Há 30 anos, em julho de 1992, o mercado brasileiro ganhava o automóvel nacional mais representativo de seu tempo: o Chevrolet Omega. Era a versão local do Opel Omega alemão, lançado em 1986, mas plenamente atual em relação aos carros importados que começavam a chegar. O AE comemora esse aniversário com um breve histórico do Omega brasileiro.
• 1992 – Lançamento do Omega em julho nas versões GLS com motor de 4 cilindros, 2 litros e 116 cv (o mesmo do Monza, mas com nova injeção) e CD com unidade alemã de 6 cilindros em linha, 3 litros e 165 cv. O GLS vem apenas com câmbio manual de 5 marchas; o CD pode ter também um automático epicíclico Hydramatic de 4 marchas, o primeiro no País a oferecer três programas de funcionamento. Os câmbios manuais inovaram na produção brasileira ao terem a ré sincronizada.
Além do desempenho da versão superior, o Omega oferece atributos incomuns nos carros nacionais de motor dianteiro: tração traseira com suspensão independente (primazia no Brasil) do tipo braço semiarrastado, ótimo coeficiente aerodinâmico (Cx) 0,30, amplo espaço interno, porta-malas com 520 litros de capacidade com estepe armazenado na vertical no lado esquerdo e encostos do banco traseiro rebatíveis (primeiros em sedã), controle automático de velocidade (inédito nos automóveis locais), painel digital de cristal líquido. Media 4.742 mm de comprimento com entre-eixos de 2.730 mm, 1.772 mm largura sem os espelhos e 1.425 mm de altura. Os vidros rentes à carroceria eram parte do pacote aerodinâmico.
Os motores tinham o moderno gerenciamento de injeção e ignição Bosch Motronic, cuja eficiência possibilitou o Omega atender aos limites de emissões da Fase 3 do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores),,que só começaria em janeiro de 1997, sem precisar catalisador.
• 1993 – Chega em abril a perua Omega Suprema, com versões e motores iguais aos do sedã e capacidade de bagagem de 540 litros até o encosto traseiro (960 até o teto). Ela vem de série com mecanismo pneumático de nivelamento na traseira, que mantém a altura constante com qualquer carga. Em junho aparecem Omega e Suprema GLS a álcool, com o motor 2-litros ajustado para 130 cv.
• 1994 – Omega e Suprema ficam mais acessíveis, mas perdem em acabamento e conteúdo na versão GL, com mecânica igual à da GLS. A série especial Diamond (disponível para sedã e perua) estreia em maio: é praticamente um GLS com o motor de 3 litros do CD.
• 1995 – O ano-modelo traz mudanças mecânicas importantes. Como a Opel não mais fabrica o motor 3-litros (substituído por um V-6 na segunda geração do modelo), a GM atualiza o antigo 4,1-litros do Opala para equipar o Omega GLS (opcional) e o CD. A potência cresce 3 cv e o torque aumenta bastante, de 23,4 para 29,1 m·kgf, mas a velocidade máxima constatada em testes diminui. O CD recebe defletor traseiro, lanternas fumê, apliques de madeira no console e nas portas e retrovisor interno fotocrômico. O 4-cilindros a gasolina passa para 2,2 litros e vai de 17,3 para 20,1 m·kgf sem ganhar potência.
• 1996 – A Suprema sai de produção.
• 1997 – Volante de direção menor, de 400 para 380 mm de diâmetro. A versão 2,2 perde a cortina para-sol traseira.
• 1998 – No último ano o CD ganha rodas mais esportivas e as antigas passam para o GLS. O Omega brasileiro sai de produção, depois de 93.282 unidades (incluindo a Suprema), e dá lugar ao homônimo importado da Austrália (onde se chama Holden VT Commodore) com motor V-6 de 3,8 litros, de comando no bloco e 200 cv.
FS