Lamborghini é a primeira marca a confirmar presença no Salão do Automóvel de Genebra-Qatar
O executivo-chefe da Lamborghini, Stephan Winkelmann, confirmou que a marca vai participar do primeiro Salão do Automóvel do Qatar em outubro, mas ao mesmo tempo afirmou que a empresa não fará compromissos de longo prazo com exposições de automóveis, conforme declarou recentemente ao site da publicação inglesa Autocar.
Além de confirmar a presença da Lamborghini como a primeira marca a fazer isso publicamente, também reverte a decisão de abandonar feiras de automóveis tomada anteriormente. A marca italiana, que é controlada pela Audi desde 1998, anunciou, em 2020, que não iria mais participar de grandes salões de automóveis optando por contato mais direto com clientes em eventos privados de menor escala.
Winkelmann disse que as preocupações com a viabilidade de exposições, como o próprio Salão de Genebra, que não é realizado desde 2019, mas está programado para 2024, fez a Lamborghini evitar assumir compromissos de longo prazo com grandes exposições. “Hoje existem diferentes tipos de eventos, alguns dos quais são feitos na medida para o nosso tipo de cliente”,
Por isso, além do salão no Qatar, a Lamborghini estará presente no Concurso de Elegância de Pebble na Califórnia em agosto: “Pebble Beach é um evento automobilístico de maior importância para nós, porque lá estarão presentes pessoas que já são nossos clientes ou que poderão se tornar futuramente.”
Ainda, conforme o site da Autocar, todas as marcas do Grupo VW deverão expor no evento. Isto porque a Qatar Holding, braço de investimento direto do fundo soberano do país, detém atualmente participação de 17% no Grupo Volkswagen, além de também já ter tido um pacote significativo de ações da Porsche.
Os organizadores da feira informaram recentemente que 30 “marcas automobilísticas globais” já confirmaram presença no evento, embora ainda não tenham divulgado quais são. O evento é parceria dos organizadores do Salão do Automóvel de Genebra e departamento de turismo do país do Oriente Médio e está programado para ser realizado de 5 a 14 de outubro, juntamente com o Grande Prêmio do Qatar.
Ford alerta acionistas de prejuízos na unidade elétrica
A Ford divulgou comunicado a seus acionistas destacando que a transição para veículos elétricos levará mais tempo do que o esperado. Isto porque as vendas do F-150 Lightning e do Mach-E estão mais fracas do que a marca esperava e prevendo que a unidade de produção de EVs deve terr prejuízo de até US$ 4,5 bilhões no balanço final deste ano.
Depois de um bom número de pedidos iniciais dos modelos Mach-E e o F-150 Lightning, a demanda diminuiu rapidamente e, inclusive, obrigou a cortar o preço da picape elétrica. Assim, a Ford decidiu rever os planos com relação a modelos EV. O planejamento inicial era de produzir 600.000 EVs por ano até o final de 2023, mas a Ford está adiando essa meta para 2024.
Com o objetivo de produzir 2 milhões de EVs por ano até 2026, a Ford agora diz que não ter certeza de quando atingirá essa produção, conforme declarou o executivo-chefe da empresa Jim Farley a CNBC: “O ritmo de adoção de EVs no curto prazo será um pouco mais lento do que nós esperávamos, mas que beneficiará marcas pioneiras como a Ford”,
Apesar do otimismo de Farley, a unidade de negócios “model e” — divisão da Ford de veículos elétricos — perdeu US$ 1,8 bilhão somente no último trimestre e poderá até superar os US$ 4,5 bilhões previstos para este ano. Mas a empresa afirma que continua no caminho para tornar seu negócio de EVs lucrativo, além de prever que a queda na demanda de elétricos não vai afetar suas perspectivas de lucro na atividade total este ano.
No ano passado, a Ford registrou lucro de US$ 10,4 bilhões antes de juros e impostos (EBIT, um método que exclui cobranças únicas, juros e impostos), ano em que investiu muito em veículos elétricos.
Nissan e Renault “renovam” votos de união na Aliança
Após um longo período de desconforto no “relacionamento”, Renault e Nissan finalmente renovaram oficialmente seus votos de união na Aliança e assim poderão comemorar, no próximo ano, as “Bodas de Prata” deste “casamento” iniciado em 1999, quando a Renault salvou a Nissan de uma iminente falência.
O comunicado oficial divulgado esta semana é apenas a formalização do acordo definido no começo deste ano, quando a Renault concordou em reduzir sua participação acionária de 43,4% na Nissan, para uma posição igualitária entre as duas empresas. Será uma participação cruzada de 15%, com duas obrigações: conservá-la e limitar estas participações.
Como parte do acordo, a Nissan investirá € 600 milhões (3,1 bilhões de reais) na empresa Ampere EV controlada pela Renault. “Este investimento fortalece o impulso elétrico da Nissan na Europa”, afirmou Makoto Uchida, executivo-chefe da empresa japonesa, que destacou também que o acordo vai proporcionar sinergias, incluindo eficiência nos custos, conformidade regulamentar e uma ampla gama de EVs e trens de força.
RM