A Mercedes-AMG apresentou esta semana mais um modelo da linha “E Performance”, que configura o programa de hibridização de seus esportivos de alto desempenho. O roadster SL63 S E Performance 2024 é um híbrido plug-in com potência total de 816 cv e torque total de 144,8 m·kgf.
O elegante conversível é o quinto modelo híbrido plugável desenvolvido pela divisão de desempenho AMG e seu trem de força combina o motor V-8 a gasolina, de 4 litros, biturbo, de 612 cv e 86,7 m·kgf, auxiliado por um motor elétrico de 204 cv.
Enquanto o motor a combustão acoplado ao câmbio automático epicíclico de 9 marchas com embreagem multidisco banhada a óleo movimenta as rodas dianteiras, o motor elétrico síncrono de ímã permanente está acoplado diretamente ao diferencial traseiro e atua como auxiliar na aceleração e retomadas.
A bateria de 400 volts e 6,1 kW·h, montada sobre o eixo traseiro, alimenta o motor elétrico que é acoplado a um câmbio de duas marchas, acionado eletricamente, e fornece potência contínua de 94 cv, com pico de 204 cv. O sistema deriva do conjunto híbrido do Fórmula 1 Mercedes-AMG Petronas.
Segundo a AMG, a bateria garante desempenho contínuo e confiável, em situações de alta demanda, devido ao seu sistema de resfriamento direto, com um líquido refrigerante de alta tecnologia que flui em torno de todas suas 560 células, que assim são resfriadas individualmente.
A tração integral 4Matic+, totalmente variável, é de série. Ele transfere potência do motor elétrico para as rodas dianteiras via cardã quando as traseiras começam a perder aderência. O diferencial traseiro de bloqueio mecânico sob comando elétrico também é de série.
Os oito programas de condução AMG Dynamic Select são Elétrico, Carga de Bateria, Conforto, Suavidade, Sport, Sport Plus, Race e Individual, e se adaptam a parâmetros importantes como a resposta à tração, troca de marchas, comandos de direção, amortecimento do chassi e som.
Segundo a AMG, eles oferecem uma ampla gama de experiências de condução — de eficientes até dinâmicas. Os programas podem ser selecionados por meio de botão no mostrador central, no console, ou por botões no volante.
Também são oferecidos quatro níveis de frenagem regenerativa em cada modo, permitindo que até mais de 100 kW possam realimentar a bateria ao se levantar o pé do acelerador ou pisar no pedal do freio.
Contribuindo para o sistema de regeneração de energia, o SL tem discos de freio carbocerâmicos de Ø 420 mm na dianteira e Ø 380 mm na traseira, com pinças fixas de 6 pistões na cor bronze na dianteira e pinças flutuantes de 1 pistão, na traseira.
A suspensão tem controle de rolagem semiativo, com amortecedores adaptativos, que se ajustam automaticamente às cargas de compressão e distensão, substituindo as barras antirrolagem convencionais.
Esta tecnologia reduz a inclinação da carroçaria e proporciona uma vasta gama de programas de condução. A conexão hidráulica das câmaras dos amortecedores nas quatro rodas ocorre através de linhas apropriadas e pelas válvulas de controle dentro dos amortecedores adaptativos.
As rodas traseiras esterçam automaticamente em direção oposta à das dianteiras até 100 km/h e na mesma direção, só que menos, a partir dessa velocidade, para mais agilidade e redução do diâmetro de giro no primeiro caso e manobrabilidade em condução rápida no segundo.
A aerodinâmica também foi afinada. Um elemento aerodinâmico ativo, na seção inferior da carroçaria, à frente do motor, com perfil em compósito de fibra de carbono é um desenvolvimento exclusivo da AMG e protegido por patentes, que contribui para comportamento equilibrado.
Ele reage aos programas de condução reduzindo automaticamente a altura do solo em 40 mm a partir de 80 km/h. Com isso, é criado o chamado efeito venturi de criar depressão sob o veículo para aumentar a força vertical descendente e reduzir a sustentação do eixo dianteiro. Esta solução, que é patenteada pela AMG, é de série na versão-topo e opcional nas demais.
Outro componente aerodinâmico ativo é o defletor traseiro de altura e ângulo variáveis integrado à tampa do porta-malas. Ele muda de posição dependendo dos modos de condução. A partir de 80 km/h, ele sobe e pode adotar até cinco posições de ângulo para otimizar a estabilidade ou reduzir a resistência do ar.
O modelo sai com rodas de liga de alumínio AMG de raios múltiplos com aro de 20 polegadas. Elas são aerodinamicamente otimizadas, pintadas em preto fosco e com acabamento de alto brilho. São montadas com pneus 265/40R20 na dianteira e 295/35R20, na traseira.
O desenho do posto de condução é focado basicamente no motorista, apesar do conceito dimensional de carroceria de 2+2 lugares. Já os bancos AMG Performance opcionais, com apoios de cabeça integrados e aberturas de ventilação nos encostos, são ainda mais esportivos.
O funcionamento do sistema híbrido geralmente parte silenciosamente, no modo de direção “Conforto”, momento em que o motor elétrico é ligado. Em seguida o ícone “Ready” (Pronto, como em todo carro elétrico), no quadro de instrumentos, sinaliza que o veículo está pronto para rodar.
Mas, além disso, um som de arranque sintético, que imita o potente e sonoro motor V-8 AMG, é irradiado na cabine pelos alto-falantes e indica que o carro está pronto para rodar. Basta pisar levemente no pedal do acelerador e o carro começa a se mover
Apesar da AMG destacar no material de divulgação que está oferecendo um esportivo não apenas com desempenho superior, mas também com a opção de condução totalmente elétrica, o alcance no modo elétrico não foi divulgado, mas especulações dizem que não deve passar de 15 quilômetros.
Isso só poderá ser constatado quando o SL63 S for lançado, em meados do ano que vem. Mas pode-se deduzir que o sistema híbrido tem basicamente a função de entrega rápida de potência, com o esportivo acelerando de 0 a 100 km/h é em 2,9 segundos e chegando a 317 km/h.
RM