O (des)governo do ParTido-Sem-Ideário, desnecessário dizer qual, aprontou uma à Maquiavel.
Dentro das propostas de mudanças nos benefícios do INSS anunciadas ao apagar das luzes de 2014 por essa vergonha de governo que temos, uma é estarrecedora: cônjuge de falecido terá corte de 50% do benefício que vinha recebendo. Leu bem, leitor? Cinqüenta por cento, metade!
E, ainda por cima, metade de pouco!
Na cabeça dessa gente só pode ter tudo menos massa cinzenta, pois como é possível achar que com a morte de um dos cônjuges as despesas do outro reduzir-se-ão à metade?
É como se depois de um baixar à sepultura o outro tivesse imediatamente reduzidas as despesas de, entre outras:
– aluguel
– rateio das despesas condominiais, tanto normais quanto extras
– IPTU
– energia elétrica
– seguro do imóvel
– manutenção do imóvel
– taxa de incêndio
Não é preciso ser dotado de inteligência brilhante para antever que o cônjuge sobrevivente passará imediatamente por dificuldades. Uma sentença de morte velada.
Haverá, sim, menos gastos com comida, remédios, artigos de higiene/limpeza e vestuário, mas nem de longe metade do “custo operacional” de uma residência.
Essas e outras alterações serão efetuadas por medida provisória e, como tal, terá que ser aprovada pelo Congresso Nacional. Portanto, espera-se que os nobres “representantes do povo” se imbuam de seu verdadeiro papel e não aprovem esse descalabro à família brasileira.
Ae/BS