Todo novo carro é importante para um fabricante. Só que o Cactus, recém-lançado pela Citroën, é muito, muito mais importante. Mais que um novo SUV, categoria que continua a de melhor taxa de crescimento, o Cactus pretende ser um símbolo de renascimento da marca, que amarga apenas 1% do mercado nacional. Uma longa tarefa que pretende mudar a imagem de “carro francês” tendo no Cactus seu “carro-madrinha”.
Vou tentar não repetir o que já disseram o Fernando Calmon e o Roberto Nasser nas suas colunas da semana passada aqui no AE. Como produto, o Cactus parece ser um sucesso de crítica, o que necessariamente não significa um sucesso de público e vendas.
Mas, além de ter um bom produto, a Citroën tem pela frente um demorado e caro processo de recuperação da marca (e market share, participação de mercado, que se traduz em melhores vendas), o que exige melhoras de qualidade, durabilidade, assistência técnica e otras cositas más.
Na verdade, esta segunda geração do Cactus (a primeira,de 2014, só foi vendida na Europa) é bem menos “carro francês” do que se pensa. Foi desenvolvido no Brasil e será produzido em Porto Real (RJ). Um desenvolvimento cuidadoso que contou inclusive com “palpites” de alguns poucos jornalistas especializados.
Meses atrás, fui um dos convidados pela Citroën para testar cinco protótipos ainda camuflados do Cactus que estavam em processo de ajustes finais. Todos tinham a mesma mecânica (motor THP turbo de 166/173 cv), mesmo câmbio automático Aisin de seis marchas e mesmas suspensões. Porém, os protótipos eram bastante diferentes entre si. Calibração de suspensão, direção (com assistência elétrica), motor e câmbio resultam em carros com diferentes reações e sensações ao dirigir. Alguns eram mais “tiozão”: suspensão mais macia, direção com ação mais lenta é até respostas mais calmas de motor, assim como dos engates de câmbio. Já outros protótipos puxavam mais para o esportivo, com respostas rápidas de volante, suspensão mais firme, motor e câmbio mais atiçados.
Após dirigir cada um dos protótipos, dávamos notas para tudo, além de uma longa discussão final sobre qualidades, defeitos e adequações do produto.
Agora dirigindo o Cactus já em produção, fiquei feliz em perceber que o acerto final é praticamente o do protótipo que mais gostei de dirigir. Ou seja, quem não gostar do Cactus (pelo menos as versões topo com motor 1,6 turbo) saiba que eu também sou um pouquinho “culpado”.
Esse acerto final mais para o esportivo geralmente é reservado na PSA (que reúne Peugeot e Citroën, DS e, recentemente, Opel) para os Peugeot, enquanto os Citroën são mais voltados para o conforto.
Porém aí está uma das qualidades do novo Cactus: consegue ser esportivo, contudo tem bom nível de conforto (mesmo na buraqueira) e um excelente silêncio interno, digno de carros de segmento superior. A “qualidade percebida” (ferramenta nova e importante do marketing sobre rodas) é de um carro de luxo e não de um crossover/SUV compacto de categoria intermediária, feito para concorrer com Ford EcoSport, Jeep Renegade ou o futuro VW T-Cross.
Claro que estamos falando das versões superiores, a Shine, com motor 1,.6 turbo e câmbio automático de seis marchas.
São praticamente seis versões, começando pela Live, com motor 1,6 aspirado (115/122 cv) e câmbio manual de cinco marchas. Os preços variam de R$ 68.990 até R$ 98.990. Claro que R$ 30.000 de diferença mudam bastante o perfil de acabamento e equipamentos. As versões de topo são bem mais recheadas de eletrônica, principalmente de “auxílio ao motorista”, que incluem frenagem automática de emergência em caso de possível colisão com outros veículos e pedestres.
Curiosamente, como acontece em todos os outros carros com este recurso, o programa reconhece mal as motos. Emite avisos em caso de pessoas e veículos em iminência de colisão e, se o motorista não reagir, os freios são acionados automaticamente, mesmo sem interferência do motorista dorminhoco. Mas, se for uma moto (ou bicicleta) fazendo besteira na sua frente, aperte o freio você mesmo. A câmera localizada no para-brisa manda a imagem, mas o programa não distingue muito bem do que se trata.
Claro que este pacote da versão de topo do Cactus, inclui vários outros recursos, inclusive o “chatinho” alerta de faixas, que sinaliza a proximidade ou cruzamento de faixas na estrada (apenas avisa, não faz correção da direção). Assim como todos os outros recursos eletrônicos das versões de topo (alerta de atenção ao condutor, sugestão de parar para um café, e controle de aderência) eles podem ser desligados. Na tela central de 7″ não há GPS, mas o sistema se integra com celulares (Android ou Apple), sendo fácil de usar o Waze ou Google Maps).
Com uma estética bem atual e ao gosto dos consumidores de SUV, os 4.170 mm de comprimento do Cactus foram bem aproveitados para o conforto, inclusive no banco traseiro, com bom espaço para as pernas dos passageiros. Claro, a grande distância entre-eixos (2.600 mm) também colabora para o amplo habitáculo. E sempre existe o dilema entre espaço para passageiros e bagagens: a Citroën optou pelos passageiros e o porta-malas não é muito grande (320 litros de capacidade).
O conjunto motor THP/câmbio automático Aisin já é bem conhecido nos veículos da PSA, mas sempre recebem calibração específica para diferentes carros. Projetado em conjunto com a BMW, este motor flex turbo de quatro cilindros e 16V vem sendo aperfeiçoado pela PSA e ficou bastante econômico no Cactus. Mesmo em estradas secundárias, que exigem alterações frequentes de velocidade, o consumo se manteve nos 12/13 km/l de gasolina.
Isso porque o turbo permite rodar com o motor em baixa rotação, graças ao bom torque de 24,5 m·kgf, que aparece logo acima da marcha lenta (1.400 rpm) e se mantém constante até 4.000 rpm.
Marcas como o 0 a 100 km/h em apenas 7,3 s e máxima de 212 km/h, com álcool, mostram o outro lado deste motor THP, que também gosta de ser mais apimentado.
A suspensão foi reprojetada para o Brasil, ganhando inclusive bandejas dianteiras diferentes do modelo europeu, tudo para ganhar maior curso e aumentar a distância do solo (de 2.250 mm).
Mesmo com maior altura e tração dianteira, o Cactus gosta de curvas, sendo bastante neutro no limite de aderência.
Para chegar a este resultado, a Citroën investiu bastante na fábrica de Porto Real (RJ), inclusive com medições a laser para maior precisão na armação da carroceria. Afinal, o Cactus entra numa categoria em expansão (a dos SUVs/crossover compactos), que exatamente por isso tem enorme concorrência.
Agora também chega a vez de melhorar a rede de revendas e o fabricante garante que haverá um atendimento diferenciado (não só para o Cactus) com seus três anos de garantia. Valorização de usados da marca, financiamentos mais camaradas, serviços mais rápidos e com menor custo… a lista é longa.
Assim como é longa a tarefa da Citroën de reposicionar a marca, mesmo tendo no Cactus um bom carro-madrinha para essa tarefa.
JS
FICHA TÉCNICA CITROËN C4 CACTUS 2019 | |||||||
Versão | Live 1,6 manual | Feel 1,6 manual | Feel 1,6 Autom. | Feel 1,6 Business Automático | Feel Pack 1,6 Autom. | Shine 1,6 THP Autom. | Shine 1,6 THP Pack Automático |
MOTOR | |||||||
Denominação | 1,6 VTi 120 | 1,6 Turbo THP flex | |||||
Descrição | 4 cil. em linha, transversal, bloco de ferro fundido e cabeçote de alumínio, duplo comando de válvulas, correia dentada, variador de fase na admissão, quatro válvulas por cilindro, atuação indireta por alavanca-dedo roletada com fulcrum hidráulico, injeção no duto, flex | 4 cil. em linha, transveral, bloco e cabeçote de alumínio, duplo comando de válvulas, corrente, variador de fase na admissão e escapamento, 4 válvulas por cilindro, atuação indireta por alavanca-dedo roletada com fulcrum hidráulico, turbocompressor de dupla voluta com interresfriador, injeção direta,,flex | |||||
Diâmetro e curso (mm) | 78,5 X 82 | 77 x 85,8 | |||||
Cilindrada (cm³) | 1.597 | 1.598 | |||||
Taxa de compressão (:1) | 11 | 10,2 | |||||
Potência (cv/rpm, G/A) | 115/6.000/122/5.800 | 115/118/5.750 | 166/173/6.000 | ||||
Torque (m·kgf/rpm, G//A) | 15,5/16,4/4.000 | 16,1/4.750//16,1/4.000 | 24.5/24,5/1.400 | ||||
TRANSMISSÃO | |||||||
Câmbio | Transeixo manual de 5 marchas + ré, tração dianteira | Transeixo automático epicíclico Aisin EAT6 de 6 marchas com trocas manuais sequenciais + ré, tração dianteira | |||||
Relações das marchas (:1) | 1ª 3,636; 2ª 1,950; 3ª 1,281; 4ª 0,975; 5ª 0,767; ré 3,583 | 1ª 4,044; 2ª 2,371; 3ª 1,556; 4ª 1,159; 5ª 0,852; 6ª 0,672; ré 2,193 | |||||
Relação do diferencial (:1) | 4,692 | 4,316 | 3,683 | ||||
Estol do conversor de torque (rpm) | n.a. | n.d. | |||||
SUSPENSÃO | |||||||
Dianteira | Independente, McPherson, braço transversal, mola helicoidal, amortecedor pressurizado e barra estabilizadora | ||||||
Traseira | Eixo de torção, mola helicoidal, amortecedor pressurizado e barra estabilizadora integrada ao eixo | ||||||
DIREÇÃO | |||||||
Tipo | Pinhão e cremalheira, eletroassistida indexada à velocidade | ||||||
Diâmetro mín. de curva (m) | n.d. | ||||||
Voltas entre batentes | n.d | ||||||
Diâmetro do volante (mm) | n.d | ||||||
FREIOS | |||||||
Dianteiros (Ø mm) | Disco ventilado/n.d. | ||||||
Traseiros (Ø mm) | Tambor/n.d. | Disco/n.d. | |||||
Controle | ABS (obrigatório), distribuição eletrônica das forças de frenagem, auxílio à frenagem | ||||||
Circuito hidráulico | Duplo em diagonal | ||||||
RODAS E PNEUS | |||||||
Rodas | Aço com supercalota, 6Jx16 | Liga de alumínio 6×16 cinza fosco | Liga de alumínio 6×17 diamantada | ||||
Pneus | 205/60R16V (Pirelli P7) | 205/55R17V (Pirelli Cinturato P7 ou Goodyear Efficient Grip) | |||||
Estepe | Temporário de 80 km/h, roda de aço, pneu 185/60R15H | ||||||
CONSTRUÇÃO | |||||||
Tipo | Monobloco em aço, suve, 4-portas, 5 lugares, subchassi dianteiro | ||||||
AERODINÂMICA | |||||||
Coeficiente de arrasto (Cx) | n.d. | ||||||
Área frontal (calculada, m²) | 2,103 | 2.143 | |||||
Área frontal corrigida (m²) | n.d. | ||||||
DIMENSÕES (mm) | |||||||
Comprimento | 4.170 | ||||||
Largura (sem/com espelhos) | 1.714/1.979 | ||||||
Altura | 1.534 | 1.563 | |||||
Distância entre eixos | 2.600 | ||||||
Distância mínima do solo | 225 | ||||||
CAPACIDADES (L) | |||||||
Porta-malas | 320 (1.170 com encostos do banco traseiro 40:60 rebatidos | ||||||
Tanque de combustível | 55 | ||||||
PESO (kg) | |||||||
Em ordem de marcha | 1.135 | 1.156 | 1.204 | 1.225 | 1.214 | ||
Carga útil | 400 | 350 | |||||
DESEMPENHO | |||||||
Aceleração 0-100 km/h (s, G/A) | 10,4/9.8 | 12,1/12 | 7,5/7,3 | ||||
Velocidade máxima (km/h, G/A) | 186/196 | 185/190 | 212/212 | ||||
CONSUMO INMETRO/PBVE | |||||||
Cidade (km/l, G/A) | n.d | ||||||
Estrada (km/l, G/A) | n.d. | ||||||
CÁLCULOS DE CÂMBIO | |||||||
v/1000 em última marcha, 5ª/6ª (km/h) | 33,2 | 41,2 | 48,3 | ||||
Rotação a 120 km/h em 5ª/6ª (rpm) | 3.600 | 2.900 | 2.500 | ||||
Rotação à vel. máxima (rpm) | 5.900 (últ. marcha) | 5.850 (em 5ª) | 5.600 (em 5ª) |
EQUIPAMENTOS CITROËN C4 CACTUS 2019 | |||||||
Versão | Live 1,6 Man. | Feel 1,6 Man. | Feel 1,6 Auto | Feel 1,6 Business Auto | Feel Pack 1,6 Auto | Shine 1,6 THP Auto | Shine 1,6 THP Pack Auto |
AUXÍLIO À CONDUÇÃO | |||||||
Acesso mãos livres e partida por botão | – | – | – | – | S | S | S |
Alerta de atenção do motorista | – | – | – | – | – | – | S |
Alerta de colisão | – | – | – | – | – | – | S |
Alerta de saída de faixa de rolamento | – | – | – | – | – | – | S |
Assistente de partida em aclives | – | – | S | S | S | S | S |
Câmera de ré | – | S | S | S | S | S | S |
Controlador e limitador de velocidade | – | S | S | S | S | S | S |
Controle de aderência (grip control) | – | – | – | – | – | – | S |
Indicador de sugestão de parada para café | – | – | – | – | – | – | S |
Luz de curva pelos faróis de neblina | – | – | S | S | S | S | S |
Monitor de pressão dos pneus | – | – | S | S | S | S | S |
Sistema de frenagem automática | – | – | S | S | S | S | S |
SEGURANÇA | |||||||
Acionamento do pisca-alerta traseiro em freadas de emergência | S | S | S | S | S | S | S |
Alarme perimétrico | – | S | S | S | S | S | S |
Alarme volumétrico | – | – | – | – | S | S | S |
Alerta de cinto de segurança do motorista desatado | S | S | S | S | S | S | S |
Apoios de cabeça dianteiros e traseiros com ajuste | S | S | S | S | S | S | S |
Bolsas infláveis frontais (obrigatórias) | S | S | S | S | – | – | – |
Bolsas infláveis laterais | – | – | – | – | S | S | – |
Bolsas infláveis laterais e de cortina | – | – | – | – | – | – | S |
Cintos de segurança diant. e tras. com limitador de esforço | S | S | S | S | S | S | S |
Controle de estabilidade e tração | – | – | S | S | S | S | S |
Engates Isofix com fixação superior para dois bancos infantis | S | S | S | S | S | S | S |
Faróis de neblina | – | S | – | – | – | – | – |
Faróis halógenos | S | S | S | S | S | S | S |
Lanternas traseiras com efeito 3D | S | S | S | S | S | S | S |
Luzes de rodagem diurna (DRL) em LED | S | S | S | S | S | S | S |
Retrovisor interno eletrocrômico | – | – | – | – | – | – | S |
Retrovisores externos com ajuste elétrico | S | S | S | S | S | S | S |
Travamento automático de portas e porta-malas ao iniciar movimento | S | S | S | S | S | S | S |
CONFORTO | |||||||
Acendimento automático dos dos faróis | – | – | – | – | S | S | S |
Acionam. elétrico dos vidros, motorista um-toque | S | – | – | – | – | – | – |
Acionamento elétrico dos vidros, todos um-toque | – | S | S | S | S | S | S |
Ar-condicionado digital automático com função A/C Máx. | – | – | – | – | S | S | S |
Ar-condicionado digital com função A/C Máx. | S | S | S | S | – | – | – |
Computador de bordo com função termômetro do ar externo | S | S | S | S | S | S | S |
Econômetro | – | S | S | S | S | S | S |
Indicador de troca de marcha (câmbio manual) | S | S | – | – | – | – | – |
Sensor de chuva | – | – | – | – | S | S | S |
Tomada 12 V | S | S | S | S | S | S | S |
Volante de direção com ajuste de altura e distância | S | S | S | S | S | S | S |
ÁUDIO E MULTIMÍDIA | |||||||
Alto-falantes (4) e tweeters (2) | O | S | S | S | S | S | S |
Android Auto e Apple CarPlay | O | S | S | S | S | S | S |
Bluetooth e entrada auxiliar USB | S | S | S | S | S | S | S |
Citroën Connect Radio – central multimídia, tela tátil de 7″ | O | S | S | S | S | S | S |
Comandos no volante | O | S | S | S | S | S | S |
BANCOS E REVESTIMENTOS | |||||||
Bancos revestidos em couro tipo ZINA e outros materiais | – | – | – | – | – | – | S |
Bancos revestidos em tecido tipo Flint | – | S | S | S | S | S | – |
Bancos revestidos em tecido tipo Hazel | S | – | – | – | – | – | – |
Bancos traseiros rebatíveis 60:40 | – | S | S | S | S | S | S |
Porta-objetos entre os bancos dianteiros | S | S | S | S | S | S | S |
Regulagem man. de altura, inclinação e distância do banco do motorista | S | S | S | S | S | S | S |
Regulagem man. de altura, inclinação e distância do banco do passageiro | S | S | S | S | S | S | S |
Volante revestido em couro | – | – | – | – | S | S | S |
ACABAMENTO E ESTÉTICA | |||||||
Acabamento interno do painel cinza, toque macio | – | – | – | S | S | S | S |
Acabamento interno do painel em cinza | S | S | S | S | – | – | – |
Barras de teto longitudinais e integradas ao teto | S | S | S | S | – | – | – |
Barras de teto longitudinais e integradas ao teto tipo “Flutuante” | – | – | – | – | S | S | S |
Carcaças dos retrovisores em preto brilhante | – | S | S | S | S | S | S |
Maçanetas das portas com pintura brilhante | – | – | – | – | S | S | S |
Maçanetas das portas sem pintura | S | S | S | S | – | – | – |
Protetores laterais de portas (Airbump®) | S | S | S | S | S | S | S |
Quadro de instrumentos digital com indicação de velocidade digital | S | S | S | S | S | S | S |
RODAS | |||||||
Rodas de Aço 16″ – com calotas tipo COMO | S | – | – | – | – | – | – |
Rodas de liga de alumínio 17″ – tipo ROBY ONE cinza fosco | – | S | S | S | – | – | – |
Rodas de liga de alumínio 17″ – tipo ROBY ONE diamantada com detalhes em preto brilhante | – | – | – | – | S | S | S |
CORES | |||||||
Branco Banquise | O | O | O | O | – | – | – |
Branco Nacré | – | O | O | – | O | O | O |
Cinza Aluminum | S | O | O | O | O | O | O |
Cinza Grafito | O | O | O | O | O | O | O |
Preto Perla Nera | – | O | O | O | O | O | O |
Azul Esmeralda | – | O | O | O | O | O | O |
Teto Bitom | – | – | – | – | O | O | O |