Por ocasião do lançamento do e:Ny1 (fotos de abertura e abaixo ), primeiro modelo elétrico da Honda com volume deprodução no mercado europeu, o presidente da Honda Motor Europe, Katsuhisa Okuda, citou as limitações de infraestrutura como uma razão para o ritmo considerado lento da empresa na programação de mais lançamentos de modelos EV, além de ressaltar as limitações de utilidade no mundo real destes tipos de modelos.
Falando à publicação inglesa Autocar, durante o evento de apresentação do e:Ny1, e também dos novos CR-V e ZR-V, Okuda explicou: “O ritmo do nosso desenvolvimento de EVs é exatamente o mesmo do desenvolvimento de infraestrutura, em termos de disponibilidade de carregamento público”. A marca japonesa, apesar de ser líder no mercado de híbridos, demorou para colocar seu primeiro EV de produção, o E supermini. Agora, apesar de apresentar o e:Ny1, o modelo só vai chegar às concessionárias da marca na Europa no último trimestre deste ano.
No entanto, Okuda estima que esse processo gradual de eletrificação acabará por dar frutos à marca. “No final”, disse ele, “acreditamos que lá por 2040 ou 2050, a infraestrutura estará bem desenvolvida e nossos clientes poderão desfrutar convenientemente de nossos veículos elétricos. Até então, nossos híbridos plug-in serão uma boa opção para rodar diariamente e em viagens mais longas de fim de semana. Isso é muito mais realista e prático.”
O e:Ny1 é construído sobre a recém-desenvolvida arquitetura e:N F da Honda, uma plataforma de motor dianteiro que, segundo o fabricante, incorpora três atributos fundamentais: estrutura de carroceria de alta rigidez, baixo centro de gravidade e a aerodinâmica desenvolvida também embaixo do assoalho. O novo chassi desenvolvido especificamente para veículos elétricos, a bateria teve a rigidez torcional aprimorada, com a utilização de aço de alta resistência, usado em 47% da estrutura do e:Ny1.
Além disso, o veículo+ incorpora uma unidade de acionamento de potência integrada três-em-um leve e de alto desempenho, motor elétrico e caixa de câmbio. Isso gera uma potência de 204 cv e torque de 31,6 m·kgf. O sistema foi projetado para fornecer aceleração e desaceleração suaves. Fixada no assoalho, a bateria de íons de lítio de alta capacidade pode proporcionar alcance de até 412 km (ciclo WLTP) com capacidade de carregamento rápido DC de 10 a 80% em apenas 45 minutos.
Já o novo CR-V também é a primeira opção de PHEV que a Honda oferece no mercado europeu e sinaliza a intenção da marca em competir com à rival Toyota, continuando a oferecer uma gama de soluções de trem de força em nome da acessibilidade. “O que pretendemos é oferecer várias escolhas aos nossos clientes. É por isso que estamos trabalhando em uma abordagem de múltiplos caminhos”, disse Okuda que, entretanto, não quis confirmar se outros modelos Honda poderiam ser lançados com opção PHEV, dizendo apenas: “depende do que o cliente precisará no futuro”.
Outra novidade apresentada no evento reservado à imprensa realizado na semana passada em Offenbach, Alemanha, foi o ZR-V, o novo suve para o segmento C, mas que também só deverá ser comercializado na Europa a partir de setembro deste ano. Com tecnologia híbrida, que compartilha com o novo Civic e:HEV, o suve tem motor de quatro cilindros, ciclo Atkinson, de 2 litros e injeção direta, com potência de 160 cv e torque de 18,9 m·kgf, que funciona em conjunto com dois motores elétricos.
RM