Ferdinand Karl Piëch (Viena, 17 de abril de 1937 – Rosenheim, 25 de agosto de 2019) era neto de Ferdinand Porsche, filho de Louise Porsche Piëch e sobrinho de Ferry Porsche. Formado em engenharia mecânica, começou sua carreira na Porsche. Na foto de abertura com seu tio Ferry Porsche em frente ao novo motor de 6 cilindros do Porsche 901 (rebatizado para 911). Posteriormente foi para a Audi e mais tarde para o Grupo Volkswagen, onde ficou entre 1993 e 2015.
Sob sua direção, foram compradas ou incorporadas ao Grupo Volkswagen doze marcas de sete países: Porsche, Audi, Lamborghini, Ducati, Bentley, Bugatti, Škoda, SEAT, Cupra, Volkswagen Veículos Comerciais, Scania e MAN. Mas uma marca era especial para Piëch e em 2018 ele pediu que ela fosse incorporada ao Grupo: a mítica Alfa Romeo.
A Volkswagen contatou a FCA, então detentora da Alfa Romeo, para tentar comprar a marca italiana. A tentativa de aquisição teria sido feita em junho de 2018 por Herbert Diess, que considerava seu “dever” dar continuidade ao pedido do líder do Grupo Volkswagen. Do outro lado estava o então diretor executivo da FCA, o inglês Michael “Mike” Manley, que quando questionado se a Alfa Romeo estaria à venda, respondeu simplesmente que não.
Recentemente Carlos Tavares, presidente executivo da Stellantis, afirmou que no passado muitos construtores tentaram comprar a Alfa Romeo. Essa revelação de que a Volkswagen contatou a FCA interessada na compra da Alfa Romeo é só mais um capítulo num namoro entre o gigante alemão — em especial Ferdinand Piëch — e a marca italiana.
Não é segredo nenhum que Piëch sempre teve uma admiração pela Alfa Romeo. Em 2011 ele “sugeriu” que a Alfa Romeo poderia florescer dentro do Grupo Volkswagen. E completou dizendo que a marca operaria sob o comando da Porsche. Esta é uma prática corrente dentro do grupo alemão, com a Bentley, a Lamborghini e a Ducati funcionando sob a batuta da Audi. As peças se encaixam…
AB