Electro, empresa do pacote liderado pela chinesa Zotye, anunciou produto, produção e preço no encontro entre Cadu Barbosa, diretor executivo, e Renato de Castro, novo prefeito de Goianésia, a 170 quilômetros de Goiânia. Reunião ratificou compromissos assumidos de parte a parte no ano passado, em ato festivo com o antigo alcaide e o governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB-GO).
Não se resume à produção de veículos pelas marcas Electra e Zotye, mas em espectro mais amplo, liderar Parque Automobilístico com empresas chinesas fabricantes de autopeças — vidros, pneus e baterias para veículos elétricos.
Inicialmente, explicou Cadu à Coluna, Electro começa em galpão alugado, com 7.500 m², na produção de scooters, motoneta elétrica, em outubro deste ano, por 80 colaboradores.
Prevê instalações próprias em outubro de 2019, quando demarrará fazer o VUC — veículo urbano de carga — elétrico (foto de abertura), a imaginados R$ 75 mil, e a Zotye o hatch Z100 Logic, importando um SUV. Polo Industrial projeta decuplicar contratações em dois anos.
Frustrou-se expectativa de o produto da Zotye ser o jipe Stark TAC, da fabricante catarinense mudado para Sobral, CE. Entendimentos iniciados ano passado para a aquisição da empresa por divulgados R$ 190 milhões, não prosperaram por falta de convergência entre o interesse da quase compradora, e ausência de linguagem comum entre os 106 sócios da TAC. A Zotye esfriou o relacionamento mas não cortou o interesse.
Investimento programado para implantação de Electro e Zotye é de R$ 150M.
EcoSport muda muito. É pouco
Visto de longe o Novo EcoSport 2018 exibe as linhas frontais do Edge, seu irmão mais velho. Para o Mercosul, revitalização do produto com cinco anos de mercado. Para EUA objetivo muito maior, daí ter a assinatura familiar para os SUV da marca.
Caracterização adicionou itens de segurança, como bolsas de ar para joelhos, monitoramento de ponto cego, alerta de tráfego cruzado, mais conectividade e tela com 20 cm, maior dentre os concorrentes. Motorização por novo L-3 – 1,5, aspirado, 130/137 cv, 15,6/16,2 m·kgf, importado da Índia. Na versão de topo, Titanium, L-4 Duratec, 2,0, aspirado, injeção direta de combustível, o mais potente da cilindrada, 170/176 cv e 20,6/22,5 m·kgf de torque, respectivamente para gasálcool e álcool.
Câmbio mudou. Saiu o deficiente, problemático e teimoso PowerShift de duas embreagens, entrou automática 6M. Nas versões 1,5, opção manual 5M.
Carro bom, concorrência grande. À sua frente Jeeps Compass e Renegade, Honda HR-V, Hyundai Creta. Atrás, dezena de concorrentes.
De volta?
Ditado jurídico diz, A lei não protege a quem dorme. Na prática, bobeou, dançou. Caso da Ford Brasil, ao segurar custos para a mudança ocorrida há cinco anos. Historicamente começou bem ao criar o EcoSport divergindo da operação europeia para a construção de um, como chamado à época, LUAV — light urban adventure vehicle — veículo leve para aventuras urbanas. Lá fizeram-no careta, sem atrativos estéticos, pouca distância entre longarinas do chassi, limitando motores de máximo 1,6-litro. Parecia perua pequena e alta. Não deu certo, foi-se em três anos de decepcionantes vendas.
Aqui, conta o folclore, o mítico engenheiro-chefe da Ford, o francês Luc de Ferran, e João Marcos Ramos, chefe de Design, dividiam moqueca de siri mole no Mistura Fina, bom restaurante no caminho da fábrica de Camaçari. Queriam melhorar a proposta europeia e, com coragem, antes da sobremesa, Luc teria rabiscado modificações na estrutura buscando mais resistência e receber motores com maiores dimensões, cilindrada e potência. Ramos entrou no desafio, fazendo os primeiros traços na mesma toalha de mesa, ao final não cobrada pelo dono do restaurante.
Divido com o leitor uma dúvida: por que todo projeto vitorioso é apresentado como nascido em guardanapos e toalhas? Este pessoal é turbinado por álcool? O lazer é criativo? O ambiente de trabalho não permite inventividade?
Sono
Projeto de Ferran e Ramos, muito melhor, atendia à necessidade interna de fazer uma família sobre a plataforma do Fiesta, não foi aceito pela Ford Europa, mas aprovado para Brasil e Mercosul. Era bem arrumadinho e, mesmo sem pressentir o desejo de consumo, foi um sucesso, gerou ágio, logo agregado pela Ford ao preço, distanciando-o do Fiesta, conseguindo o maior lucro unitário dentre automóveis nacionais.
Único no segmento durante uma década, fez lucros recordes e o surgir do primeiro concorrente, o Renault Duster, coincidiu com o início da queda de rentabilidade da Ford, tornando-se deficitária. Vem caindo. De líder no segmento, estável na quarta posição de vendas, desabou ao sexto lugar. Com a revitalização quer manter a quarta posição em vendas.
Parece difícil. Apesar de refrescar a parte frontal, melhorar o conteúdo, a conectividade, reduzir o preço na versão de topo, a Titanium. Básica e intermediárias tiveram-no aumentado, porém diz a Ford, em valor inferior à adição de equipamentos.
Manterá a quarta posição de vendas? Será surpresa, pois o EcoSport peca em medida indicadora de projeto defasado: à vista dos concorrentes tem a menor distância entre eixos, responsável por conforto aos passageiros do banco traseiro.
Envios para o mercado dos EUA não serão providas pelo Brasil, mas pela India.
Novo EcoSport Quanto custa
Versão | R$ |
SE 1,5 | 73.990 |
SE 1,5 AT | 78.990 |
FreeStyle 1,5 | 81.490 |
FreeStyle 1,5 AT | 86.490 |
Titanium 2,0 AT | 93.990 |
Picape e SUV, os novos Volkswagen
Ex-líder de mercado, ex-fabricante do veículo mais vendido do país, Volkswagen está num processo tentativo de recuperação de participação e lucros. Separou R$ 7B para mudar todos os produtos até 2020.
Mudar tudo significa construir os substitutos dos atuais — exceto up! —, e Golf, pela plataforma MQB, base a ser esticada, encolhida, permitindo montar produtos de diversas dimensões e motorizações. Primeira novidade, o Novo Polo, nos preparativos finais para apresentação em setembro. Após, 1o trimestre de 2018, o Virtus, sedã sobre ele desenvolvido, e mais dois outros: um SUV, como sendo um Tiguan em menores dimensões, e um picape, pela primeira vez assumido pela Volkswagen, no caso por seu presidente David Powels. Não detalhou, mas não será substituto do Saveiro: terá porte maior, mirando no bem sucedido Fiat Toro, hoje o mais vendido do país.
Polo
Já foi e quer voltar a ser o VW melhor construído. Será em São Bernardo, usina pioneira, reformulada para receber o antigo Polo. No caso, plataforma MQB, motorizações de 1,0 a 1,4 TSI, caixa automática de 6 velocidades, e enorme lista de itens de eletrônicos de segurança. Como disse o presidente executivo da empresa, um carro aspiracional para a classe média. VW o trata como evolução.
Detalhado aos poucos, fotografei o painel da versão de topo: eletrônico, cria tela no recesso dos instrumentos e ali permite escolha de funções: de tela 25 cm para GPS e indicações digitais ou falsos desenhos de instrumentos. Há tela adicional, em meio do painel, com 20 cm e funções acionadas pelas pontas dos dedos.
Segue linha saudosista, como o fez o Fiat Coupé ao início da década de ’90 e o recém-lançado Argo: faixa central é em plástico pintado, como então eram os carros esportivos.
Roda-a-Roda
Pega – Grandes marcas automobilísticas estão em curiosa peleja: dar aos sedãs grandes com comportamento esportivo. Uma mão-de-obra para fazer estes carros com peso de picape grande ter comportamento sério — andar na reta; fazer curvas; acelerar; frear.
Gato – Jaguar tomou o sedã XJR, no meio caminho para substituição, aumentou potência do motor V-8 5-litros, soprado por compressor, elevando o torque a 71,4 m·kgf e potência a 575 cv. Com o numeral batizou a versão. Motor é Ford, pré-fase EcoBoost. Outros Jaguar iniciaram trocá-los pelo novo e próprio Ingenium.
Papo Rápido – 0 a 100 km em 4,4 s, 300 verdadeiros km como velocidade final. Lançamento com entrevista feita pela jornalista Amanda Stretton a Wayne Burgess designer chefe da marca, num automóvel, a 290 km/h. Veja:
Pioneiro – Renault prestigiou o mercado chileno, fabrica transmissões para seus veículos da América Latina. Primeiro a ter seu o mexicano picape Alaskan, baseado no Nissan Frontier. Custa, versão cabine dupla, 4×4, R$ 106.000.
Mercado – Talvez pelo fato de ser virado ao Pacífico, Chile tem outra mentalidade, funciona bem, não restringe o comércio, permitindo importações gerais. Todas as marcas estão presentes em seu pequeno mercado, onde o imposto de importação é 10% – nada de 35% como na Argentina e no Brasil. IVA, único imposto interno, em torno de 18%.
Nada – Apesar do acordo comercial com o México, Renault Brasil não o trará. Esperará produção argentina. Aqui, fim de 2018.
Futuro – Não deu certo a compra da TAC e seu jipe Stark pela chinesa Zotye. Planos eram retomar a produção, focar no mercado externo com o Stark, aplicar-se ao interno com colocação de motor ciclo Otto, flex — e isto tem cara de Fiat 1,8 — e lançar um picape.
Negócio – Se não der acerto com os chineses da Zotye, é oportunidade a interessados em entrar no setor num segmento onde há apenas o jipe Troller. Produzir o jipe Stark demanda pequena estrutura de pessoal e maquinário.
Equilíbrio – Procon e Secretaria Nacional do Consumidor questionarão a ANAC, da Aviação Civil para entender porque assentos nas filas de emergência — onde se exige colaboração dos passageiros em caso de necessidade de abertura da saída — são pagos como assento conforto. E porque nos bancos sem reclinar o encosto não há desconto.
Coleguinhas – A jornalistas interessados na cobertura do NAIAS 2018, o Salão na nevada Detroit, EUA, agência de turismo junto com a Delta Air Lines oferecem descontos de 3 a 10% para os dias de imprensa, 14/16. janeiro. www.delta.com/meeting, ou agência Altour +1 517 333 5878
Leilão – Tens bom gosto? Gosta de automóveis? Conhecimento no tema? Saldo bancário? Respondendo sim, inscreva-se para lance, pague US$ 200 e prepare-se. Russo and Steelle, leiloeiros de carros chiques. farão destaque ao seu 17º Leilão Anual em Monterey, CA, 17/19 agosto, durante a Holly Week — Semana Santa do Automóvel.
Preciosidade – Automóvel especial, AC Cobra – rolling chassis e carroceria em alumínio pela inglesa AC, motor V-8 Ford Windsor 289, 1965, um dos últimos MK II. Mesmo dono desde 1975, restauração em 2012/4, quase original, exceto por câmbio manual de 5 marchas. Afim? www.russoandsteele.com ou ligue +1 602 252 2697.
Gente – Nissan América Latina novas mudanças internas: OOOO Santiago Castro, engenheiro mecânico, diretor geral da operação chilena, novo diretor de Pós-Venda Latin America. OOOO Diego Felices, mesma formação e mestrado em Manufatura, VP de vendas America Latina, novo diretor-geral Nissan Chile. OOOO José Luis Montiel, formado em REL, diretor de projetos estratégicos na região, ido a VP de vendas. OOOO Alexander Ferguson, também engenheiro, gerente sênior de Vendas Nissan Brasil, aumento de território: os 38 países da Região. OOOO Nissan é pole position em mudar pessoas, funções e produtos. É o fabricante com maior giro no setor. OOOO David Nilleman, executivo-chefe da Azul, renunciou. OOOO É o novo Presidente da empresa, onde não se acumulam cargos. OOOO Massuo Murakami, aposentado, ex-diretor da Honda e presidente da Abraciclo, passou. OOOO Deixa histórias, causos e muitos amigos. OOOO
Jeep Compass. Mais vendido quer vender mais
Líder em vendas no segmento, SUV Compass da Jeep lançou linha 2018 para ampliar clientela e manter-se à frente. Criou nova versão, a Limited Diesel, intermediária entre Longitude e Trailhawk, e implementou interconectividade, compatibilizando com sistemas Android e Apple Car Play em tela de 7”. O esperto motor 2-L Tigershark flex, 166 cv, recebeu o sistema Stop/Start. Junto com alternador especial e bomba de combustível inteligente permite reduzir consumo em até 11%.
Aplicou atrativos às versões existentes, como revestimento em couro nas versões Longitude, rodas 19”para as Limited, agregou eletrônica de segurança para controle de velocidade adaptativo, avisos de colisão frontal e desvio de faixa.
Nova versão Limited Diesel emprega motor MultiJet 2-L, 170 cv e 35,7 m·kgf, câmbio automático de 9 marchas. Como em todos os diesel, tração é nas 4 rodas.
No esforço de agregação de atrativos o ar-condicionado passa a ser digital de duas zonas, e houve aumento de opções em cores, incluindo a Ski Grey, do couro do revestimento interno nas versões Longitude. Há, ainda, cinza claro, caramelo e preto. Externamente o verde Recon, caracterizadora da série 75 Anos da Jeep, aplicada ao Renegade, passa a ser de série no Compass.
Agregações de decoração não reduzem o esforço, mas mantê-lo como o SUV com maior conteúdo tecnológico dentre os fabricados no país.
Jeep Compass 2018 – Quanto custa
Versão | R$ |
Sport Flex AT6 4×2 | 105.990 |
Longitude Flex AT6 4×2 | 114.490 |
Limited Flex AT6 4×2 | 131.990 |
Longitude Diesel AT9 4×4 | 141.290 |
Limited Diesel AT9 4×4 | 157.990 |
Trailhawk Diesel AT9 4X4 | 158.990 |
RN