Volvo encerra a produção de automóveis com motor Diesel
A sueca Volvo produziu o seu último automóvel com motor Diesel semana passada seguindo o cronograma definido para ser uma marca fabricante exclusivamente de modelos elétricos até 2030. A empresa, que foi uma das pioneiras a apostar com força no mercado europeu de carros de passeio com motor Diesel, no fim da década de 1970, produziu nestes 45 anos mais de 9 milhões de veículos com este tipo de motor, entre sedãs, camionetas e suves.
Conforme informou a Volvo, o último modelo com motor diesel é um XC90 azul (foto de abertura) com motor de 4 cilindros, 2 litros turbocarregado, que saiu da linha de produção na fábrica de Torslanda, Suécia, no dia 26 de março, mas ele não será comercializado. O suve já está destinado ao novo museu da marca: World of Volvo, que será aberto ao público no próximo dia 14 de abril, como divulgou o site da revista britânica Autocar.
Vale lembrar que em 2008, 95% das vendas do XC90 eram a diesel e, ainda em 2019, a maioria dos automóveis Volvo vendidos na Europa tinham motor Diesel, conforme afirmou a empresa no material de divulgação sobre o fim da produção deste tipo de motor: “Há apenas cinco anos, o motor Diesel era o nosso pão com manteiga no mercado da Europa, assim como para a maioria dos outros fabricantes de automóveis”.
No comunicado também detalhou: “Durante muito tempo, os nossos motores Diesel foram sinônimo de confiabilidade e eficiência e significaram muito para nossa empresa durante várias décadas. Na verdade, o sucesso dos nossos automóveis a diesel desempenhou papel significativo na nossa evolução para uma marca fabricante de modelos premium”. Os modelos premium representavam 40% das vendas de carros a diesel na Europa.
Stellantis volta atrás com minivans a diesel e gasolina
Enquanto a Volvo encerra a produção de motores Diesel, a Stellantis faz caminho inverso e revigora a produção de motores a combustão para seus minivans comercializadas no mercado europeu, conforme divulga o site da revista alemã Auto Motor und Sport.
Após tomar a decisão, no começo de 2022, de limitar a produção e comercialização dos minivans do grupo, Citroën Berlingo, Fiat Doblò, Opel Combo e Peugeot Rifter, com motores a gasolina e Diesel, a Stellantis voltou atrás informando que vai manter a produção e distribuição normal dos modelos a combustão, juntamente com as suas versões elétricas.
Embora os vans compactos comerciais ainda estivessem disponíveis no mercado europeu com motores de combustão interna, a Stellantis pretendia induzir os clientes, em especial os grandes frotistas, a mudar gradualmente para os modelos elétricos no futuro. No entanto, isso não ocorreu como o planejado e obrigou o grupo a retroceder na proposta.
Porsche não precisa de design revolucionário
O chefe de design da Porsche, Michael Mauer, em entrevista para o site da Auto Motor und Sport, afirmou que a marca de esportivos não precisa adotar uma proposta revolucionária no desenho de seus modelos: “A Porsche não precisa de um Cybertruck”, disse ele ao ser indagado o porquê da fábrica de Stuttgart não ter adotado um desenho diferenciado no projeto do novo Macan, que é muito parecido com o atual modelo a combustão.
Segundo Mauer,“No início de nossos projetos de mobilidade elétrica analisamos todos os tipos de propostas, desde só ter alguns detalhes de diferenciação, até ter que parecer completamente diferente. Tivemos essa discussão intensa quando começamos o projeto do Taycan e decidimos conclusivamente que a identidade da marca estava acima de tudo e, por isso, não achamos necessário mudar radicalmente o design”.
Para o designer a fonte de energia pode ser importante, porém o mais importante é o valor da identidade da marca. “O design da Porsche vem evoluindo progressivamente e com consistência ao longo dos últimos 50 ou 60 anos, com destaque ao que é uma boa proporção num carro, como o capô, a inclinação do para-brisa e outros detalhes que garantiram a imagem definitiva e bem-sucedida da marca”, detalhou.
Ainda, segundo Mauer, “Com o Macan definimos a opção da marca neste segmento específico e ficou claro que não pretendíamos abrir mão da nossa identidade. Um Macan continua a ser um Macan e, independentemente da tecnologia de propulsão, ele é e sempre será um Porsche”, finalizou.
RM