Volkswagen redefine o futuro da espanhola SEAT
O executivo-chefe do Grupo VW, Thomas Schafer, declarou ao site da revista inglesa Auto Express, em entrevista na abertura do IAA Mobility 2023, em Munique, que: “O futuro da SEAT é Cupra ), isso já decidimos há muito tempo”.
Com isso, o executivo que é responsável direto pelo comando das marcas SEAT, Cupra, Škoda e a própria Volkswagen, indicou que Cupra é o melhor caminho. “Estamos investindo fortemente na marca Cupra. As possibilidades de ganho com ela são muito maiores do que com a SEAT.”
Na exposição de Munique o destaque da fábrica espanhola do Grupo VW é o carro-conceito Cupra Dark Rebel (foto de abertura), que deverá utilizar tecnologia de outras marcas do Grupo, como Porsche e Audi. Schafer também destacou grande investimento na ampliação da fábrica de Martorell, em Barcelona.
Quanto à marca SEAT, o executivo afirmou que ela não será abandonada. “O nome da empresa continuará a ser SEAT na Espanha e temos ainda modelos com a marca em produção, como os SEAT Ibiza e Leon, que manteremos em linha com a marca original até que se encerre o ciclo de vida deles.”
No entanto, Schafer confirmou que não há planos para novos investimentos em projetos com a marca SEAT, além da gama atual com seis modelos e que provavelmente deverá continuar em produção durante esta década. “Porém, investir em carros com a marca SEAT não faz mais sentido”, disse ele.
A Auto Express especula que o Grupo Volkswagen considera transformar a SEAT em “fornecedor de mobilidade urbana” com foco em veículos como o SEAT MÓ 125, scooter elétrico com alcance de 140 quilômetros, que já está à venda na Europa por € 5.690 (R$ 30.440).
Porsche prevê colocar eFuel no mercado até o final da década
Em entrevista ao site da revista inglesa CAR, na abertura deste IAA Mobility, Karl Dums, líder do projeto de eFuels da Porsche, confirmou que a empresa pretende colocar o seu combustível sintético à venda no mercado internacional até ao final desta década. “Acredito que isso pode acontecer ainda nesta década. E o caminho será pelos Estados Unidos, já que lá existem subsídios e isso certamente ajudará a encontrar investidores e compradores, além de custos de produção competitivos.”
Dums, entretanto, não soube precisar se os denominados eFuels poderiam comercialmente ter preços competitivos em relação à gasolina e ao diesel tradicionais. “O preço no posto é uma coisa complicada porque você não vai pagar o que vale, mas o que vale para você. Além disso, há também outros detalhes como impostos e lucros das petroleiras, que continuarão fazendo a distribuição. Por outro lado, incentivos ao combustível sintético ainda estão em discussão na União Europeia.”
A Porsche em parceria com a HIF Global, empresa de tecnologia com foco no desenvolvimento de eFuels, tem planos de aumentar a produção do combustível para 55 milhões de litros anualmente até 2025 e 550 milhões de litros até 2027, o que ainda é muito pouco em relação ao consumo mundial de combustíveis. Mas com este projeto a Porsche procura provar que a redução de CO2 envolve muito mais do que apenas simplesmente focar somente na eletrificação.
Com isso a direção da Porsche está convencida de que os motores de combustão com o uso dos combustíveis sintéticos também terão importância no tema da descarbonização “Achamos que podem haver muitas aplicações para os e-combustíveis. Com eles os carros clássicos e os modelos híbridos Porsche poderão rodar no futuro de forma quase neutra, e os esportivos atuais, como o 911 também”, finalizou Karl Dums.
MINI mantém linha básica com motor a combustão
Ao apresentar os novos modelos elétricos MINI Cooper SE e MINI Countryman SE ALL4, no IAA Mobility, a executiva-chefe da marca, Stefanie Wurst, informou ao site da publicação inglesa Autocar, que a empresa continuará mantendo uma linha básica de seus modelos principais.
Assim, ela confirmou que a MINI lançará uma versão de próxima geração de seu hatchback Cooper de cinco portas, também com motor a combustão, apesar de a marca britânica passar no momento por grande reformulação da sua gama para se tornar totalmente elétrica no futuro.
As versões EV e de combustão do novo MINI Cooper ficam em plataformas separadas dedicadas a cada trem de força. Isso também permitirá lançamento de versões mais rapidamente, como do John Cooper Works, com o hatch de três portas confirmado para chegar em 2025.
Segundo Stefanie Wurst, “o MINI tem que ser simples. Uma gama MINI não pode ser complicada de compreender. Simplicidade e facilidade de compreensão é um dos pré-requisitos do MINI e deve continuar assim. Não queremos nos tornar uma segunda BMW.”
RM