Ele não tem mais o charme do passado. Não começa mais em Paris e nem termina mais em Dakar, como quando foi criado com a finalidade de enfrentar o terrível Deserto do Saara. Mesmo assim, ainda atrai atenções. A quadragésima-quinta edição do Rally Dakar, realizada nas areias da Arábia Saudita, terminou no último fim-de-semana com domínio total da Toyota.
O vencedor (foto de abertura) foi novamente o piloto “da casa” Nasser Al-Attiyah — apesar de nascido em Doha, no Catar — tendo como copiloto o francês Mathieu Baumel. Esta é a segunda vitória consecutiva da dupla no Dakar, mais uma vez com um Toyota Hilux, e a quinta vitória do piloto catari na competição, sendo a terceira defendendo o Toyota Hilux Dakar.
O domínio do Toyota Hilux na competição se confirmou na classificação final. Das dez primeiras duplas colocadas na geral, cinco correram de Hilux, com destaque especial para a terceira colocação conquistada pelo brasileiro Lucas Moraes, a melhor de um piloto do País e que teve como copiloto o alemão Timo Gottschalk.
A supremacia da Toyota só foi ameaçada pelo piloto francês Sébastien Loeb, que teve como copiloto o belga Fabian Lurquin. Pilotando o modelo especial Prodrive Hunter, dotado do motor Ford EcoBoost V-6 de 3.5-litros, Loeb venceu seis etapas consecutivas (um recorde na história do Dakar), mas não conseguiu superar Al-Attiyah na totalização de tempo.
O espanhol Carlos Sainz, pai, multicampeão de ralis e um dos favoritos para disputar a vitória no Dakar, sofreu um acidente com seu Audi, na fase final da competição e abandonou. Na segunda-feira (16), os médicos confirmaram que ele teve fraturas em duas vértebras, que como estão estáveis não haverá necessidade de intervenção cirúrgica.
RM