A Alpina Burkard Bovensiepen GmbH & Co. KG foi fundada em 1965 por Burkard Bovensiepen para preparar carros da BMW para rua e pista. Desde 1983 a Alpina foi reconhecida pelas autoridades alemãs como fabricante de automóveis, ou seja, seus carros são registrados como Alpina ou BMW Alpina, e não BMW. Mas podem ser revisados em toda a rede de oficinas autorizadas BMW e têm a mesma garantia. Na foto de abertura está um Alpina B7 Biturbo, de 608 cv.
Empresa cuja oferta sempre foi calcada em modelos BMW, a Alpina prepara a sua versão do recém-lançado Série 4 Gran Coupé. Mas ao contrário daquilo que é a atual tendência do mercado, não deverá ter qualquer tipo de eletrificação.
Num momento em que praticamente todas as marcas de automóveis procuram atender à procura por veículos elétricos, a Alpina vai na contramão. Afirma que vai manter-se fiel aos motores a combustão, até porque seus clientes não querem carros movidos a eletricidade.
A razão para isso, segundo Andreas Bovensiepen, é que sua marca não tem qualquer intenção de render-se à propulsão elétrica. Ele informou que foi efetuada uma pesquisa com seus clientes para saber sobre as suas vontades, se desejavam um veículo híbrido ou até mesmo elétrico. As respostas foram claras. Os clientes da Alpina rodam entre 30.000 km e 50.000 km por ano nas Autobahnen, sempre o mais rapidamente possível.
“Os nossos clientes não sentem, atualmente, qualquer necessidade de modelos elétricos a bateria”, afirmou Andreas Bovensiepen durante um test drive em Salzburgring, autódromo localizado em Plainfeld, na Áustria. Acrescentou que tal fato também se deve à elevada quilometragem que seus clientes acumulam nos Alpina, sempre viajando longas distâncias a altas velocidades. Isso implicaria em sérios problemas de alcance com carros movidos a eletricidade.
Ainda assim, e apesar desta receptividade quase nula, a Alpina não está de costas voltadas para a onda elétrica que parece crescer na indústria automobilística. “Tudo está em cima da mesa”, finaliza Andreas Bovensiepen, recordando, porém, que “os nossos recursos são limitados”. Prossegue dizendo que “em primeiro lugar, queremos construir aquilo que os nossos clientes tradicionais desejam. Claro que mantemos uma observação atenta do mercado e não esquecemos das novas tecnologias, mas não é de se esperar que a Alpina possa surgir com um modelo elétrico a baterias num curto prazo”.
AB