Em entrevista a publicação inglesa Autocar, o novo presidente da Toyota, Koji Sato, deu a entender que a linha de modelos GR (Gazoo Racing), de elevado desempenho, continuará a ser desenvolvida com novos modelos a serem lançados e, inclusive, sugerindo que este desenvolvimento pode aumentar. “A marca Gazoo deverá ser cada vez mais reconhecida no futuro e talvez possamos incrementar este processo.”
De passagem pela Inglaterra, após ter assistido pessoalmente a vitória em dobradinha da equipe Toyota nas 6 Horas de SPA, etapa do Campeonato Mundial de Provas de Longa Duração (WEC), na Bélgica, sábado último, Sato que assumiu o cargo de presidente-executivo da Toyota Motor Corporation recentemente, substituindo Akio Toyoda, afirmou que o neto do fundador da empresa continua na ativa, apesar de agora ser somente presidente do conselho de administração da empresa.
“Nosso Master Driver — apelido de Akio Toyoda na empresa quando era o presidente-executivo — também estava sempre muito envolvido com a Gazoo Racing, subsidiária que ele criou e no qual participava, inclusive, como piloto em competições. Agora ele talvez tenha muito mais tempo para se dedicar a incentivar o desenvolvimento dos protótipos e dos esportivos com a marca GR.” — disse Koji Sato.
Toyoda foi fundador da GR e firme defensor da participação da marca nos campeonatos mundiais de longa duração (WEC) e de rali (WRC). Em ambos a marca tem se destacado nos últimos anos. Assim, pode-se entender que a empresa mantém planos para futuros modelos nesta linha de desempenho. Sato também confirmou à Autocar que a Toyota continua desenvolvendo e testando o uso de hidrogênio, tanto em célula a combustível, como uma alternativa de combustível motores de combustão interna.
O hidrogênio deverá desempenhar um papel fundamental na Toyota com relação aos seus concorrentes no futuro, conforme também detalhou à Autocar o presidente-executivo da Toyota Motor Europe, Matt Harrison: “A Toyota tem uma divisão focada no hidrogênio e, à medida que a demanda aumentar, os preços com certeza cairão. Por isso, vemos muitas oportunidades nesta tecnologia, da mesma forma como foi nosso envolvimento com a tecnologia híbrida”.
Reforçando o compromisso da empresa — em células a combustível e aplicações de combustão —, Harrison também indicou apoio a uma mudança para o uso de hidrogênio no Campeonato Mundial de Longa Duraçãoe, com as novas regras que entrarão em vigor em 2026. “Estamos procurando utilizar o automobilismo de competição para desenvolver novas tecnologia e esperamos que haja uma possibilidade de adoção pelo WEC do hidrogênio, embora ainda existam algumas dúvidas sobre a real viabilidade, além de detalhes como o tamanho dos tanques dos carros e as questões relativas ao peso e à recarga.”
RM