É muito provável que novos motociclistas, digamos, aqueles com menos de 50 anos de idade, não conheçam as motocicletas italianas Morini. Quem viveu os anos 60 e 70, no entanto, deverá lembrar desse nome, meio misturado com outras marcas italianas um pouco mais ou um pouco menos conhecidas, como Benelli, Cagiva, Garelli, Malaguti, Gilera ou Aprilia. Poucas se mantém conhecidas até hoje, pelo menos no Brasil, com exceção da Ducati e, quem sabe, da MV Agusta. Eram todas marcas concorrentes, naquela boa época.
A novidade para nós é a chegada oficial da Moto Morini, fabricante italiana que está se instalando por aqui, para começar, em 2025, a produzir motocicletas em Manaus. Ao anunciar sua chegada ao Brasil, a Moto Morini aproveita o Salão de Milão para mostrar suas três primeiras motocicletas que serão brasileiras, a naked Seiemmezzo, propulsionada por um motor bicilindro de 649 cm, de 61 cv e torque e 5,5 m·kgf, a aventureira X-Cape, com um bicilindro de 649 cm3, 60 cv e 5,6 m·kgf, e a roadster Calibro, com um bicilindro de 693 cm3, 69 cv e 6,9 m·kgf.
A Moto Morini foi fundada em 1937em Bologna,por Alfonso Morini, um mecânico e piloto que criou inúmeras motocicletas de passeio e de corrida. Mesmo tendo sua fábrica destruída na Segunda Guerra Mundial, Morini a reconstruiu e manteve seu nome entre as melhores motocicletas italianas. Nos anos 1970, a Moto Morini se destacou por introduzir a ignição eletrônica numa motocicleta de produção em massa com o modelo ½, de 350 cm3. Com sede em Trivolzio, na região da Lombardia, a Moto Morini mantém, desde 2018, seu parque industrial em Taizhou, na China.
GM