Neste mês de junho, a Mercedes-Benz lança no Brasil o AMG GT 63 S E Performance e o AMG S 63 E Performance. E Performance é a nova designação da marca para distinguir modelos equipados com tecnologia híbrida de alta performance. Ambos serão os primeiros híbridos de alto desempenho da marca, combinando os motores a combustão, com um motor elétrico e uma bateria, desenvolvida pela própria AMG, instalados no eixo traseiro.
A bateria é baseada nas células de bateria com resfriamento direto (igual aos carros de F1). Assim como na Fórmula 1, ela é especificamente projetada para entrega e recarga rápida de energia.
O conhecido motor V-8 biturbo de 4 litros é combinado com motor síncrono de imã permanente, uma bateria desenvolvida em Affalterbach (cidade na Alemanha que é a matriz da Mercedes-AMG) e o sistema de tração integral totalmente variável AMG Performance 4Matic+. A potência e o torque máximo do sistema proporcionam uma aceleração de 0-100 km/h em 3,3 s (S 63) e 2,9 s (GT 63 S), sendo que a entrega de energia só termina em uma velocidade máxima de 250 km/h no S 63 e 330 km/h no GT 63 S.
A bateria é projetada para rápida entrega e uso da energia, não para maior alcance. No entanto, é possível a utilização em uma condução totalmente elétrica em áreas urbanas com distancias de até 33 km (AMG S 63).
Como a bateria está sempre na janela de temperatura ideal de cerca de 45 °C, a recuperação também pode ser otimizada: Normalmente, uma bateria aquece muito com alta capacidade de regeneração, então a recuperação de energia deve ser limitada, motivo pelo qual foi criado um sistema de regeneração selecionável em quatro estágios.
· Nível 0: O nível de recuperação é muito baixo e serve para manter o suprimento de energia do veículo.
· Nível 1: Configuração padrão. A regeneração é perceptível para o motorista. Corresponde aproximadamente à desaceleração de um motor de combustão interna convencional com a embreagem acoplada.
· Nível 2: Regeneração mais forte. No tráfego normal o pedal do freio dificilmente precisa ser acionado.
· Nível 3: Maior recuperação de energia. Aqui, quase se pode ter uma condução “um-pedal” como em um modelo 100% elétrico.
Um componente central do trem de força híbrido P3 é o motor V-8 biturbo de 4 L, neste caso produzindo 612 cv (S 63) e 639 cv (GT 63). Ele fornece um torque máximo de 91,8 m·kgf, que está disponível em uma ampla faixa de rotação.
Ambos os carros são equipados com o AMG Performance 4MATIC+ (tração integral que combina as vantagens de diferentes conceitos de tração) um sistema que possui distribuição de torque totalmente variável para os eixos dianteiro e traseiro. A transição de tração traseira para tração nas quatro rodas e vice-versa ocorre continuamente com base em uma matriz que integra o controle inteligente na arquitetura de sistemas do automóvel inteiro.
Outra tecnologia disponível é a suspensão AMG Ride Control+, baseada em suspensão pneumática com controle automático de nível, combinado com amortecimento ajustável adaptativo. Os amortecedores de suspensão pneumática são preenchidos com ar de acordo com a situação e, portanto, permitem uma configuração mais suave ou mais dura. O resultado é que, mesmo durante manobras de direção extremas ou em estradas ruins, as rodas estão sempre firmemente no chão
Um recurso que contribui para uma dinâmica de condução mais esportiva é o AMG Active Ride Control. Em vez de usar barras antirrolagem convencionais e rígidas, o sistema compensa os movimentos da carroceria eletromecanicamente. Para isso, as barras antirrolagem nos eixos dianteiro e traseiro são divididas em duas partes. No centro, há um atuador eletromecânico no qual uma engrenagem planetária de três estágios está integrada. Quando a superfície da estrada é irregular ou o estilo de condução é moderado, o atuador separa ativamente as metades da barra, o que aumenta o conforto de condução. Durante um uso mais rápido, por exemplo, numa estrada sinuosa, as metades se juntam e se torcem uma contra a outra.
O controle da dinâmica também se beneficia do acionamento híbrido. Em vez da intervenção via motor pelo controle eletrônico de estabilidade, o motor elétrico também pode controlar a tração assim que uma roda sinaliza baixa aderência. Para isso, o sistema de controle inteligente reduz o torque de acionamento do motor elétrico que é transferido para a roda através do diferencial traseiro de deslizamento limitado. Desta forma, o motor a combustão pode ser utilizado com um torque mais alto, isso melhora a agilidade. Além disso, a potência reduzida pode ser usada para recarregar a bateria.
O GT 63 S E Performance e S 63 E Performance já estão disponíveis para encomenda pela bagatela de R$ 1.634.900 e R$ 1.649.900, respectivamente, com as primeiras unidades sendo entregues a partir de outubro e setembro.
MF