O IAA está reservando grandes surpresas. Em Munique, Alemanha, o salão é diferente das exposições anteriores, que eram realizadas em todos os quatro cantos do mundo e como nós nos acostumamos a presenciar durante décadas. Por conta da pandemia tudo está mudado.
Mas mesmo assim as notícias não param de circular. Uma delas diz que a Mercedes-Benz abandonaria o desenvolvimento de novas motorizações híbridas plugáveis (PHEV). Este tipo propulsão surgiu para unir o melhor dos dois mundos. Para trajetos curtos o silêncio da eletricidade.
Para desempenho, o ronco agradável dos cilindros trabalhando. De quebra, pode-se juntar os dois modos para maior desempenho. Na foto de abertura, o Mercedes-AMG GT 63 S E Performance, V-8 de 4-litros com dois turbocarregadores, potência de 843 cv combinados, 316 km/h de velocidade máxima e 2,9 s para ir da imobilidade aos 100 km/h.
Os construtores alemães figuram entre os que mais têm recorrido aos PHEV, primeiro porque exigem menores investimentos tanto no sistema produtivo quanto em termos de desenvolvimento, e depois porque se beneficiam de uma forma muito favorável para a determinação do consumo e emissões.
Entre os fabricantes que mais apostaram nos híbridas plugáveis, a Mercedes-Benz sempre teve um lugar de destaque. A surpresa veio agora quando um porta-voz da marca declarou, durante o evento, que não haverá mais desenvolvimento de novos motores híbridos plugáveis.
É um anúncio surpreendente e importante, uma vez que a marca já possui na sua gama alternativas plugáveis em praticamente todos os segmentos, seja com baterias de pequena capacidade que permitem percorrer pouco mais de 50 km em modo elétrico, como o Classe E 300e, que anuncia 52 km entre recargas, seja em modelos como o Classe C 300e, que garante uma distância de 100 km entre visitas aos postos de recarga.
O aspecto mais positivo desta decisão da Mercedes é a confiança manifestada pelos seus dirigentes, que ao prometerem versões elétricas em todos os modelos da marca até 2025, parecem acreditar que isso será suficiente para chegar à uma média capaz de cumprir os limites mais apertados de emissões de CO2 para o grande período entre 2025 e 2030.
AB