Na recente matéria sobre a eletrificação dos Aston Martin Vantage e DB11 foi citado, entre outros modelos da marca, o Valhalla. Ele foi fabricado sob medida para altíssimo desempenho. O motor V-8 de 4 litros central-traseiro tem dois turbocarregadores e 750 cv. Tem a ajuda de dois motores elétricos, um montado no eixo dianteiro e outro no eixo traseiro. O sistema elétrico contribui para a potência total combinada de 950 cv.
Esse novo motor tem virabrequim plano para maior capacidade de resposta e chega a 7.200 rpm. Com o motor a gasolina a tração é apenas traseira. O câmbio dupla-embreagem é de oito marchas. e a ré se vale dos motores elétricos, sistema denominado e-reverse. O diferencial traseiro tem deslizamento limitado eletrônico.
Quando conduzido no modo elétrico a corrente elétrica da bateria é direcionada exclusivamente para o eixo dianteiro. Em outros modos de condução, ela é dividida entre os eixos dianteiro e traseiro e a porcentagem enviada para cada eixo varia constantemente, de acordo com as demandas de pilotagem. Em certas situações, 100% da corrente da bateria pode ser enviada para o eixo traseiro.
Sob o comando do diretor executivo Tobias Moers, o Valhalla é o produto mais recente e mais significativo da estratégia Project Horizon. A fábrica afirma que o Valhalla é o primeiro supercarro de motor central-traseiro de produção da marca e significa um momento de transformação e evolução. Demonstra o compromisso da Aston Martin em construir uma linha de carros excepcionais com motor nessa localização.
Chassi, aerodinâmica e eletrônica trazem conceitos da Fórmula 1, repletos de tecnologia. O comportamento em rodagem é preciso, tem altos níveis de carga aerodinâmica e uma aceleração de tirar o fôlego, graças ao torque instantâneo, destaca a Aston Martin. A carga aerodinâmica a 240 km/h, graças às superfícies esculpidas da carroceria, é de 600 kgf.
A estrutura é de compósito de fibra de carbono e tem muitas das soluções vistas pela primeira vez no revolucionário Aston Martin Valkyrie. No modo Track, além da suspensão mais firme, a altura em relação ao solo é reduzida para maximizar a aerodinâmica. Na outra extremidade da escala de velocidade, um sistema de elevação do eixo dianteiro sobe a frente do carro para melhorar o ângulo de entrada em inclinações, como meios-fios, valetas e rampas de garagens.
Para o engenheiro mecânico alemão Tobias Moers, o Valhalla marca o momento em que a Aston Martin cumpre promessas anteriores. Diz ele: “Preservar a essência de um carro-conceito excepcional é vital ao enfrentar o desafio de colocá-lo em produção. Com o Valhalla, não apenas permanecemos fiéis ao nosso compromisso de construir um supercarro de classe mundial como também excedemos nossos objetivos originais. O resultado é uma pura máquina de pilotar, aquela que existe na vanguarda em desempenho e tecnologia, mas permite que o motorista sinta a emoção de uma conexão e controle completos”.
Rodando no modo somente elétrico o Valhalla será capaz de atingir uma velocidade máxima de 130 km/h e ter 15 km de alcance com emissão zero. Liberando todos os 950 cv, o Valhalla alcançará velocidade máxima de 330 km/h e fará de zero a 100 km/h em aproximadamente 2,5 segundos.
Os freios têm discos de material carbono-cerâmico e tecnologia brake-by-wire. Os pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 têm 20 polegadas de diâmetro na frente e 21 polegadas na traseira. O peso a seco é de menos de 1.550 kg e o Valhalla terá uma relação peso-potência incomparável em comparação com seus rivais de classe, informa a Aston Martin.
O veículo aproveitou o legado do Aston Martin Valkyrie, mas a execução evoluiu consideravelmente para alcançar a produção deste carro totalmente novo. Embora o legado de Valkyrie seja claro, o Valhalla é agora um veículo mais maduro, enfatiza a Aston Martin no seu comunicado. O Valkyrie é um superesportivo de propulsão híbrida com 1.176 cv de potência e deverá ter produção em série limitada ainda neste ano.
AB