Lancia renasce com uma nova estratégia da Stellantis
A marca italiana Lancia (foto), uma das mais tradicionais na história do automóvel e que estava no “limbo” há muitos anos, deve voltar a ter relevância dentro do conglomerado multinacional Stellantis, que prepara o lançamento da nova geração do supermíni Ypsilon, atualmente o único modelo Lancia em comercialização especificamente no mercado europeu.
O novo modelo, que será apresentado oficialmente em fevereiro, em Milão, já alguns teve detalhes revelados em imagens divulgadas pelo fabricante, que destacam a reinterpretação da grade do radiador histórica, agora projetada para o futuro por meio de três raios de luz “abraçando” o novo logotipo e realçando o icônico “cálice Lancia”, que faz parte da tradição da marca.
O painel dianteiro também destaca o novo logo Lancia: “Acima do ‘cálice, está o escrito Lancia com a dupla assinatura, que marcará a frente de todos os três novos modelos programados para lançarmos nos próximos anos identificando a orientação da marca para a mobilidade elétrica”, declarou Luca Napolitano, executivo-chefe da Lancia.
O cálice e o novo logo Lancia, trabalhados em aço inoxidável com acabamento acetinado e que se distingue pela fonte original inspirada no mundo da moda, antecipa a nova era elétrica da marca para torná-la desejável e sempre contemporânea. A dianteira, inspirada no Lancia Beta Montecarlo, modelo da década de 1970, será pintada em preto brilhante.
Esta nova estratégia definida pelo Grupo Stellantis para a marca de Turim, que já tem 117 anos de história, foi antecipada com a apresentação, em junho deste ano, do modelo-conceito Lancia Pu+Ra HPE. Com ele foram divulgados detalhes deste futuro eletrificado, com destaque para o desenho arrojado e acabamento requintado.
Conforme especulou o site da revista inglesa Car, a nova geração do Ypsilon deverá ser baseada no arcabouço CMP da Stellantis, o que apesar do foco na eletrificação total, inclusive o elétrico a bateria de edição limitada ‘Cassina’, com motor de 154 cv e alcance em torno de 400 quilômetros, poderá ser mantida a opção de motorização híbrida leve por mais alguns anos.
A revelação do modelo está programada para fevereiro próximo, na apresentação da exclusiva versão “New Lancia Ypsilon Cassina Limited Edition”, elétrica a bateria, e que terá 1906 unidades numeradas e certificadas. Será o primeiro passo na jornada de renascimento da marca com a estratégia de eletrificação “Stellantis Dare Forward”. (Stellantis ousa em seguir em frente)
Chevrolet já encerrou a produção do Camaro
A produção do Chevrolet Camaro foi encerrada esta semana, confirmou a direção da General Motors ao site da revista Road & Track, sexta-feira (15/12). A sexta geração do Camaro, lançada em 2016, recebeu poucas modificações neste período de nove anos, a não ser uma leve atualização na linha 2019. Ele também não recebeu novas variantes de desempenho, como as que mantiveram os rivais Dodge Challenger e Ford Mustang atualizados.
No e-mail enviado à R&T, a GM enfatizou o legado do seu pony car, que teve sua primeira geração lançada em 1967: “O Camaro é um produto apaixonante, que desenvolveu uma base de fãs em todo o mundo e trouxe as pessoas para as concessionárias Chevrolet durante gerações”, diz o comunicado, mas que não deu nenhuma informação sobre nova geração do modelo, concluindo com: “Este não é o fim da história do Camaro”.
Honda E deixará de ser vendido na Europa também
Notícia divulgada no site da revista Car and Driver, detalha que o Honda E, primeiro modelo totalmente elétrico de produção em série da marca japonesa, deixará de ser comercializado também na Europa, um ano depois que o fabricante parou de vender o veículo no Japão, onde ele foi lançado no mercado em 2020.
O míni urbano elétrico, que inclusive foi exposto como conceito no Salão do Automóvel de São Paulo, em 2018, foi lançado apenas nos principais mercados da Europa e no Japão. Com motor de ímã permanente e tração traseira, o modelo tem e potência de 152 cv, com torque de 32,1 m·kgf., o alcance é de 211 quilômetros pelo ciclo WLTP.
Um dos motivos especulados pela publicação para o fim do modelo foi seu preço elevado. Já, em resposta ao site da Top Gear, o fabricante afirmou que o modelo cumpriu a sua missão “trazendo muitos novos clientes para a marca com o seu desenho diferenciado, tecnologia avançada e dinâmica de condução característica dos modelos Honda”.
RM