Tudo tem um fim, e infelizmente agora chegou a vez do “Godzilla”. A Nissan informou que depois de 17 anos o GT-R terá sua fabricação encerrada, mas não porque a fabricante quer, mas por estar sendo obrigada.
Em uma entrevista à revista Top Gear, o chefe global de produtos da Nissan, Pierre Loing, explicou: “Ele está à venda há 17 anos e adoraríamos que durasse mais 17 anos, mas o problema são os órgãos reguladores.” Na Europa o GT-R teve sua produção encerrada em julho de 2021, após a introdução de novas regulamentações de ruído. Neste período, ele já havia saído de linha na Austrália por não atender a um regulamento mais rigoroso de teste de colisão lateral.
O GT-R está saindo de linha sem deixar substituto, e Pierre sugeriu fortemente que haverá um hiato, apontando para a história do GT-R e como as interrupções na produção já aconteceram antes. Talvez volte como um elétrico, como o conceito Hyper Force já sugeriu. Vale ressaltar quanto tempo demorou para a Nissan lançar a geração atual, sendo que o conceito estreou em 2001, seguido pelo GT-R Proto, mais próximo da produção, em 2005, e outros dois anos se passaram até o início da produção em série.
No início deste ano, o diretor de design de programas da Nissan, Giovanny Arroba, sugeriu que o próximo GT-R seria lançado até 2030. Ele chamou o Hyper Force de um “sonho ousado, mas tangível, a ser alcançado até o final da década”.
As leis europeias cada vez mais rígidas já tiraram de linha vários carros de alto desempenho. Toyota GT86, Subaru BRZ, Porsches Boxster e Cayman já foram algumas das vítimas. Além disso, a Mazda aposentou o motor 2,0 do MX-5/Miata no continente, deixando os entusiastas do modelo apenas com a unidade menor de 1,5 litro.
Quem sabe o GT-R volte como um elétrico ou híbrido, mas provavelmente jamais com um motor de combustão interna.
MF