Jack Roush (lê-se “rauche”) é um engenheiro que trabalhou na Ford a partir de 1964. Sua área sempre foi desenvolvimento de motores, e isso o levou aos carros para provas de arrancada de um quarto de milha (402,25 metros) os populares dragsters. Em 1970 formou uma equipe com Wayne Gapp. venceram vários campeonatos da AHRA, NHRA e IHRA Pro Stock drag racing em cinco anos.
Já no ano seguinte com um entendimento do que estava por vir, Jack Roush fundou a Roush Performance Engineering, e já no mesmo ano de 1976 começou a vender carros modificados dentro do mundo das competições, grupo de pessoas que sempre são famintas por novidades e aumentos de potência. A fama veio rápido, e a qualidade do trabalho gerou grande demanda por motores e componentes para arrancada, pistas ovais, subidas de montanha e até mesmo barcos de competição.
Depois de um bom tempo trabalhando assim e conseguindo verbas e patrocínios substanciais, Jack Roush voltou com As competições em 1984, na Sports Car Club of America (SCCA) e International Motor Sports Association (IMSA), séries de corridas de pista. Foram 24 títulos nacionais, incluindo 12 campeonatos de construtores e 119 vitórias. O maior impacto positivo foram as 10 vitórias consecutivas nas 24 Horas of Daytona na classe de carros sedã, com OS pilotos Bill Elliot, Ricky Rudd, Kyle Petty (filho de Richard Petty) e o ator-piloto Paul Newman.
Em 1988, formada a equipe de Nascar e começando com apenas um carro com Mark Martin pilotando, Roush se firmou como sendo um profissional de alta reputação em desenvolvimento de carros e pilotos, levando 13 pilotos a vencer os prêmios de Rookie of The Year (estreante do ano) e ter 19 pilotos diferentes vencendo em seus carros.
Desde 2007 Jack Roush tem equipe na Nascar em parceria com o Fenway Sports Group, formando a Roush Fenway Racing, e já conquistou TRÊS campeonatos de pilotos, 5 de construtores e 325 vitórias na categoria principal da Nascar.
Como os engenheiros sabem, essa profissão — para quem gosta — se torna um modo de vida em que se está sempre achando defeitos e problemas em qualquer coisa, e maquinando modificações e soluções, até onde parece não haver problemas. Um dos sérios problemas em acidentes da Nascar é o carro decolar depois de rodar, e para diminuir esse tipo de perigo, Jack Roush participou do time que criou os flapes de teto, que se abrem quando o carro gira em seu eixo vertical, quebrando o fluxo de ar sobre o carro e mantendo-o no solo. O equipamento se tornou obrigatório na categoria há vários anos.
Outras equipes além da sua utilizam os motores preparados pela Roush. Nos carros de rua, a Roush Enterprises presta serviços de engenharia de desenvolvimento de produto, além de ter sua própria linha de veículos com vários níveis de alterações. Atualmente a principal “vítima” da empresa é o Ford Mustang.
Também são feitos vários motores V-8, sempre baseados nos Ford, que podem ser comprados prontos para montar em Mustangs, picapes e qualquer outro carro onde caiba um V-8.
Peças de carroceria e de acabamento interno são criadas e fabricadas pela empresa, modificando os Mustangs e as picapes F-150, este o veículo mais vendido no mundo, contando com grande parte das 1.055.000 unidades da linha F em 2018.
O cabedal de engenharia de desenvolvimento é impressionante, e como entusiasta não poderia deixar de haver uma coleção muito interessante de propriedade de Jack Roush. Suas parcerias hoje são principalmente com a Ford, mas os Chrysler também já foram trabalhados pela empresa.
Muita coisa pode ser vista no Open House (casa aberta), evento de final de tarde que pude comparecer, que tinha também carros de frequentadores de várias marcas e não relacionados à Roush.
A empresa fica em Livonia, Michigan, a pouco mais de meia hora do centro de Detroit, e costuma fazer dois eventos “casa aberta” por anos.
Mais informações no site https://www.roushperformance.com
JJ