IAA Mobility inaugurado nesta terça-feira
O IAA Mobility, em Munique (foto), que é definido pelos organizadores como o maior e mais importante evento de mobilidade do mundo, foi inaugurado oficialmente esta amanhã e vai até o próximo domingo.
Os principais temas são a mobilidade orientada para o futuro: Mobilidade Conectada, Autônoma, Sustentável, Urbana e Rural até à Economia Circular, Inovações Digitais e Infraestruturas de Cidades Inteligentes.
Todavia, como se pode notar pelos temas acima, o automóvel passa a ser um mero coadjuvante no evento que, originalmente, deveria ser dedicado a ele e, mesmo assim, ativistas continuam ameaçando com protestos.
Nos dois dias reservados à imprensa especializada, domingo e segunda-feira (3 e 4) os destaques foram para veículos e conceitos eletrificados, com raros modelos a combustão colocados em segundo plano nos estandes.
Fabricantes chineses não assustam De Meo
Luca de Meo, presidente do Grupo Renault e também da Acea (Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis), afirmou que não há razão para limitar a atuação dos fabricantes de automóveis chineses na Europa, mas enfatizou a necessidade de uma estratégia industrial definitiva que permita aos fabricantes europeus competir em igualdade.
Em entrevista à imprensa especializada no IAA Mobility, neste domingo, ao ser indagado sobre a presença de diversos fabricante chineses como BYD, Nio, Seres e outros, De Meo disse que devem ser criadas estratégias para melhorar a concorrência, em vez de introduzir políticas protecionistas. “Não há necessidade de impedir marcas chinesas na Europa”, afirmou.
Ele rejeitou sugestões de que a União Europeia deveria adotar políticas protecionistas como a da Lei de Redução da Inflação dos EUA, citando provas históricas: “Quando os japoneses e os coreanos vieram foi a mesma coisa”, disse ele. “Eles podem jogar o jogo. Se somarmos todas as marcas não europeias atuando no mercado da Europa elas representam 25%.”
De Meo também informou que a Acea publicará nas próximas semanas um estudo, conduzido por um organismo independente, que compara as estruturas e o impacto dos três sistemas: EUA, China e Europa. Ele disse que os fabricantes europeus “querem ser ouvidos” pela Comissão Europeia com relação aos regulamentos de redução de carbono impostos.
Mercedes lança E-class Estate para todo terreno
Uma das poucas novidades no IAA Mobility, ainda com trem de força somente a combustão ou híbrido, é o lançamento do novo Mercedes Classe E Estate para todo terreno. A marca passou a oferecer esta versão na geração anterior, em 2017, e agora desenvolveu o Classe E All-Terrain Estate com base na nova geração desta linha que foi lançada recentemente.
Apesar de não poder ser definido como um suve, o modelo é indicado para enfrentar estradas rurais e também aventuras off-road leves, conforme destaca o fabricante. Para isso, tem tração integral de série, maior distância do solo proporcionada pela suspensão pneumática, também de série, e um modo de condução off-road.
O modelo tem visual diferenciado pelos elementos de design off-road, como a grade dianteira, para-choques especiais, placas deslizantes dianteiras e traseiras cromadas de alto brilho e revestimentos dos arcos das rodas em cinza escuro. Os pneus são maiores (235/55R18) e há opção de rodas de 20 polegadas.
O Classe E All-Terrain Estate é oferecido com três tipos de propulsão: diesel, gasolina e híbrida plug-in. Os modelos de combustão têm motores modulares Mercedes-Benz de quatro e seis cilindros. Com gerador e motor de partida integrados e turbocarregador, tanto a versão Diesel quanto a de gasolina, podem ser híbridas leves.
Já a versão híbrida plug-in tem potência elétrica de 129 cv e alcance em modo totalmente elétrico de até 100 quilómetros (WLTP). A potência elétrica total permite alcançar 140 km/h. Outro recurso é o servo-freio eletromecânico inteligente, em que o sistema de freio combina a recuperação elétrica para maximizar a eficiência de recarga da bateria.
RM