O Toyota Supra ressurgiu em 2019 com motor BMW B58 6-cilindros de 3 litros e, dois anos mais tarde, o cupê esportivo recebeu um motor de quatro cilindros. O objetivo inicial era diversificar a linha, mas ter um motor de 3 litros disponível e significativamente mais potente, fez com que a opção 2-L tivesse pouca demanda. Sendo assim, o quatro cilindros deixará de ser oferecido para o ano-modelo 2025.
“Sim, o quatro cilindros não estará mais em nossa linha”, disse um porta-voz da Toyota ao site Motor1.
Tomando emprestado o B48 de quatro cilindros em linha turbocarregado de 2 litros da BMW, o GR Supra 2-L de 258 cv e 40 m·kgf acelerava de de 0-100 km/h em apenas 5 segundos. Mas os números do 6-cilindros, para efeito de comparação, são ainda mais surpreendentes, 387 cv, 49 m·kgf e 3,9 segundos (4,2 com o câmbio manual). A Toyota havia introduzido no ano passado uma opção de câmbio manual para o Supra, mas o 2-L não foi incluído nesta importante atualização mecânica. Além disso, ele foi lançado com rodas de 18″ em vez de 19″ e freios dianteiros com pinças deslizantes de pistão único em oposição às pinças fixas de quatro pistões na versão 3-L.
Onde o Supra de quatro cilindros deixou sua marca foi em peso e consumo de combustível. Pesando 1.442 kg, o 2-L perdeu cerca de 150 kg em relação ao seu irmão de seis cilindros.
A Toyota não separa as vendas do Supra por tipo de motor, mas a marca só conseguiu vender 2.652 exemplares em 2023. Dessas 2.500 unidades, suspeita-se que a maioria delas foi vendida com o motor B58 de 3 litros sob o capô. De acordo com dados compilados pelo Motor1, pelo menos 43% dos compradores do GR Supra optaram pelo câmbio manual em 2023, confirmando que pelo menos 1.140 unidades foram vendidas com o motor 6-cilindros.
O Supra agora tem só o motor seis-cilindros B58, associado a câmbio manual de seis marchas ou automático epicíclico de oito ZF 8HP48.
Em termos de preço, a diferença é bem significativa: o 3-L nos EUA inicia em US$ 57.335 (R$ 319.000), enquanto o 2-L custava US$ 46.440 (R$ 259.000).
MF