Nascido e criado junto a um dos personagens mais importantes do automobilismo brasileiro, Camillo João Christófaro Júnior (foto de abertura) dificilmente escaparia de herdar a paixão que o pai e o tio-avô Chico Landi tinham pelo automobilismo. Foi em sua adolescência que Camilinho fez seu primeiro “voo solo” ao preparar os carros de rua que seus amigos pilotavam nas provas de estreantes e novatos. Em uma jornada de quase seis décadas nas pistas ele acabou trilhando um caminho diverso ao preferido pelo famoso Lobo do Canindé: ao contrário de se especializar em desenvolver motores, ele optou por trabalhar o chassi dos carros e caminhões que passaram por suas mãos.
As diferenças com o pai pararam por aí: Camilinho honrou a generosidade e cordialidade do velho Camilão e ambos conquistaram uma legião de fãs que se transformavam em amigos de longa data logo após um primeiro contato. Indiferente à ostentação e fiel à simplicidade, era hábil também na panelas, fossem de freio ou de cozinha. Sempre disposto a compartilhar refeições e causos, o Lobinho do Canindé fará muita falta nas nas conversas de pista nos paddocks dos autódromos.
Camilinho faleceu nesta quarta-feira (21/8), aos 70 anos, meses após ser descoberto um câncer que atingiu seu pâncreas. Ele será velado hoje no Cemitério do Araçá, em São Paulo, e seu sepultamento está programado para 16 horas.
WG