Pode ser difícil notar, mas a Mercedes-Benz atualiza a linha de modelos da Classe-G, ou Gëländewagen como este suve para enfrentar todo tipo de terreno (Gelände) é denominado em alemão. O G-Wagen 2025 continua fiel ao estilo clássico desde sua primeira geração, lançada em 1979, mas ganhou alguns detalhes externos diferenciados em relação à linha renovada em 2018 (série W 463), além de opções de acabamento mais apurado.
A principal novidade é a adoção do sistema híbrido leve em toda linha G-Classe, inclusive na versão AMG, com gerador/motor de partida integrado (ISG), ou seja, localizado entre o motor é o câmbio, e sistemas elétricos deste de 48 volts. A versão G-500 não vem mais com o motor V-8de 4 litros turbo, substituído pelo 6 em linha 3-litros, turbo também e com compressor elétrico auxiliar, que fornece 449 cv e 57,1 m·kgf.
Sob demanda, o ISG pode aumentar a potência brevemente em mais 20 cv, além de 20,4 m·kgf adicionais. Isso significa potência superior a 30 cv e mais 15·2 m·kgf no torque em relação à versão anterior fornecida com o motor V-8, que vai continuar propulsionando somente o Mercedes-AMG G 63. Com 4 litros e biturbo, este motor gera 585 cv e 86,7 m·kgf.
Estes valores, entretanto, permanecem inalterados em relação a linha G63 atual. Porém, conforme destaca o fabricante, no G 63 híbrido o sistema não terá a função de aumentar os picos de potência e torque, mas sim garantir que o G63 responda mais rápido quando o motor girar em baixas rotações, antes de os turbocarregadores se incumbirem de gerar aumento suplementar na potência e torque.
Como o G 500, a versão AMG também continua com o câmbio automático 9G-Tronic de nove marchas e dupla embreagem, adaptado às exigências do off-road. Ela tem três sensores de velocidade que permitem pular marcha, na qual, dependendo da situação de condução, as marchas podem ser saltadas, além de haver aceleração interina nas reduções. A Mercedes informa que com o sistema híbrido o G 63 acelera de 0 a 96,5 km/h em 4,2 segundos, enquanto a velocidade é limitada em 220 km/h.
A suspensão continua a mesma, com eixo rígido na traseira e suspensão independente na dianteira, mas o amortecimento adaptativo agora é de série, o que aprimora os controles de câmber e rolagem da carroceria em terrenos acidentados. Além disso, no G 63 o AMG Active Ride Control, sistema hidráulico que faz parte do AMG Off-road Package Pro, opcional, substitui as barras antirrolagem por elementos hidráulicos ativos.
O conjunto de rodas normal é de 19 polegadas, mas com opções de 18″ e 20″. A distância mínima do solo é de pelo menos 241 mm. E, conforme destaca a Mercedes, o G-Classe tem ângulos de entrada de 31° e de saída de 30° (sem engate de reboque), condução estável em inclinações laterais de até 35°, capacidade de vencer rampa de até 100% em superfície adequada e profundidade máxima de travessia de 700 mm na água e lama.
Todas as versões também são oferecidas com o Offroad Cockpit, mostrador que fornece informações importantes sobre o Classe G quando ele está rodando fora de estrada, como bússola, altímetro, ângulo de direção e posicionamento do veículo. Além disso, um conjunto de câmeras permite ver a pista através do capô, com o sistema que a Mercedes denomina “Capô Invisível”.
No que se refere a detalhes de acabamento no interior da cabine, além de uma grande gama de ofertas no revestimento de bancos, teto e laterais, a nova Classe-G tem um display com 12,3” para o motorista, que incorpora o conjunto de instrumentos digitais, e também o sistema MBUX, de infotenimento. Também com tela de 12,3 polegadas, além do MBUX High-End, sistema de entretenimento para os passageiros no banco traseiro.
RM