Bem, caros leitores, hoje é dia de falar sobre a Tanzânia. Antes de programar a viagem fiz algumas pesquisas, como sempre, mas nada se compara à realidade. Estar num lugar tão pouco conhecido é muito diferente de ver programas do National Geographic ou mesmo os de turismo. Mas já aviso: vale muitíssimo a pena conhecer este lindo país africano. Não é fácil nem barato, mas é uma experiência indescritível.
Esta viagem era para ter sido realizada em março de 2020, mas tivemos de adiar tudo cinco dias antes do embarque por causa da pandemia. A empresa aérea cancelou dois trechos e não tínhamos como chegar à Tanzânia. No início da Covid ninguém sabia o que fazer nem como, e embora a Tanzânia em nenhum momento tenha fechado a circulação de pessoas, a insegurança era enorme e chegar lá era mais do que complicado.
Era o desejo de uma vida ir à Tanzânia. Desde pequena, assim como meu marido, eu queria conhecer o Serengueti e lamentei demais cancelar tudo. Felizmente, agora conseguimos ir, a empresa para a qual havia pago 50% do total para reservar os safáris me reconheceu os valores de dois anos e meio atrás — pena que tudo subiu tanto que o que era 50% de um determinado pacote acabou sendo menos de 30%. Até o guia para subir o Kilimanjaro descontou o valor já pago.
Digo felizmente porque nenhuma das duas quebrou e foram honestíssimas. Mas a situação de um país que vive basicamente do turismo (hoje pelo menos 20% do PIB vem desse setor e o emprego de milhões de pessoas depende disso) foi crítica. Nosso guia ficou de março de 2020 a julho de 2022 sem fazer absolutamente nenhum safári. Como ele e a família dependiam disso, começou a plantar frutas e legumes em casa para garantir a sobrevivência. E não foi diferente com outras pessoas. Algo muito, muito triste.
Em primeiro lugar esclareço que não dirigi na Tanzânia. Em segundo lugar digo que só o faria se não tivesse alternativa pois apesar de ser uma ávida motorista, o trânsito é simplesmente caótico. Soube que há, sim, regras de trânsito, mas raros são as que as respeitam. Na verdade, uma das poucas que vi que eram relativamente seguidas era parar antes de uma faixa para pedestres para dar prioridade à pessoa que estivesse aguardando. Nem sempre, diga-se, mas diria que era algo não tão raro. O resto… bem, já vou explicar melhor.
Como quase sempre, viajamos apenas meu marido e eu. Organizei tudo sozinha, mas a parte dos safáris em Tanzânia continente (mais adiante explico o que isto significa) fiz com uma empresa local junto com a qual fiz todo o roteiro. A pessoa que me atendeu teve uma incrível paciência durante meses, pois sou extremamente detalhista e me envolvo com tudo. A Saffa foi de uma gentileza e eficiência incríveis e o roteiro se mostrou simplesmente perfeito.
Nosso roteiro, resumidamente, foi: Arusha- Lake Manyara – Serengueti – Rio Mara -Ngorongoro – Tarangire – Arusha – Kilimanjaro. Depois seguimos para Zanzibar, mas numa próxima coluna escreverei sobre isso.
Reservei com a empresa tanzaniana as hospedagens durante os safáris, um guia e um veículo exclusivamente para nós, o que se mostrou maravilhoso e é assim que a maioria faz. Nada de grupos ou excursões com muita gente. Dessa forma, tínhamos flexibilidade para mudar qualquer coisa ao longo do dia. Num dos parques, quando pedi para ficarmos mais tempo num determinado lugar, nosso guia nos disse: “vamos procurar primeiro leopardos, pois a esta hora é mais fácil achá-los e depois voltamos para ver os hipopótamos no lago, pois eles não vão a lugar algum”. E deu super certo, pois vimos dois leopardos e, de fato, os mais de 40 hipopótamos continuavam no mesmo lugar quando voltamos.
Tivemos a felicidade de ter um guia fantástico, o Peter, um tanzaniano com mais de 20 anos de experiência como guia. E que experiência! O sujeito é fera em enxergar animais na savana, sabe tudo sobre os parques, os horários dos animais, tudo, e é um ser humano maravilhoso. Um dia enquanto fazíamos safári no parque Tarangire encontramos um carro parado, com um guia e um casal de franceses. O Peter nos disse que iria ajudar e é claro que concordamos. Eu fui oferecer água e conversa para os franceses pois sou muito tímida, mas estou tentando vencer isto…
E ele não apenas ajudou o outro guia a trocar o pneu como improvisou um acessório com um anel de um chaveiro para fixar a roda do outro carro, pois a peça original havia se quebrado e voado longe. Sabe tudo de mecânica e, melhor ainda nestes lugares, de consertar coisas com qualquer coisa. Um MacGyver tanzaniano, diria.
Aliás, foi excelente estar com ele não apenas pela segurança e pelos conhecimentos, mas como pessoa. Imaginem conviver durante onze dias inteiros, com alguém que não seja bacana. Ele dormia nos mesmos lugares que nós, tomávamos café da manhã nós três na mesma mesa, almoçávamos piquenique juntos, jantávamos juntos os três… enfim. Felizmente, o Peter é sensacional pois passamos muito tempo juntos. Ponto para Noratur que escolheu a empresa certa e ponto para a empresa tanzaniana que escolheu o Peter.
A Tanzânia
Primeiro vamos ao momento Uiquipídia do dia: a Tanzânia é um país muito, muito pobre e com muitos problemas, especialmente de infraestrutura. Em 2021, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o produto interno bruto (PIB) da Tanzânia era estimado em US$ 71 bilhões (nominal) ou US$ 218,5 bilhões com base na paridade do poder de compra. O PIB per capita foi de US$ 3.574 — para se ter uma ideia, no Brasil o PIB per capita no mesmíssimo 2021 foi de US$ 7.541,96 e mesmo quando comparado com países africanos o número é magro.
Em Botsuana o PIB per capita é de US$ 7.308,58 (2021) ou US$ 6.981,59 (2021) na África do Sul. Ainda assim, o continente africano é tão pobre que os números da Tanzânia são superiores aos de Gana, com seus US$ 2.564,96 (2021), Quênia, com US$ 2.007,80 (2019) ou Nigéria, com US$ 2.057,02 (2021). Só para comparar o incomparável, no Catar o PIB per capita é de US$ 64.705,06 (dados de 2017) ou os US$ 72.766,00 (2021) de Cingapura.
De uma população total de cerca de 61 milhões, cerca de 13 milhões vivem na extrema pobreza, com menos de US$ 0,60 por dia. O lado positivo é que há mais de uma década a pobreza vem sendo reduzida e entre 2007 e 2018 caiu quase 10 pontos porcentuais segundo dados do Banco Mundial — ainda assim, a taxa é de perto de 25% da população. A insegurança alimentar é também muito díspar. Enquanto na maior cidade do país, Dar es Salaam, menos de 1% de seus quase 3 milhões de habitantes vivem situação de insegurança alimentar, nas áreas rurais o índice chega aos 11%. A questão é que as áreas rurais abrigam cerca de 80% de todos os habitantes do país.
Na Tanzânia falta saneamento básico, infraestrutura viária, energia elétrica, praticamente tudo, mas a educação não faz nada feio, não. A taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais é de 77,9% (83,2% para homens e 73,1% para mulheres). Para ser considerado alfabetizado, um tanzaniano tem de dominar a leitura e a escrito do suaíli e do inglês e, em alguns lugares como em Zanzibar, do árabe. São obrigatórios nove anos de estudo e/ou até os 15 anos de idade. Algo animador é que 81% das crianças concluem o ensino primário.
Durante o quase um mês que estivemos lá, entre o continente e o arquipélago de Zanzibar, não encontramos absolutamente ninguém não apenas analfabeto, mas ninguém que não tivesse bons conhecimentos também de Geografia e História. Como sempre, um dos temas mais comuns nas nossas conversas foi o futebol, uma paixão em todo o continente. Todo mundo por lá sabia os nomes dos jogadores brasileiros (os mais citados eram Neymar e Vini Jr.) e Ronaldinho Gaúcho é simplesmente reverenciado por lá. A única pergunta um pouco mais “errada” que nos fizeram foi se havia girafas e gorilas na Amazônia. Eu expliquei que os macacos nas nossas selvas são menores e não temos chimpanzés, girafas, elefantes nem leões. E todos sabiam das anacondas amazônicas e das onças. De resto, nada estranho, muito pelo contrário, a população tem conhecimentos muitíssimo razoáveis não apenas sobre o próprio país e o continente, mas sobre o resto do mundo.
Historicamente, Tanzânia é única. Resumindo, a República Unida da Tanzânia foi criada em 1964 quando se uniram a então Tanganica (no continente) e o arquipélago de Zanzibar (Tan + Zan). Até meados dos anos 1980, o país tinha um sistema de partido único com um modelo socialista. O presidente Ali Hassan Mwinyi assumiu em 1985 e deu início a uma série de reformas políticas e econômicas, entre elas a adoção do multipartidarismo e de um sistema democrático unicameral com eleições periódicas.
O presidente da Tanzânia é eleito por voto popular direto para um mandato de cinco anos com possibilidade de uma única reeleição e nomeia um primeiro-ministro que serve como líder do governo na Assembleia Nacional. Ele escolhe seu gabinete entre os membros da Assembleia Nacional. Além de promulgar leis que se aplicam a toda a República Unida da Tanzânia, a Assembleia promulga leis que se aplicam apenas ao continente. Zanzibar tem sua própria Câmara dos Representantes para fazer leis especialmente para Zanzibar — a Câmara dos Representantes de Zanzibar tem 70 assentos, eleitos diretamente por sufrágio universal para mandatos de cinco anos.
Ou seja, em muitas coisas é como se fossem dois países diferentes. Tem dois presidentes, um para cada área — continente ou Zanzibar e as fotos de ambos estão em todas as repartições públicas. Aliás, uma curiosidade: este ano, com a morte do presidente da Tanzânia continente John Magufuli assumiu a vice-presidente, Samia Suluhu Hassan. Sim, a vice é uma mulher, pela primeira vez na história do país. Outra curiosidade é que os cidadãos do continente votam no presidente do continente e os de Zanzibar votam nos presidentes do continente e do arquipélago.
O sistema de união/independência dos dois territórios é tão complicado que levaria várias colunas apenas para falar disso. Logo, optei por resumir muitíssimo toda esta história. A seleção de futebol já foi uma, que posteriormente foi dividida e hoje é novamente uma, mas nem Deus sabe se continuará assim. O engraçado, e civilizado, é que nos dois lados do Oceano Índico os tanzanianos fazem questão de dizer que são unidos. Algo bonito de se ver, apesar de que sequer a religião é igual — no arquipélago, cerca de 90% são muçulmanos sunitas muitíssimo tradicionais e no continente mais de 80% são cristãos, especialmente católicos apostólicos romanos e protestantes. Boa parte disso está ligado ao tráfico de escravos realizado pelos árabes, mas essa é outra história longa, triste e complicada. Mas, momento Uiquipídia 2, a Tanzânia foi colônia alemã, britânica, portuguesa e árabe.
Outra curiosidade é que uma carteira nacional de habilitação emitida num lugar não serve no outro. E por falar em veículos, somente 6% dos tanzanianos têm um, segundo uma pesquisa da Sagaci Research de dezembro de 2019. Conseguir números da Tanzânia sobre qualquer coisa é muito difícil. Geralmente estão desatualizados e fazer comparações ou analisar evolução é complicado pois os períodos são diferentes.
Mas, voltemos à questão de porque não dirigiria na Tanzânia a não ser em caso de necessidade. Os estrangeiros podem dirigir na Tanzânia com uma carteira de motorista internacional por até seis meses. Pode-se solicitar uma carteira de motorista internacional online na Tanzânia e não há necessidade de fazer nenhum teste ou aulas de direção. Assim como na maior parte do mundo, a idade legal para dirigir na Tanzânia é de 18 anos, mas a idade mínima exigida para alugar um carro é de 21 anos, embora algumas empresas cobrem uma taxa adicional se o motorista tiver menos de 25 anos.
O limite aceitável de álcool no sangue para dirigir é de 0,08% (como nos EUA e Reino Unido) para moradores e turistas, mas é zero para motoristas profissionais e comerciais. Dirigir embriagado é uma infração grave na Tanzânia, com multa de 500.000 xelins tanzanianos ou mais de US$ 200, prisão e licença revogada ou suspensa, dependendo da gravidade da infração. Se um motorista causar um acidente ou morte ao dirigir sob a influência de álcool, ele enfrentará prisão e a carteira de habilitação é cassada.
A maioria das vias na Tanzânia, especialmente fora das principais cidades, é também estreita. As estradas principais do país são asfaltadas, de somente duas faixas sem acostamento, mas sem pintura que indique o centro – é comum as pessoas invadirem a faixa contrária. A sinalização é quase inexistente, mesmo em caso das muitíssimas lombadas que há em qualquer lugar. É dirigir e dar de cara com uma sem nenhum aviso, nem pintura de solo, nadinha.
O pessoal às vezes usa a seta para indicar se é seguro ultrapassar, mas é aquela sinalização que confunde argentinos e brasileiros. Na Tanzânia, quando um motorista liga a seta direita significa que não é seguro ultrapassá-lo e que há tráfego em sentido contrário. Se o motorista der seta esquerda, significa que não há tráfego próximo para você.
Praticamente não há placas que indiquem as cidades próximas, as distâncias ou mesmo a velocidade máxima — outro dos motivos pelos quais não dirigiria a não ser que quisesse mesmo me perder. Mesmo dentro dos parques nacionais há raríssimas indicações e se não fosse pelo Peter provavelmente ainda hoje não teria saído do primeiro parque.
Uma das estradas mais importantes pelas quais transitamos foi a A-23, que une Arusha (onde estávamos hospedados) ao monte Kilimanjaro, para onde fomos para subir até a metade da montanha mais alta da África, ou pouco menos de 3.000 metros. Os carregadores que acompanham as pessoas que vão até o topo (5.800 metros) fazem o trecho que nós fizemos em menos de duas horas, com 40 kg de coisas (alimentos, roupa, água, tem de se levar tudo e, às vezes, oxigênio pode ser necessário, embora não seja exigido.
De qualquer forma, o tempo máximo de permanência recomendado no topo é de 20 minutos, justamente pela altitude). Nós, apenas com nossas mochilas, levamos 4h30. É o que eu chamo de escalaminhada — parte escalada, parte caminhada, pois embora seja uma trilha há trechos de grande elevação e é como subir uma escada. É cruel, pois há uma elevação de 1.000 metros em 8 quilômetros (12,5% de inclinação).
O caminho é lindo, mas é íngreme e depois de 11 dias de safáris, alguns de viagem e seis dias de andar pelo Catar estávamos exaustos. Quem vai até o topo faz a primeira parte, a nossa, em um dia e um mínimo de mais quatro dias (que pode chegar a nove) para fazer um outro trecho que em altitude é igual. Para descer desde o topo é um dia inteiro. A subida total demora pelo menos os cinco dias que mencionei e custa uma fortuna. Ás vezes andávamos por uns 20 minutos sem encontrar ninguém, em outros momentos, havia quase um congestionamento.
Achei que a metade do Kilimanjaro estava bem para nós e esteve mesmo. Recebemos caixas de almoço do guia, que eram iguais às dos safáris.
Mas, voltando à estrada A-23, a ida foi relativamente tranquila. 83 quilômetros feitos em umas duas horas, mesmo tendo saído às 6h30 da manhã. A volta foram momentos de fortes emoções. Levamos umas 3 horas para chegar à Arusha, pois havíamos saído às 18h00 da montanha. O trânsito é infernal e a iluminação pública na Tanzânia é praticamente nula. A estrada estreita, uma faixa em cada direção, em estado de conservação aceitável, mas sem sinalização horizontal, vertical, diagonal, nada…
As pessoas usam as laterais das estradas para seu comércio informal e esticam lonas para vender bananas, cebolas, batatas, sapatos, camisetas, galinhas vivas, sucos, qualquer coisa. Atravessam a estrada sem maiores cuidados e carros, tuc-tucs motorizados (muitíssimo frequentes) e motos (uma quantidade gigantesca) fazem retorno onde bem entendem, sem sequer olhar muito. As freadas são comuns mas diria que os tanzanianos são excelentes motoristas, pois da forma como se anda por lá era para ter acidente a cada 100 metros e vimos muito poucos. Apesar do cansaço, não deu nem para cochilar na van que nos levava.
À noite, na Tanzânia você só pode estacionar no lado esquerdo da estrada o que por si só já acho surpreendente. Isso é na teoria. Na prática, vimos carros parados em qualquer lugar. Pior para mim foi a enorme quantidade de pessoas e animais que transitam pela estrada e atravessam a qualquer momento. Em todo lugar víamos massais (geralmente crianças e bem pequenas) levando gado para pastar e depois de volta a suas aldeias. Não raro alguma vaca ou cabrito se desgarram e atravessam o caminho. E, claro, os animais selvagens no resto dos caminhos – vimos atravessarem elefantes, zebras, leões, chacais, mangustos… absolutamente de tudo!
Os motoristas circulam à noite com os faróis altos. Para mim, uma tortura. Eles estão acostumados e, às vezes, os baixam quando cruzam com outro carro – mas só às vezes.
O limite de velocidade nas áreas urbanas é de 50 km/h, enquanto o limite de velocidade nas áreas rurais é de 80 km/h. Para veículos com peso superior a 3.500 kg, a velocidade não deve ultrapassar 80 km/h. Ah, eles usam o sistema métrico decimal, apesar da forte influência da colonização britânica, e mantêm a mão esquerda, como os ingleses.
Os veículos têm limites de velocidade pelo tipo de placa. Carros como o que o Peter dirigia, um Land Cruiser reformado, alongado e com teto retrátil, tem velocidade inferior à de um sedã. É comum ver gente trafegando ao longo das estradas, a pé, pois acaba sendo um caminho mais seguro do que pelo meio da savana.
O cinto de segurança é obrigatório no país apenas para o motorista e não há nenhuma exigência quanto a crianças — nem banco especial, uso de cinto, cadeirinha, nada. Há poucas rotatórias e os veículos costumam fazer conversão em praticamente qualquer lugar.
Há muitas, muitíssimas motos. Elas são usadas entre os vilarejos e são muito comuns como moto-táxi. Perto dos pontos de ônibus ficam paradas para oferecer seus serviços para quem desce – o tal “last mile”. Mas também servem para transportar qualquer quantidade de pessoas (vimos com até cinco passageiros) e objetos (vimos levarem enormes maços de cana de açúcar, tubos de PVC) e até mesmo um porco vivo no vilarejo de Kilimanjaro.
As fiscalizações policiais são extremamente frequentes. Perdi a conta de quantas encontramos. Eles param os motoristas para verificar documentos, como carteira de habilitação e passaporte válidos, ou se houve violação de alguma regra de trânsito na Tanzânia. A polícia também pode verificar o seguro do seu carro, os pneus ou equipamentos de segurança, mas muitas vezes param apenas para conversar. Os tanzanianos amam trocar uns dedinhos de prosa.
Quase sempre que um motorista cruza com outro que conhece ele para e conversam por alguns minutos. Nada demais, mas vale a pena levar isso em consideração quando se fazem roteiros, pois os tempos aumentam muito. O mesmo se vem alguém conhecido na rua. (continua na próxima edição)
Mudando de assunto: uma piada daquelas infames, bem ao meu estilo.
NG
A coluna “Visão feminina” é de exclusiva responsabilidade de sua autora.