Delage renasce com o hipercarro híbrido D12
A marca francesa Delage, tradicional fabricante de modelos de luxo e de competição que esteve em atividade no período entre 1905 e 1953, sendo uma rival da Bugatti na época, volta a ser produzida. Conforme informação do site da revista inglesa Autocar já foram montados os quatro primeiros exemplares do hipercarro híbrido Delage D12, que terá produção limitada de 30 unidades, conforme o planejamento da empresa, cada um ao preço de cerca de 1.960.000 euros, o equivalente a R$ 10,5 milhões.
A proposta de Laurent Tapie, filho mais novo do polêmico milionário, empresário e político francês Bernard Tapie, teve início em 2019 quando o empreendedor detalhou o plano ambicioso de produzir um elegante carro de dois lugares que oferecesse uma “experiência de Fórmula 1 na estrada”. Por isso, o passageiro senta-se atrás do motorista em uma configuração tandem. A estrutura monobloco central e a dianteira são moldadas em compósito de fibra de carbono, enquanto o subchassi traseiro é de alumínio.
O protótipo do Delage D12 GT, que fez a première mundial no Goodwood Festival of Speed ??de 2022, adiantou que o projeto é de um esportivo com trem de força híbrido composto por motor a combustão V-12 de 7,6 litros e 976 cv e um motor elétrico de 109 cv. Combinados alcançam potência total de1.085 cv e torque máximo de 109,8 m·kgf. A empresa, entretanto, não divulgou nenhuma informação referente ao desempenho do modelo com relação a aceleração e velocidade máxima.
A produção está sendo feita na fábrica em Magny-Cours e Tapie estima que levará de quatro a cinco anos para construir todos os carros desta série. O empresário também afirmou que houve muito interesse no projeto: “O carro atrai muita atenção, porque não há nada igual por aí”. Mas ao mesmo tempo observou que deverá demorar algum tempo para recriar a lembrança da Delage, conforme explicou: “A marca está adormecida há 70 anos, por isso não deverá se tornar um sucesso da noite para o dia”.
Corvette C7 suporta peso de cavalo-mecânico em acidente
Segundo relato do site da revista americana Road & Track, com base em conteúdo divulgado no Facebook, um acidente na Louisiana deixou um Corvette C7 embaixo do cavalo-mecânico que puxava uma carreta de 18 rodas. A batida fez com que o baú na carreta que o caminhão rebocava tombasse.
Apesar da cena chocante, todos os envolvidos conseguiram escapar sem ferimentos graves, divulgou o gabinete do xerife de DeSoto, lugarejo que fica cerca de 200 km de Dallas, no Texas. Ao que parece, o esportivo funcionou como rampa e de alguma forma suportou boa parte do peso de cerca de 10.000 kg do cavalo-mecânico no teto.
Porsche 911 arrefecido a ar com 24 válvulas
Conforme reportagem no site da publicação inglesa Car, a preparadora Swindon Powertrain, oficina especializada britânica que presta serviços a diversas equipes de Fórmula 1 produzindo componentes específicos em máquinas-ferramenta CNC, desenvolveu o projeto de cabeçotes multiválvulas para o motor Porsche M64 de seis cilindros horizontais opostos arrefecido a ar de 3,6 litros, que foi usado nas gerações 964 e 993 do modelo 911.
Com quatro válvulas por cilindro, configuração que a própria Porsche usou em versões especiais como o Tipo 935 original, mas que tinha os cabeçotes arrefecidos a água, esta tecnologia também foi utilizada no 959 e 911 GT1, da série 993, antes da marca adotar os motores de arrefecimento a líquido partir da série 996 em 1998. No projeto da Swindon, o arrefecimento dos cabeçotes também é a ar e, segundo a empresa, os testes revelaram potencial do motor girar até 12.000 rpm.
Isso porque, segundo a empresa preparadora, ao utilizar quatro válvulas, menores e mais leves do que apenas as duas por cilindro, podem ser usadas molas mais fracas, reduzindo a carga e atrito nas alavancas-dedo, e também aumentar a capacidade de enchimento do cilindro, com o fluxo de escapamento podendo ser aumentado em até 66%, enquanto na admissão é aumentado em 40%, dependendo da aplicação. O pacote inclui comandos, 24 válvulas de titânio e tampas das correntes de distribuição.
Além disso, pistões e outros componentes internos especiais são oferecidos opcionalmente para aumentar ainda mais o “fôlego” do motor “a ar”. Conforme destaca a própria Swindon, “A precisão sincronizada do M64 com o cabeçote especial é pura poesia para os ouvidos”. Mas o pacote não é barato: custa a partir de £ 29.950 (cerca de 184 mil reais), sem contar os impostos e custo de montagem do motor.
Caro sim, mas para os puristas admiradores do 911 que não se conformam com a mudança para arrefecimento a líquido, é uma grande notícia.
RM