Terminada a temporada de 2022 (foto de abertura) , a confirmação do cancelamento do GP da China pelo quarto ano consecutivo devido à epidemia de Covid-19, abriu a possibilidade de o Autódromo Internacional do Algarve preencher a vaga e realizar uma nova edição do GP de Portugal. As chances para que isso aconteça, porém, parecem pouco prováveis: o fim de semana do dia 16 de abril, data prevista para a corrida em Xangai, já está ocupado na pista situado na cidade de Portimão com uma etapa do Campeonato Mundial de Resistência (WEC). De alguma maneira também joga contra essa hipótese o fato de que a corrida chinesa estar encaixada entre os GPs da Austrália e do Azerbaijão, 2 de abril e 30 de abril, respectivamente.
Ainda que a logística desenvolvida pela Fórmula 1 para se mover ao redor do mundo seja um verdadeiro modelo de eficiência, o deslocamento entre a Oceania, Europa ocidental e Eurásia são levados em conta por causa da preocupação em conter emissões de gás carbônico. Em uma época de mudanças de valores e maior preocupação com o meio ambiente, isso pode ser um fator determinante. Sexta-feira o Conselho Mundial de Esportes a Motor da FIA (WMC) se reúne em Paris e poderá anunciar Portugal ou outro país como substituto da China. A possibilidade de utilizar uma pista situada no caminho entre Melbourne e Baku, como, por exemplo o circuito de Sepang, na Malásia, está em estudos.
Mudanças técnicas
O regulamento da F-1 que vai entrar em vigor em 2026 deverá conter uma importante alteração no que diz respeito às dimensões dos carros tanto em espaço quanto em peso. O grego Nicholas Tombazis, ex-engenheiro da Ferrari e atual líder do departamento técnico de monopostos da Federação Internacional do Automóvel, admitiu essa possibilidade diante da necessidade de compensar a introdução de sistemas de segurança e propulsão nos últimos anos:
“Temos que considerar que desde o ano 2000 os carros tiveram seu peso aumentado em 200 kg. Desse total 100 kg são consequência da implementação de sistemas híbridos, como a unidade de potência, elementos elétricos, baterias, turbos e por aí afora. Outros 50 kg decorrem de novos requisitos de segurança sendo que 35 kg desse total são consequência do “santantônio e periféricos”. O restante vem dos vários sistemas complexos (como o acionamento da asa traseira) e das maiores dimensões dos carros.”
O peso mínimo dos carros em 2009 era de 605 kg, passou para 642 kg em 2013, chegou a 790 kg este ano e para 2023 sobre para 696 kg. Em 2017 a largura máxima de de um F-1 era cotada em 1.800 mm e atualmente é de 2.000 mm, enquanto o comprimento que não passava de 5 m agora supera esse valor com vantagem. Tombazis pondera que o peso mínimo de 600 kg de décadas passadas não será recuperado, mas prevê uma diminuição de aproximadamente 35 kg nos caros que entrarão nas pistas em 2026.
WG