Matéria de há pouco no “Jornal Hoje”, na TV Globo, acidente num cruzamento no Estado do Espírito Santo. O motorista morreu ao seu carro ser atingido por um caminhão.
O carro aparece passando na frente do caminhão e em fração de segundo haveria o acidente fatal. O cruzamento é num trevo de ampla visibilidade e as condições do tempo eram perfeitas. O culpado foi o motorista do caminhão, certo? Errado, foi do motorista do carro. No cruzamento havia uma placa “Pare” para ele e ela foi ignorada.
Nota do editor: Depois de publicada a matéria, o leitor Manoel Malafaia comentou, com argumentos sólidos, que o foi o motorista do caminhão que desrespeitou a placa “Pare”, cabendo-lhe, portanto, a culpa pelo trágico acidente.
Esta é a enésima vez que digo: o trânsito brasileiro é a maior fábrica de idiotas que existe. O nosso motorista se acostumou a diminuir ou parar somente se houver algum tipo de obstáculo — lombada física, lombada eletrônica, tachões, o que for — jamais se a sinalização indicar que ele/ela deve fazê-lo.
Tanto que nessa reportagem o âncora Evaristo Costa disse que o “Denit” — cometeu o grave erro de pronunciar uma sigla impronunciável, DNIT, mas não é só ele que faz isso — o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes disse que vai colocar redutores de velocidade naquele ponto.
Como fica claro, a fábrica de idiotas está funcionando a pleno gás. Cada vez menos o/a motorista brasileiro/a saberá que a ordem dessa placa, a R-1, “R” de Regulamentação, só tem um significado: parar.
E com a fábrica de idiotas em regime máximo, cada vez menos motoristas saberão que o desrespeito a esta placa constitui a mesma infração de avanço de sinal luminoso, ou seja, gravíssima, 7 pontos na CNH e multa de R$ 191,54 (devia ser mais, 10 vezes esse valor)
E mais uma vida se perde graças à fantástica fábrica de motoristas idiotas.
BS