Para aumentar a expectativa pelo novo Renault 5 elétrico, que será lançado 50 anos após o original a gasolina (1972), a marca francesa elaborou o conceito R5 Turbo 3E. Como as versões de homologação para competição do R5 Turbo da década de 1980, ele não usa o monobloco de um R5 de produção, mas sim um chassi tubular com estrutura para proteção em caso de batida e capotagem. E, como a letra E indica, move-se com eletricidade.
Dois motores elétricos montados na traseira produzem 380 cv, mais que o dobro dos 160 cv do motor a gasolina do R5 Turbo da época, e torque de 71,4 m·kgf. Com tração apenas traseira, o R5 Turbo 3E acelera de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos e alcança velocidade máxima limitada de 200 km/h. Embora a bateria de íons de lítio de 42 kW·h pese 520 kg, o restante do carro é muito leve e o total não passa de 980 kg, pouco para um elétrico que mede 4.006 mm de comprimento e imponentes 2.020 mm de largura.
Parte da leveza vem da carroceria de plástico e fibra de carbono com acrílicos no lugar dos vidros. As rodas de 19 polegadas na frente e 20 pol. na traseira usam pneus bem desiguais: 225/35 e 325/25, na ordem. O interior tem dois bancos de corrida em compósito de fibra de carbono da Sabelt, painel digital e revestimentos em Alcântara. Apesar dos LEDs como faróis e outros detalhes modernos, o estilo é uma boa reinterpretação do R5 Turbo que tanto alegrou os europeus nos anos 80.
A Renault incluiu um freio de estacionamento próprio para drift, a manobra de derrapagem intencional de traseira sob potência. O motorista pode escolher entre vários modos como Turbo, Track Invader e Donut (giro de 360 graus). Na cabine, um ursinho de pelúcia chamado Drifty pretende acalmar o passageiro durante as manobras radicais.
FS