Audi
A Audi foi a marca que dominou Le Mans de maneira inconteste a partir do ano 2000. A marca alemã fez sua primeira incursão na prova francesa em 1999 chegando no terceiro e quarto lugar. Com um esquema muito bem organizado contando com a experiência da equipe do alemão Reinhold Joest, a Audi se destacaria em Le Mans por mais de dez anos. Inicialmente com o modelo R8 (fofo acima), motor V-8 de 3,6 litros turbo, a marca alemã venceu em 2000, 2001 e 2002 com o mesmo trio de pilotos: o alemão Frank Biela, o italiano Emanuele Pirro e o dinamarquês Tom Kristensen.
A Audi voltou a vencer em 2004 e 2005, ainda com o mesmo modelo R8 e o motor V-8 3,6-litros turbo. Em 2004, com o trio formado pelo japonês Seiji Ara, o italiano Rinaldo Capello e o dinamarquês Tom Kristensen. Já em 2005 o carro vencedor da Audi foi pilotado novamente por Tom Kristensen, mas com o alemão Marco Werner e o finlandês JJ Lehto.
Em 2006 a marca resolveu apostar no motor Diesel e desenvolveu um novo modelo: o Audi R10 TDI, com motor V-12 de 5,5 litros turbo. Foi a primeira vitória em Le Mans de um carro com motor Diesel, apesar de na década de 1950 carros com este tipo de motor já haviam participado da prova. O novo modelo da Audi venceu em 2006 e 2007 com o mesmo trio de pilotos formado pelo italiano Emanuele Pirro e pelos alemães Frank Biela e Marco Werner. Em 2008, ainda com o mesmo modelo, a Audi venceu com o trio formado pelo britânico Allan McNish, o italiano Rinaldo Capello e o dinamarquês Tom Kristensen.
Em 2010, a Audi venceu em Le Mans com um novo modelo: o R15 TDI plus, com o novo motor Diesel um V-10 de 5,5 litros turbo. O carro foi pilotado pelo francês Romain Dumas e pelos alemães Mike Rockenfeller e Timo Bernhard. Em 2011 a Audi venceu com um novo modelo: o R18 TDI, com motor Diesel V-6 de 3,7 litros pilotado pelo alemão André Lotterer, pelo francês Benoit Tréuyer e pelo suíço Marcel Fässler.
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Em 2012 a Audi inovava mais uma vez com o modelo R18 e-tron quattro, com o mesmo motor Diesel V-6 de 3,7 litros, mas com sistema de recuperação de energia. Foi o primeiro carro híbrido a vencer em Le Mans pilotado novamente pelo alemão André Lotterer, pelo francês Benoit Tréuyer e pelo suíço Marcel Fässler. O mesmo modelo voltou a vencer em 2013, desta vez pilotado pelo britânico Allan McNish, pelo francês Loic Duval e pelo dinamarquês Tom Kristensen. O Audi R18 e-tron quattro voltou a vencer em 2014, mas com a cilindrada do motor a combustão aumentada para 4 litros e tendo como pilotos o alemão André Lotterer, o francês Benoit Tréuyer e suíço Marcel Fässler.
Bentley
Em 2003, a inglesa Bentley, marca do Grupo VW desde 1998, venceu a prova com o modelo Speed 8, que fazia referência aos primórdios do domínio da marca em Le Mans, nos anos 1920. Com motor V-8 4-litros turbo, o carro vencedor foi pilotado pelo italiano Rinaldo Capello, pelo dinamarquês Tom Kristensen e pelo britânico Guy Smith.
BMW
Em 1999 outra marca alemã, a BMW, iria vencer pela primeira vez Le Mans. Com o protótipo construído pela equipe Williams de Fórmula 1, o BMW LMR, com motor V-12 de 6 litros, foi pilotado em Le Mans pelo trio formado pelo alemão Joachim Winkelhock, o francês Yannick Dalmas e o italiano Pierluigi Martini.
Jaguar
Em 1988 foi a vez da inglesa Jaguar voltar a vencer Le Mans, com o modelo XJR-9LM, motor V-12 de 7 litros, pilotado pelo holandês Jan Lammers e pelos britânicos Johnny Dumfries e Andy Wallace. A marca inglesa voltou a vencer em 1990 com o modelo XJR-12, também com o motor V-12 de 7 litros, conduzido pelo britânico Martin Brundle, o americano Price Cobb e o dinamarquês John Nielsen.
Matra-Simca
A francesa Matra-Simca obteve três vitórias consecutivas em Le Mans no começo da década de 1970. A primeira em 1972 com o modelo MS670, motor V-12 de 3 litros, pilotado pelo francês Henri Pescarolo e o inglês Graham Hill. Em 1973, com o MS670B e novamente Pescarolo desta vez em dupla com o compatriota Gérard Larrousse. A Matra repetiu a vitória em 1974, com MS670C, outra vez com a dupla Pescarolo e Larrousse. Depois disso, o milionário francês Jean-Luc Lagardère vendeu a divisão de competições Matra-Simca para o Grupo Peugeot.
Mazda
A vitória da Mazda em 1991 marcou a primeira conquista de uma marca japonesa em Le Mans e também pela primeira e única vez de um modelo com o motor rotativo Wankel. O Mazda 787B, com estrutura monobloco construída pela francesa Oreca, e motor Mazda R26B de 2,6 litros, com 4 rotores, venceu com o trio formado pelo britânico Johnny Herbert, o alemão Volker Weidler e o belga Bertrand Gachot.
McLaren
Após a vitória do Dauer Porsche em 1994, um protótipo camuflado de GT, em 1995, a vitória foi de um GT de verdade, o McLaren F1 GTR, com o motor BMW V-12 de 6,1 litros, pilotado pelo francês Yannick Dalmas, o finlandês JJ Lehto e o japonês Masanori Sekiya.
Mirage
Em 1975, a vitória foi de uma equipe desconhecida, mas que tinha no comando John Wyer, chefe da equipe Aston Martin, vencedora em Le Mans 1959 e que, posteriormente, atuou no projeto do Ford GT40. Em 1968, apoiado pela petroleira Gulf, ele montou sua própria equipe para vencer com o Ford GT40 Mark1 as edições de 1968 e 1969. Em seguida, sua equipe também defendeu a Porsche com os modelos 917. Depois, Wyer resolveu retomar sua marca Mirage e, ainda com o apoio da Gulf, venceu a edição de Le Mans de 1975, com o Mirage GR8, motor Ford Cosworth V-8 3-litros, com a dupla formada pelo belga Jacky Ickx e o britânico Derek Bell.
Peugeot
Em 1992 e 1993 foi a vez de outra marca francesa, a Peugeot, vencer a maratona de Le Mans, com o modelo 905 Evo 1B, motor V-10 de 3,5 litros. Na edição de 1992, o carro vencedor foi pilotado pelo francês Yannick Dalmas e pelos britânicos Derek Warwick e Mark Blundell. Já em 1993 o trio vencedor era formado pelo australiano Geoff Brabham e os franceses Eric Hélary e Christophe Bouchut. A Peugeot voltaria a vencer em 2009, desta vez com um carro a diesel: o Peugeot 908 HDi FAP, com motor V-12 de 5,5 litros, turbo, pilotado pelo australiano David Brabham, o espanhol Marc Gené e o austríaco Alexander Wurz.
Renault
Em 1978, a Renault finalmente venceu em Le Mans superando a equipe oficial da Porsche com o Renault Alpine A442B, motor V-6 de 2 litros turbo, pilotado pelos franceses Didier Pironi e Jean-Pierre Jaussaud.
Rondeau
A vitória em Le Mans 1980, foi de outro desconhecido: o Rondeau M379, motor Ford Cosworth V-8 de 3 litros, pilotado pelo próprio construtor Jean Rondeau e por Jean-Pierre Jaussaud. Novamente um Porsche chegou em segundo lugar com o modelo 908/80, pilotado pelo belga Jacky Ickx e o alemão Reinhold Joest, era na verdade um 936 rebatizado pela Porsche que não participou oficialmente da prova, mas preparou o carro para a equipe de Joest.
Sauber-Mercedes
Em 1989 outra marca voltou a vencer Le Mans: a Mercedes-Benz, apesar de representada semioficialmente pela equipe suíça Sauber, antes desta entrar na Fórmula1. O Sauber C9, com motor Mercedes-Benz V-8 de 5 litros turbo, foi pilotado pelo sueco Stanley Dickens e pelos alemães Jochen Mass e Manuel Reuter.
Toyota
A Toyota venceu as cinco edições consecutivas de Le Mans de 2018 a 2022. Inicialmente com o modelo TS050 Híbrido, motor V-6 de 2,4 litros turbo Em 2018 e 2019, o Toyota vencedor foi pilotado pelo suíço Sébastien Buemi, o japonês Kazuki Nakajimae o espanhol Fernando Alonso. Em 2020, ainda com o mesmo modelo TS050 Híbrido, os pilotos foram o suíço Sébastien Buemi, o japonês Kazuki Nakajimae neozelandês Brendon Hartley.
Em 2021, a Toyota apresentou um novo modelo: o GR010 Hybrid, com motor V-6 de 3,5 litros, biturbo, e venceu com a equipe formada pelo japonês Kamui Kobayashi, o britânico Mike Conway e o argentino José María López. Já em 2022, com o mesmo modelo, Sébastien Buemi e Brendon Hartley, dividiram o Toyota GR010 com o japonês Ry? Hirakawa.
RM