd e identificou a March, primeira fabricante a explorar várias categorias de monopostos contemporaneamente. Boa parte do sucesso comercial da empresa se deveu à astúcia do italiano Sandro Angeleri, que também comercializava esportivos de maneira, no mínimo, curiosa.
Apesar do seu trabalho em prol da segurança nos carros de F-1, Mosley também ficou marcado por disputas ácidas com construtores, em especial Ron Dennis, então,o bam-bam-bam da McLaren. Nesse jogo de poder Mosley acabou vítima de uma cilada, na qual o tabloide britânico News of The World publicou fotos de uma orgia onde o dirigente pratica sadomasoquismo. Isso não abalou sua permanência na presidência da FIA onde atuou como presidente entre 1993 e 2009. Max Mosley era casado com Jean Taylor, o casal tinha dois filhos. Alexander (falecido em 2009) e Patrick.
WG