Foi a bordo de um Mini Cooper que Pat Moss ganhou seus primeiros ralis. Patricia Ann “Pat” Moss-Carlsson, em dupla com Ann Wisdom, foi uma das mais bem-sucedidas pilotos de rali de todos os tempos. Três vitórias e sete pódios nos ralis internacionais. Campeã Europeia Feminina de Ralis cinco vezes, em 1958, 1960, 1962, 1964 e 1965 e irmã de ninguém mais nem menos do que Stirling Moss. Belo currículo para qualquer piloto!
Quando Alec Issigonis desenvolveu um novo carro para a British Motor Corporation, suas prioridades eram espaço e economia de combustível. Lançado em 1959, o Mini conseguiu unir tudo isso. Mas ganharia um lado inesperado em setembro de 1961, quando foi lançado o primeiro Mini Cooper.
John Cooper, amigo de Alec Issigonis, o criador do Mini, viu de imediato o potencial competitivo do pequeno Mini e não foi preciso muito tempo para iniciar a montagem de uma pequena série do modelo modificado, com freios de maiores dimensões e potência elevada de 34 cv para 55 cv, aumento significativo de 62%. Nascia assim o primeiro Mini Cooper. Ele iniciou os trabalhos com a preparação do motor original de 848 cm³ e 34 cv que foi aumentado para 997 cm³ e passou a entregar aquela potência. Pode parecer pouco, mas o MINI Cooper pesava pouco mais de 600 kg.
A sua criação ganhou rapidamente fama, e o nome “Cooper” circundado por um anel vermelho passou a ser conhecido entre todos os entusiastas. Dois anos depois chegaria o modelo mais potente, o MINI Cooper S, cujo motor passou a deslocar 1.071 cm³ e potência de 70 cv.
Essa versão alcançou a glória ao vencer por três vezes o Rali de Monte Carlo (1964, 1965 e 1967), contra rivais muito mais potentes e rápidos. Em 1964 foi a dupla Paddy Hopkirk e Henry Liddon que venceu. Em 1965 Timo Mäkinen e Paul Easter levaram o novo Mini Cooper S com motor de 1.275 cm3 e 77 cv à vitória. Em 1967 a dupla vencedora foi Rauno Aaltonen e Henry Liddon, com o Mini Cooper S 1.3 similar ao de 1965.
O MINI venceu também em 1966, fazendo uma tripla vitória, ou seja, um “1-2-3”, três primeiros lugares. Mas uma polêmica decisão desclassificou os carros da marca com a ridícula alegação de que os potentes faróis de longo alcance, por não terem facho baixo, tinham que ser tampados ao trafegar nas vias públicas, como é normal em todo rali nos trechos neutralizados.
Dessa forma o que seria uma sucessão de quatro vitórias consecutivas foi quebrada por uma decisão no mínimo duvidosa. Não é de hoje, portanto, que a FIA (Federação Internacional do Automóvel) faz das suas…
AB