A Pagani Automobili S.p.A. foi fundada em 1992 pelo argentino naturalizado italiano Horacio Pagani, em Modena, Itália. Notabilizou-se por esportivos de estilo marcante e agora a marca divulga seus planos para o futuro. No momento em que a eletrificação passou a ser quase uma regra, anúncios como o feito por Horacio Pagani sobre o próximo hipercarro da marca têm grande impacto.
O C10, seu código por enquanto, não só vai se manter fiel aos motores a combustão como vai ter câmbio manual. O sucessor do Huayra deverá ter peso reduzido para favorecer o alto desempenho que se espera dos hipercarros. O motor “à moda antiga” será, segundo Pagani, o V-12 com dois turbocarregadores e 5.980 cm3, desenvolvido especialmente pela Mercedes-AMG para o Huayra. O câmbio será manual ou com opção de modo sequencial.
A decisão de voltar a oferecer um modelo com esse tipo de câmbio deve-se, segundo Horacio Pagani, ao fato de existirem casos de clientes que não compraram o Huayra porque não tinha essa opção. “Meus clientes querem sentir a emoção de pilotar, não se preocupam somente com a performance pura”, declarou Pagani.
Ainda sobre o novo modelo, ele afirmou que o foco está na redução de peso e não no aumento desmedido da potência. Questionado se não teme os hipercarros elétricos, Pagani deu o exemplo de Gordon Murray e seu T.50. Disse ele: “Tem apenas 663 cv e já esgotou. É muito leve, tem câmbio manual e um V-12 de alta rotação. Não são precisos 2.000 cv para fazer um carro entusiasmante”.
Além disso Pagani ressalvou que mesmo com vetorização de torque e coisas do gênero, quando um carro pesa mais de 1.500 kg, a gestão da aderência é difícil, não importa quanta eletrônica tenha-se à disposição, não é possível ir contra as leis da Física. Tributo aos 60 anos da Frecce Tricolori, (flechas tricolores, com as cores da Itália), os ases italianos da acrobacia, é o Pagani Huayra Tricolore 2021 (foto de abertura).
Mas de olho no futuro, Horacio Pagani afirma que se for preciso passar a produzir modelos híbridos, ele o fará. Mas afirma que o V-12 com dois turbocarregadores da Mercedes-AMG é capaz de cumprir com as normas, sem qualquer tipo de eletrificação, até 2026.
AB